Até quando?

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domingo, 23 de julho de 2023

A DEGRADAÇÃO DO SNS

 


COM COSTA

MENOS 114 MIL CIRURGIAS NUM ANO
Entre 2019 e 2021 realizaram-se menos sete mil consultas médicas hospitalares no SNS (2019: 12.420.101; 2021: 12.413.119), uma evolução que agrava a quebra de 10% verificada em 2020.
Igualmente entre 2019 e 2021 tiveram lugar menos 58 mil primeiras consultas hospitalares (2019: 3.574.567; 2021: 3.516.516), uma quebra de 1,6%.
Recentemente, o Governo fez noticiar que, até novembro de 2022, os hospitais do SNS realizaram um total de 11,8 milhões de consultas, 3,3 milhões das quais correspondendo a primeiras consultas, valor que, mesmo que seja o mais elevado dos períodos homólogos desde 2013 e represente um acréscimo de 3,1% em relação ao mesmo período de 2021, permanece ainda muito aquém do necessário para se recuperar o terreno perdido durante a pandemia.
À ESPERA DA CONSULTA
Assim, em diversos hospitais públicos e especialidades médicas, milhares de doentes têm de esperar muito além do tempo máximo de resposta garantido (TMRG) por uma primeira consulta hospitalar, havendo mesmo casos de espera de mais de três anos.
Por sua vez, entre 2019 e 2021 verificou-se uma estagnação do número de cirurgias realizadas no âmbito do SNS, com um aumento de 0,7%, que não compensa minimamente a quebra de 18% verificada em 2020, ano em que foram realizadas menos 114 mil cirurgias do que em 2019 (2019: 628.282; 2020: 514.000; 2021: Cuidados Hospitalares 629.889).
LISTAS MAIORES
A agravar o que se acaba de referir, em 2021, por comparação com 2015, houve um agravamento de 7,5% no número de doentes em lista de espera para cirurgia (2015: 197.401; 2021: 212.189).
A DEGRADAÇÃO DAS URGÊNCIAS
Relativamente aos serviços de urgência hospitalares do SNS, verificou-se uma acentuada degradação nos últimos anos, proliferando as situações de funcionamento sem condições mínimas, até de qualidade, quer para doentes quer para profissionais, sucedendo-se os casos de encerramentos temporários de urgências, principalmente nas especialidades de ginecologia e obstetrícia e de pediatria, mas também já noutras especialidades médicas.
Igualmente nos últimos anos e, principalmente, desde 2022, multiplicaram-se as situações de doentes obrigados a esperar horas infindáveis nas urgências hospitalares – como tem sucedido, por exemplo, nos Hospitais de Santa Maria, S. José, Loures, Amadora-Sintra, Vila Franca de Xira, Barreiro-Montijo, Faro, Santarém, Setúbal ou Penafiel – com casos de espera de 14 e mais horas e doentes amontoados em macas nos corredores ou mesmo no chão, urgências sobrelotadas e sem capacidade de resposta, face à enorme procura que também a falta de resposta dos cuidados primários agrava.
Em matéria de internamentos sociais, em março de 2022 encontrava-se mais de um milhar de pessoas com alta clínica nos hospitais do SNS, um aumento de 23% relativamente às cerca de 850 que permaneciam inapropriadamente internadas em 2021. Segundo o Ministério da Saúde, no final de janeiro de 2023 ainda havia 665 na referida situação, a maioria (433), aguardando a integração numa estrutura residencial e os restantes (232) em cuidados continuados.

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