Até quando?

... o primeiro grande problema é que o PSD precisa de uma direita coesa e forte mas o segundo é que a direita também precisa de um PSD vivo e confiável! Até quando?

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Júdice HONRA Cavaco?!

José Miguel Júdice está no superior orgão de apoio à recandidatura de Cavaco Silva, a Comissão de Honra.
Não consigo perceber o que é que liga o apoiante ao candidato.

Júdice tem sido politicamente o que todos sabemos: anti-PSD, em particular anti-Cavaco Silva e tudo quanto lhe «cheire a cavaquismo», apoiante indefectível de tudo quanto se inspire em Mário Soares e no PS «que conta».

Nos intervalos convenientes dizia ser um homem da Direita.

Desde a sua famigerada presença na distrital de Lisboa do PSD nunca deixou de atacar violentamente o homem e o político Cavaco Silva.

O que é que ele estará a fazer na Comissão de Honra do Homem que ele sempre desconsiderou, do Homem que ele sempre classificou de gente sem estatuto, sem cultura e de tendências autoritárias, ditatoriais mesmo?

Que adicional de Honra encontra Cavaco Silva em José Miguel Júdice?

Ou esta «coisa» das comissões é tudo a fingir?

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

«Almofadas» e excepções do PS

Não consigo perceber as dúvidas de tanta gente sobre a «alteração de última hora» que o PS introduziu na norma que determina o corte de cinco por cento nos salários dos trabalhadores das empresas públicas e empresas privadas de capitais públicos.

Fraca memória parece criar fraca gente.

Se bem nos lembrarmos, os governos PS sempre souberam cumprir dois objectivos essenciais das suas práticas: criar «almofadas» financeiras para acorrer a necessidades amigas inesperadas e prever «excepções» a regras anunciadas como absolutamente rigorosas.

É assim que habitualmente «safam» fundações privadas sem património, empresas amigas sem capital ou sem actividade, acções de propaganda imprevistas para necessidades urgentes.

É desse modo que calam sectores laborais agressivos ou apenas amigos, subsidiam artistas «barulhentos», amansam profissionais liberais cuja «opinião conta», põem comentadores e jornalistas a dizer «muito bem» daquilo que começavam a dizer ou se preparavam para dizer «que horror».

São práticas que já fizeram «escola» e alimentam a «cultura de boa gestão» do PS.

E o curioso é que se dá tanta importância à iniciativa do PS/governo Sócrates de abrir «excepções» quanto à abstenção do PSD.

Valeria a pena, ao PSD, abrir uma brecha na responsabilidade do PS e dar aos socialistas mais uma oportunidade para, mais tarde, gerar connfusão e clamar pelo «direito à indignação» contra as «maldades» e «imaturidade» de Pedro Passos Coelho?

Não sabemos todos que tudo é revogável, mais cedo ou mais tarde?

PS – Ainda me lembro da quantidade de «manhosos» despachos, portarias e decretos do célebre governo Pintasilgo de 1979 que o governo da AD todos os dias descobria e revogava, muitos meses depois de iniciar funções ...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Matracas seladas e «bico calado»

Registo que o PS anda muito preocupado com a intervenção política dos partidos da oposição, em particular do PSD.

Os socialistas querem espalhar a ideia de que, nestes tempos de crise, de origem «internacional», patriótico é ninguém falar de «coisas» desagradáveis, tais como desmandos do governo de Sócrates, incompetência, desorganização e paralisia da administração pública e da economia.

E, então, lembrar o passado recente de Sócrates e seu governo, como o total descontrolo das finanças públicas, incapacidade de gestão, desprezo pelos interesses gerais e dissipação dos recursos do Estado na execução de políticas com objectivos meramente eleitoralistas, então isto é mesmo «pecado mortal».

Agora, a palavra de ordem é tudo «caladinho», nada de críticas nem análises «desconfortáveis», «bico fechado» ... que os mercados internacionais estão à espreita.

O que me faz confusão é estes socialistas de agora se mostrarem tão empenhados em anular os «estados de alma» que os outros socialistas, os do passado, nos ensinaram e instilaram.

Vamos cancelar o «direito à indignação» que, com tanto êxito, a referência do PS, Mário Soares, nos «deu» quando o PSD era governo?

Acabaram as buzinadelas e boicotes à livre circulação de pessoas e bens conduzidas com a maior excitação e pública exposição de dirigentes do PS, como o estóico e antigo dirigente do PS, Armando Vara?

E o direito à «vida para além do défice», às «outras coisas da vida», que a outra referência do PS, Jorge Sampaio, nos «deu» também é para enterrar nas profundezas da vida para que os actuais défices nos atiraram?

Não sei porquê, mas estou ansioso por ouvir Sócrates e os seus amigos ministros a alargar elogios a Manuela Ferreira Leite e a dizer que razão tinha a antiga líder do PSD quando propunha a «suspensão da democracia por uns tempos ...»!?

... E isto apesar dessa «história da suspensão da democracia» ter sido uma ruidosa invenção do PS pois Manuela Ferreira Leite nunca propôs tal coisa!

sábado, 20 de novembro de 2010

As voltas que o Mundo dá

A ironia está em que nunca vi tantos comunistas maoistas, de jornalistas «especializados» a ministros ou deputados, rendidos ao «imperialismo belicista americano» materializado na existência da NATO nem tantos socialistas ou próceres de uma direita sem ideologia nem povo, comentadores de TV, ministros, deputados e ex-dirigentes dos «grandes empresários capitalistas«, agarrados como lapas ao PSD.

Até o Ferraz da Costa, que não consegue ser candidato a nada ou que alguém o «leve a sério», passou a ter assento certo nas TV’s, após a sua longa e penosa marcha até ao colapso do prestígio de «coisas» como a Confederação da Indústria Portuguesa, a tal CIP que juntava herdeiros de empresários e uma ou duas famílias de «bem» ... !

O tempo que eu perdi a combater o comunismo e os comunistas e a defender uma maioria, um governo e um presidente, tudo de um só partido, o PSD, de convicções anti-comunistas bem definidas e invulnerável às influências «manhosas» dos comunistas e dos tradicionais e discretos centros de interesses e de pressão socialistas, como condição de estabilidade, desenvolvimento e do progresso social!

Como era excitante a ideia de que as crises políticas se resolviam através de consulta popular, em eleições livres, voto universal e secreto!

Coligações sem liderança aceite e com autoridade moral e política, sem programa político comum e regras de acção bem determinadas por gente séria e competente ... quem se atrevia sequer a sugerir?

PS: Berlusconi tem sido muito referido por ter sido o último a chegar à cimeira da NATO. Ele sabe bem para que país veio. Ainda se lembra de quando chegou de avião particular para um jantar de trabalho no Palácio de Belém, com o então Presidente da República, Mário Soares, ao tempo muito interessado e empenhado no grande projecto de criação de uma estação de televisão integrada no conglomerado de comunicação do PS, onde Manuel Alegre se afadigava ... Bons tempos, terá ele pensado!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Mais uma "jogada" à Sócrates

Parece que o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros terá dito que Portugal precisa de um governo de salvação nacional.

E terá mesmo acrescentado que ele próprio estaria na disposição de ceder o seu lugar à coligação, se tal fosse necessário para viabilizar o acordo.

Algures, lá longe onde se encontrava a pedinchar empréstimos sem se lembrar que foi assim que a república caiu em 1926, Sócrates disse que conhecia a “coisa” mas não era preciso qualquer governo de salvação nacional.

E terá acrescentado que o seu governo era bem capaz de dar conta do recado.

Eu não acredito em nada disto.

Bem pelo contrário, tudo não passa de uma “jogada” à Sócrates, tudo foi combinado entre eles e os estrategas do PS para desviar as atenções das “misérias” que este governo anda a fazer, para pôr este pequeno “mundo” a falar de “salvação nacional” e para obrigar o PSD (que não é burro, penso eu) a dizer que não quer nenhuma coligação.

E só mudarei de opinião, isto é, só acreditarei num e noutro, se uma de duas “coisas” acontecerem:

O Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros pede a demissão,

Ou

O primeiro ministro demite o ministro dos Negócios Estrangeiros;

Sem isto, não caio no golpe - não me enganam!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Afinal nem «tudo» é igual!

Anda toda a gente «indignada» com a «violência» do debate na generalidade da proposta de lei do governo PS de Orçamento de Estado para o próximo ano.

Diz-se por essas TV’s que essa tal «violência» entre o Governo/PS/Sócrates e o PSD «baixou o nível» da política, gerou um clima de «crise política» e que «afastou» mais os portugueses da política e dos políticos.

E mais ainda: os mercados internacionais terão ficado de tal modo «chocados» que já não acreditam na capacidade de execução do orçamento aprovado na generalidade.

Aparentemente, a «coisa» teria ficado bem armada se o PSD e o Governo Sócrates se tivessem entretido com os clássicos e hipócritas jogos florais, a trocar promessas de falsas esperanças e juras de amor eterno, em ambiente de chá e torradas com «hino da alegria» como música de fundo.

Nada mais ilusório, demagógico e hipócrita.

O que vi foi um debate vivo, em que o PSD se mostrou como toda a gente há muito espera: um partido vivo e «sem papas na língua», claro na afirmação das suas divergências com o PS/governo Sócrates, certeiro nas críticas à política do governo e ao documento que a revela, decisivo na análise da ruina política e económica a que a incompetência de Sócrates conduziu o nosso País, unívoco na afirmação da verdade como valor primeiro da acção política e incisivo na demonstração de que representa uma alternativa séria na política e de governo.

E era disto, deste tónico, que os portugueses precisavam para se sentirem mobilizados, de novo interessados nos destinos do seu País, conscientes de que há esperança no horizonte.

Ao fim e ao cabo, hoje já dizemos: nem «tudo» é igual.

E talvez os tais mercados internacionais, se é que ligam alguma coisa ao que se discute em Portugal, comecem a «suspeitar» que, afinal, ainda há «gente de confiança» neste País.

Tenho pena dessas habituais «élites» do «parece mal» ou «era escusado», das «enguias» que se habituaram a engordar nas águas turvas do pântano das mentiras e da «esperteza» … mas eu sei que rapidamente se adaptarão, claro que com os devidos «cuidados», aos próximos tempos em que os rios correrão límpidos e transparentes em leitos desvencilhados e sem lixo a entulhar as margens.