Há uma Organização Terrorista que ameaça severamente a Democracia portuguesa.
Todos os ingredientes de um Movimento Terrorista estão reunidos nos domínios da organização e acção.
Este Movimento Terrorista tem uma ideologia, uma estrutura vertical, rígidamente hierarquizada, de comando único político, uma estrutura vertical, rigidamente hierarquizada, de comando único operacional, recursos financeiros sem limites e meios de comunicação, múltiplas células, agora designadas por plataformas, que se desenvolvem em redes internacionais e executam, meticulosamente e de forma concertada a nível transfronteiriço, um Plano de Acção Terrorista, que se movimentam pelo país e pelo estrangeiro, secretamente e actuando inopinada e inesperadamente.
O curioso é que este Movimento Terrorista tem também ao seu serviço as TV’s, em particular as privadas (que seriam as primeiras a ser dissolvidas ou nacionalizadas) como se viu nesta recente acção terrorista contra o Ministro da Saúde, neutralizada pela dignidade e coragem do Ministro, executada por cinco terroristas no momento em que o governante se preparava para discursar perante um anfiteatro cheio de gente, presumivelmente médicos.
A verdade é que a TV, que me mostrou o «evento», falou-me da contestação ao Ministro, divulgou todas as injúrias e a cantoria comunista mas esqueceu-se de dizer que eram apenas cinco os manifestantes e, muito mais importante do que isso, não me informou sobre onde é que o Ministro estava, para quem falou, o que é disse, e quem é que o ouviu.
Mas reportou a acção terrorista dando-lhe uma dimensão que as imagens desmentiam!
Este Movimento Terrorista já tem um longo cadastro de acção insidiosa e tem de ser levado muito a sério.
É possível traçar-lhe um perfil, identificar as chefias política e operacional, os comandos subalternos das plataformas ou células e seus executantes, o modo de actução e o objecto.
Quanto às chefias, elas são conhecidas, mostram-se diariamente nas TV’s, ora dissimuladamente ora à vista de toda a gente.
O chefe operacional é Arménio Carlos que se dissimula sob a capa de chefe da central comunista, Intersindical/CGTP.
Quanto ao modo de acção, os terroristas estão já na fase de paralisação das instituições, com ocupações selvagens de espaços públicos e privados, promovendo a Desobediência geral às deliberações do Estado, criando um ambiente social de incerteza, insegurança e medo, boicotando todas as iniciativas da sociedade civil e impedindo o exercício das Liberdade Fundamentais, como a Liberdade de Circulação, de Reunião e Debate das questões fundamentais à reconstrução do Estado.
Sob o ponto de vista da economia, paralisam os portos marítimos nacionais bloqueando as exportações e provocando irreparáveis danos às empresas e economia nacionais, bloqueiam a Liberdade de Circulação de mercadorias e o exercício do direito à Liberdade de Circulação dos cidadãos com paralisações sem fundamento legal, sucessivas e metódicas, das redes ferroviárias, transportes terrestres e marítimos fluviais.
Quanto ao sistema financeiro, todos temos tido conhecimento de metódicos e frequentes assaltos a bancos, um pouco por todo o país, e assistimos agora a uma tentativa de relevante dimensão, de inundação da economia nacional com moeda falsa, em circulação descontrolada, o que, a concretizar-se, teria consequências muito mais graves do que os assaltos a bancos, na sabotagem, em curso, da recuperação económica do nosso país.
Este Movimento Terrorista actua também na área do emprego, promovendo boicotes e sabotagens à reestruturação de empresas, em particular as vitais para o desenvolvimento de determinadas regiões, provocando o encerramento de unidades de produção e extinção de empregos.
Objectivamente, a estratégia política do Terrorismo, em Portugal e em certos paises europeus, de forma concertada e obedecendo ao comando único, tem como objecto o aumento do desemprego através da criação de condições de desincentivo do investimento e fuga dos potenciais investidores com a consequente instabilidade social, medo e anestesia generalizada bem como inibição do potencial de Resistência da sociedade e da Democracia ao caos e anarquia em construção, as vias preferenciais para o estabelecimento de um sistema político autoritário, tendencialmente totalitário.
Estamos, portanto, perante uma questão de Segurança Nacional em Portugal – está em causa a conservação da Ordem Social, essa força abstracta mas que se materializa na conservação e funcionamento da sociedade, que assegura os equilíbrios sociais imprescidíveis às relações sociais, que garante o Direito à Vida, em toda a sua diversidade de expectativas, modos de ser e graus de inserção mas em Comum e em Liberdade.
Temos todos os meios de combate, necessários para neutralizar e derrotar este Movimento Terrorista: uma esmagadora maioria da população com fortes tradições de luta contra as tentativas totalitárias, uma Ordem Jurídica bem firmada na cultura popular de que emana, serviços de Informação da República, forças policiais de manutenção da ordem pública e repressão da sua violação, de investigação e repressão do crime, bem treinadas e equipadas, legislação que proibe o crime e penaliza severamente o terrorismo, órgãos de soberania em pleno funcionamento e democraticamente eleitos ou constitucionalmente constituidos e legitimados, como os Tribunais, uma sociedade organizada, pluralista, inteligente e de notável senso comum, um povo pacífico, trabalhador e, muito em especial, com carácter forte.
Apenas está a faltar acção, aparentemente falta determinação contraterrorista, a energia política, institucional e social necessária ao combate e neutralização do terrorismo, ao reestabelecimento da normalidade social.
O chamado Direito de Livre Expressão, que tanto tem sido invocado para a prática do terrorismo, é precisamente o mesmo que eu invoco, hoje, para apelar à Resistência, ao Combate sem tréguas e em todas as frentes contra o terrorismo e contra todos as formas como essa praga social se manifesta.