Até quando?

... o primeiro grande problema é que o PSD precisa de uma direita coesa e forte mas o segundo é que a direita também precisa de um PSD vivo e confiável! Até quando?

domingo, 29 de abril de 2007

Marques Mendes: O Único Inimigo

Marques Mendes é o único inimigo perigoso do governo.
Duro como rochedo granítico, voltou a denunciar as tentações totalitárias
do primeiro ministro e a incompetência arrogante de um governo,
cada vez mais atribiliário, inconstante e fragilizado.

Jorge Coelho e o ministro Santos Silva (o tal que jurava que Cavaco Silva ia fazer um golpe de Estado) já há muito davam nota de que quem ameaçava o bem-bom da maioria era Marques Mendes.

Agora, as «coisas» estão mais à vista.

José Sócrates já não consegue disfarçar. No último debate parlamentar, o primeiro ministro apareceu completamente fora de si, com uma agressividade acrescida,sem classe, mais mal educado do que nunca.Ele não pode ver nem ouvir Marques Mendes.Quando reagia às intervenções do líder do PSD ele já nem respondia ao deputado. Parecia um pequeno animal acossado pela fera. Esbracejava, perdia a compostura, atacava furiosamente. Até a voz lhe falhava com tiques de agudos histéricos, tal era a raiva, o medo, a surpresa e impotência típicas do ardiloso apanhado com a boca na botija.Quando vê e ouve Marques Mendes, Sócrates fica apoplético, coitado.Qualquer dia dá-lhe mesmo um baque!


Porque será que Sócrates revela tanto medo de Marques Mendes?

E porque é que Luis Filipe Menezes,
em vez de,
de quando em vez,
saltar da toca
como raposa manhosa esfomeada,
não pensa nestas coisas
tão simples e brejeiras?

Toda a gente sabe que Sócrates não morre de amores por um PSD sólido e credível.
Bem pelo contrário.
É exactamente o que mais teme; porque é o único obstáculo à sua perpetuação no poder.
E toda a gente vê que o primeiro ministro e os seus acólitos assumiram como objectivo político derrubar Marques Mendes.
É a condição para a dolcificação do maior partido da oposição.
Para a sua neutralização.
Ora, a fracção socialista de Sócrates já percebeu que este PSD não se deixa comover com grandes planos, espectáculos de luz e cor, ecrãs gigantes, promessas faraónicas.
E que não se intimida perante a pesporrência, a ameaça insinuada, a intriga e a mentira pura e simples.
Nem corre atrás dos foguetes ... para apanhar as canas.
E que, haja o que houver, o actual PSD, imperturbável prossegirá seu caminho, sem tergiversar, com a sua ideologia e os seus projectos, não dando tréguas à pantominice e incompetência.
Como parece evidente, Sócrates e o seu aparelho tudo farão para promover a substituição de Marques Mendes por um outro militante qualquer mais dócil, compreensivo, sensível, flexível.
Por alguém desesperado por uns minutos de TV .... preferencialmente por alguém capaz de ensaiar esporádicos acessos de trauliteirice como reacção a factos menores inventados e depois desmentidos pela contra-informação do aparelho.
Alguém que se preste ao papel actual de Louçã: o ministro cria o engodo, lança-se o boato, o peixe vai a correr, protesta com ênfase trauliteira porque lhe querem tirar a água do rio e depois aparece o ministro a dizer ingenuamente: estão a ver como o peixe é maldoso? Nunca pensámos secar este rio!

Porque é que Filipe Menezes não pensa nisto em vez de andar por aí armado em donzela trauliteira a oferecer-se a qualquer manhoso que lhe pisque o olho?
Quanto tempo durará o apreço de Sócrates?
Ele devia saber que namoros destes nunca dão em casamento ...
Era bom pensar um pouco e deixar de ajudar Sócrates.
Ele jamais lhe agradecerá ... com sinceridade!
Nem sequer tem necessidade de elogiar Marques Mendes.
Basta manter a calma dos sábios experientes e esperar por Conselho Nacional, pelo Congresso - e, aí, então, atacar, dizer tudo, arriscar de peito aberto, candidatar-se, ganhar e governar!
Se fizer assim, naturalmente, as coisas vão correr-lhe melhor: receberá um partido sólido e respeitável, credível e, por isso mesmo, mobilizador e temido pelos inimigos - e não um clube de patetas ilustrados, vaidosos, indecisos, troca-tintas ou tartufos!
O PSD recebeu das suas origens interclassistas mas predominantemente populares o sentido de justiça que enforma e orienta a cultura ancestral portuguesa.
Jamais esquece e nunca perdoa.
E, embora alguns, distraidos consigo próprios, não se apercebam, no momento da verdade, o PSD decide e escolhe. E opta sempre pela firmeza do que é natural e igual a si próprio, pelo caracter de quem torce mas não parte, pela sua cultura, a raiz popular, rural, tradicional - a que é permanente e não cede às modas citadinas, pseudo intelectuais e que não alimenta o novo riquismo nem as vaidades vãs das lustrosas sanguessugas que por aí se arrastam sempre em busca da melhor e mais fácil seiva.
Filipe Menezes tem obrigação de ter percebido e saberá, se não se esqueceu do (seu) passado, que o PSD aprecia e valoriza a lealdade para consigo próprio.
E que o PSD de modo algum acredita que Sócrates e a sua fracção só querem o seu bem (e o da oposição) quando tudo fazem para destruir a credibilidade de Marques Mendes.

Não é estranha a obcecação de Sócrates contra Marques Mendes?
... Um Marques Mendes que ele julgará tão insuficiente, incompetente, inconsequente ... tão mentecapto?! Uma coisa tão fácil?!
Quando é que a anemia da ovelha esquelética assustou e afugentou o lobo faminto?
Não será tudo isto muito estranho?
Para mais, sendo Sócrates tão simpático, compreensivo, respeitador e até dialogante com políticos como Paulo Portas, Louçã, Manuela Ferreira Leite, Pacheco Pereira, com o próprio dr. Filipe Menezes e, mais significante ainda, até com Cavaco Silva ... o actual Cavaco Silva, naturalmente!

A Inutilidade Pública

O Túnel do Marquês foi finalmente inaugurado.
É uma obra municipal da maior relevância para a cidade de Lisboa.
Venceu a capacidade de planear e fazer; fez-se a prova
de que é possível governar
projectando um futuro de eficiência dos equipamentos,
bem-estar das populações
e criação de condições de desenvolvimento económico.
A cidade deu o maior passo para a modernidade.

Está derrubada a principal barreira ao escoamento de tráfego automóvel de quem entra, sai ou simplesmente circula em Lisboa; a imensa fonte de poluição secou.
Como é habitual em Portugal não foi fácil lançar e realizar a obra.
Santana Lopes tomou a iniciativa e o Professor Carmona Rodrigues concretizou, revelando-se um político persistente, determinado e de bom senso.

Todo o esforço de José Sá Fernades para manter bloqueada
a modernização da cidade caiu por terra e reduziu
este menino burguês, rico e mimado à expressão da
indigência das inutilidades públicas, dos frustrados
face à extensão, a todos os comuns mortais,
de direitos que ele próprio reservava apenas para si.
Atrasou o progresso dois anos mas foi vencido.
Provocou um incomensurável aumento de custos, despesas
e outros encargos à cidade e aos cidadãos
mas falhou porque todos nós,
ricos e pobres, zèquinhas-bem e as gentes sem berço dourado,
todos circulamos agora nas mesmas estradas,com a mesma comodidade e bem-estar.
Este rapaz travesso, tão horrorizado com a invasão da cidade por multidões de gente comum, que não medem distâncias e ousam perturbar a ambiência amaneirada, no sotaque e pose e no resto, da casta dos típicos meninos das avenidas novas ora atertuliados nos centros históricos da moda - este rapaz não é desconhecido.
Há meia dúzia de anos era conhecido nos círculos forenses e, em particular da advocacia, como o advogado dos buracos.
Todos os dias, o sr. dr. fazia pequenas incursões pelas ruas, travessas e avenidas à procura de buracos, falhas no asfalto ou pedras da calçada removidas. Um conduta rebentada era ouro e um taipal menos aprumado enchia-lhe as medidas.
E todos os dias lá ia, com a excitação de adolescente retardado que ganhou uma prenda, redigir a queixa e propôr acção contra a Câmara de Lisboa no tribunal competente.
Desconhece-se quantos ganhos de causa obteve. Mas, sem dúvida, sabe-se que seu ego exibicionista enchia como balão de sopro e presume-se que a sua lista de pendências atingia o tamanho da sua arrogância. E a profundidade da sua inutilidade.
Hoje é vereador e representa essa inutilidade pública que agrega stalinistas, trotsquistas, maoistas e outros simplesmente diferentes, que, em comum, só têm a condição de nunca lhes ter faltado dinheiro para realizar caprichos e as excentricidades.
Vamos ter de continuar a ouvir falar dele e nele, por enquanto. E das cabalas que inventa.
E mais: continuará a atrasar obras; mas não conseguirá demolir o betão.
Especialmente quando a massa do betão é a dignidade e a honra das gentes dignas e honradas.
Carmona Rodrigues sabe isso ... porque é da outra casta:
a da simplicidade, do trabalho e da honra.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

A Denúncia Necessária: As ameaças à liberdade

Do Portugal Profundo é um blog conhecido de todos.
Dirigido por António Balbino Caldeira, investigou de forma séria e fundamentada, desde as últimas eleições legislativas, há cerca de dois anos, os indícios de corrupção e todas as irregularidades (à falta de melhor expressão) cometidas por José Socrates na formação de um curriculum académico e profissional apropriado.
Foi persistente e, hoje, ninguém de boa-fé ignora a verdadeira natureza da personalidade do actual primeiro ministro.
Tornou-se imposssibilidade objectiva travar a «desmascaração» do perfil inventado, do tal rigor e seriedade. Falharam os métodos tradicionais de controlo da informação. Por isso os acólitos deste poder instalado entraram na fase mais dura e crua: a ameaça contra a pessoa do investigador, da sua família e do património.
E demonstra-se agora que a velha mafia não passa de um coro amador de paróquia ...
No seu blog "Do Portugal Profundo", António Albino Caldeira denuncia agora as ameaças de que já foi e está a ser vítima.
É importante que sejam conhecidas de todos.
Por isso, com a devida vénia e como expressão da nossa solidariedade, publicamos na íntegra o artigo/denúncia do autor Do Portugal Profundo:


«Quarta-feira, 25 de Abril de 2007 O esplendor do sistema anti-democrático
De há tempos para cá, além dos agentes provocadores e assessores, temos notado na caixa de comentários deste blogue Do Portugal Profundo - onde não faço moderação (censura prévia) de comentários e, como é sabido àcerca desta e das caixas de comentários dos blogues, não sou responsável pelo conteúdo das mensagens que os comentadores aí colocam, apesar de tentar limpar spam e conteúdo calunioso - a intrusão de profissionais neo-pidescos, ligados a serviços e departamentos que deveriam servir o Estado em vez de servir os governantes.São trabalhos sujos de rastreio de tráfego, violação da confidencialidade de dados de registo e publicação electrónica, intromissão em computadores pessoais e em servidores nacionais, violação de correspondência e escuta telefónica, que não constam de ordens de serviços, mas combinados por fora, pedidos particulares de operações negras, realizadas sem registo e oficiosamente à margem da cadeia de comando operacional, com meios absolutamente ilegais, com alvos absolutamente ilegais, com motivos absolutamente ilegais. E, todavia, fazem-se. Fazem isso, e mais, a nós, formalmente portugueses livres, cidadãos livres, homens livres.Talvez a liberdade seja um elemento básico da "qualidade da nossa democracia", conceito mencionado hoje, dia 25 de Abril de 2007, repetidamente, pelo Presidente da República Cavaco Silva, num discurso ainda suave. Mas, francamente, já nem sei. Parece-me que a liberdade, e entre elas a mais elementar, a liberdade de informação e de opinião, tombou no cerco da razão de Estado.Cerco da razão de Estado à liberdade e à democracia, com uma promiscuidade ostensiva dos poderes, que, no limite, aceita que o cínico juízo de oportunidade político chegue ao cúmulo inexcedível da sua consagração judiciária, isto é, que a eventualidade de suspeitas e evidências relativas a personagens do poder não sejam perseguidas naquele momento - ou em qualquer outro... - por causa de um suposto prejuízo para o Estado que decorreria das consequências inevitáveis da investigação séria.Inseparado deste sistema visível, funciona o ambiente do iceberg submerso que gela a nossa ilusão democrática e que inclui a desfaçatez mais imune e impune que se pode ver nas ameaças que, como exemplo, respigo da caixa de comentários deste blogue Do Portugal Profundo:

"amigo antónio conte aí ao pessoal quantos euros gastou por causa do outro processozinho que lha arranjamos...sabe quanto nos custa a nós montar-lhe mais um, cinco ou mil processozinhos? nada. mas a si bien, é só fazer as contas... (...)ainda por cima o número de suicídios está a aumentar! é uma pena"
Sob a capa do anonimato - 25.04.07 - 12:36 pm - IP: 207.195.245.75 [realce meu]

Parece conhecer bem a minha conta bancária, pois na verdade não é fácil equilibrar as finanças domésticas debaixo da despesa dos tais processos que me arranjaram... Já o suicídio não é provável: é contra a minha natureza e princípios, além de gostar muito da vida - a não ser que me suicidem... Mas esse suicídio não resolveria o problema sistémico - há muitos cidadãos activos, blogues, fóruns, mails, sms, até media tradicionais, nesta luta democrática da cidadania.Atente-se, também neste complemento explícito na caixa, proveniente da mesma origem:

"Caro amigo cardosozinho... ladras mas não mordes. nós ladramos, mordemos e até vamos a casa."
Sob a capa do anonimato - 25.04.07 - 1:35 pm - IP: 207.195.245.75 [realce meu]

Realmente, vêm a casa... e de noite - pelo menos, a minha casa e à casa de minha mãe vieram, e ainda ao carro de minha mulher. E ainda outro comentário do mesmo teor e personagem, bastante claro na táctica utilizada:

"A parte com graça é que nós usamos os vossos IP's para visitar este site e deixar comentários difamatórios a várias personalidades.Ou seja vocês serão os acusados das difamações que nós fazemos! LOL"
Sob a capa do anonimato - 25.04.07 - 12:21 pm - IP: 207.195.245.75 [realce meu]

Contudo, esta gente não aprende que os recados, directos e indirectos, os avisos, mais ou menos insidiosos, e as ameaças de violência são contraproducentes para os seus objectivos de calar o povo e provocam ainda mais vontade de resistir aos cidadãos activos Do Portugal Profundo?!...

Publicado por António Balbino Caldeira em 4/25/2007 03:16:00 PM »

quarta-feira, 25 de abril de 2007

SEMPRE o mesmo matreiro!



O Estado

«DEU»

16.000 euros à

Fundação

de Mário Soares


... Parece envergonhado! Mas não é mau rapaz!

Ele continua o Rei da Matreirice!

Agora percebe-se o que é que Mário Soares queria dizer, no passado dia 20, com aquela história de «dois anos depois da formação do Governo Sócrates, podemos afirmar com objectividade, que estamos a caminho de vencer a crise financeira».

E está explicada, também, aquela empolgação toda ao dirigir-se ao ENGENHEIRO DA SUBSIDIAÇÃO (para os amigos) para que não se intimide e «continue com determinação, a inteligência e a coragem que demonstrou nestes dois anos».

Claro Sr. dr. Mário Soares, é preciso estimular os jovens .
Assim o caminho até parece autoestrada.
É só mais uns subsídios ...
O «caso» do Joãozinho fica para depois!

domingo, 22 de abril de 2007

Papááá! Olha ele ... Eu não dizia?





Deputado não entra


Marques Mendes foi proibido de entrar no Hospital de Estarreja.
O ministro da saúde quer acabar com a urgência e o deputado quis ver como os serviços estão a funcionar, quantos utentes atende, etc., etc..
O deputado e líder do PSD apenas pretendia fundamentar a sua legítima intervenção política.
É prática corrente entre deputados.
Ainda há pouco vimos o deputado do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, visitar a urgência do Montijo.
É certo que Louçã é cunhado de Correia de Campos.
Mas ... enfim. É a vida!

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Só vendo ...




UUUUUHMUHMUMMM!?
SERÁ?
Só vendo, só vendo ...
sabe-se lá!

VIVA A TRADIÇÃO

“Não podemos ter um PS aos ziguezagues,
que às segundas, quartas e sextas
pisca o olho à direita, ao bloco central
ou até a uma AD reformista,
e às terças, quintas e sábados
defende uma frente popular”
Jaime Gama.(2002)





Então quem está hoje surpreendido?
Qual é a novidade?
Em 2002, já o dirigente socialista Jaime Gama achava a «coisa» esquisita.
Chamava-lhe «ziguezague».
Nos tempos que correm, Sócrates honra a tradição.
E acrescenta um ponto:
a TRAPALHICE ou TRAFULHICE

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Pinho safa-nos do Terrorismo!




Pacheco Pereira recordou o objectivo da Al Quaeda
de reconstituir o velho califado
na Península Ibérica.


A arma é o terrorismo, naturalmente,
e Madrid já viu como as coisas funcionam.


Alvos serão, agora, a espanhola Andaluzia
e o português Algarve.


Só que, Pacheco Pereira esqueceu-se
de que há em Portugal um governo previdente
e um ministro a quem nada escapa.


Será que Pacheco Pereira percebe agora
porque é que o ministro Manuel Pinho inventou
o nosso e universal ALLGARVE?


Como é que os bin laden's
ajustam a história à bomba
no ALLGARVE?


quarta-feira, 18 de abril de 2007

O esquema

Sempre a rainha das instituições.
É a figura típica.
A Mãe que nunca seca o leite.
No Brasil, áfricas, américa latina, nada se faz à margem do «esquema». Simples comida, roupa «fina», dinheiro, carro, gasolina, emprego, vaga na escola, resposta ao requerimento, um «lugar ao sol» do Poder, cama no hospital, acesso à discoteca, convite para o banquete, a distracção das polícias e outros fiscais - nada se faz sem entrar no »esquema».
O «caso Sócrates», na sua perspectiva cultural, teve o mérito de recordar: a cultura portuguesa deixou as marcas dominantes nas culturas dos povos descolonizados do velho império além mar.
O «Pai» do esquema sempre foi Portugal.
E ainda é, com muita honra!

segunda-feira, 16 de abril de 2007

É só Pagar e Emoldurar o Diploma

Há alguns anos, generalizou-se a ideia de que o grau de licenciatura
estava demasiado vulgarizado para constituir
prova de habilitação superior relevante.
O sistema educativo fomentou e autorizou
a abertura de uma infinidade de cursos superiores
em universidades de recente geração, simples institutos particulares
e escolas ditas superiores.


O ensino politécnico, relançado com a lei de bases do sistema educativo tão discutida em 1980, suicidou-se praticamente à nascença, devido aos preconceitos ao tempo ainda prevalecentes, de que a democratização do ensino impunha que nenhuma instituição de estudos superiores fosse limitada na oferta de graus académicos.
Se a sua vocação era formar técnicos especialistas de grau superior médio (bacharéis, engenheiros técnicos, etc) a verdade é que, mal se viram com o alvará e instalações, logo dirigiram as suas lutas para o reconhecimento de competências para administrar complementos dos cursos técnicos e, desse modo, oferecerem aos seus alunos habilitações do grau de licenciatura e, até, mestrado.
A filosofia que enformava a lei de bases apresentada e discutida nesses tempos orientava para um ensino politécnico, equipado com meios de práticas e laboratorios adequados, virado para a satisfação das necessidades imediatas do mercado, que formasse técnicos de elevada especialização, prontos para o exercício de uma profissão na vida activa nas empresas. Previa-se que uma boa parte destes alunos iniciasse a sua preparação no ensino secundário reestruturado, nos cursos da via profissionalizante dos 10º, 11º e 12º anos de escolaridade.
A ninguém era limitada a continuação de estudos, podendo os bacharéis atingir a licenciatura, mestrado e doutoramento em universidades públicas também reestruturadas.
Foram tempos difíceis, especialmente porque a demagogia de alguns e ambição de muitos logo rebuscaram das cinzas o velho preconceito de que se pretendia retornar à discriminação entre ensino para pobres e ensino para ricos.

O resultado foi o que se viu e Portugal voltou a estagnar por mais alguns anos.
Mas foram-se introduzindo alguns remendos. E de tal forma que se estabeleceu a maior confusão na oferta privada mas também pública de licenciaturas em tudo e mais alguma coisa, a maior parte delas não reconhecida por quem quer que fosse. Nem nas empresas nem no Estado sendo até frequente saber-se que raparigas empregadas de caixa em supermercados eram senhoras doutoras.
Esta situação criou problemas de prestígio académico e é então que se generaliza nas universidades portuguesas clássicas a ideia de que nenhum licenciado teria real estatuto superior se não incluisse no seu curriculum um mestrado ou uma post graduação.

Na actividade política e nos chamados círculos sociais, passada a fase da berraria e paulada, em que o mérito estava na coragem de enfrentar o inimigo e as habilitações se mediam pela quantidade de calos nas mãos e nível de consciência proletária, entrou-se na fase de avaliação pessoal pelo estatuto académico e social.
E formam-se tertúlias, reunem-se grupos com tentações elitistas e generalizam-se e reforçam-se as organizações maçónicas.
Toda a gente que queria ser alguém devia iniciar-se numa obediência e todas as obediências aumentavam a sua influência na medida do superior estatuto dos seus crentes.

Indispensável passou a ser ter ou parecer ter muito dinheiro e/ou um título académico, no mínimo uma licenciatura, sendo certo que o acesso aos graus superiores nas hierarquias seria sempre proporcional ao valor da riqueza (certa ou putativa) e ao nível da graduação académica.
As maçonarias portuguesas internacionalizam-se, criam e reforçam laços com as suas congéneres. E nenhuma obediência estrangeira digna desse nome deixa de ter uma universidade, uma escola de estudos superiores ou institutos de estudos superiores desta ou aquela fundação benemérita.
Desenvolve-se a cooperação e, para o que ora interessa, de forma particularmente activa no domínio do ensino universitário.
É, assim, que licenciados em universidades portuguesas aparecem graduados, mestres e Professores Doutores com formação em estabelecimentos de Paris, Bélgica, Espanha, Londres, Estados Unidos.

Mas havia aqueles que não tinham ainda habilitação básica suficiente para frequentar aquelas escolas. Tinham o curso geral das velhas escolas comercial ou industrial , o 5º ano do liceu ou algumas cadeiras do 7º ano do liceu.
Como a solidaridade tudo pode, com criatividade tudo se arranjou.
E foi fácil a muitos crentes iniciados prosseguir a sua actividade política em Portugal, matricular-se em universidade espanhola, francesa ou londrina, pagar as respectivas propinas, receber via postal um ou dois testes e remeter a resposta pela mesma via, enviar por correio ou fax o «trabalho» final, pagar o diploma e emoldurar o título. Tudo sem prejuizo de uma ou outra visita de cortesia ao professor e à universidade.
Depois, para o tal mestrado, as coisas ainda eram mais fáceis. Bastava exibir o certificado de licenciatura, comprar em Portugal a tese, de preferência traduzida, remetê-la para o professor responsável e pagar.

É claro que tudo isto é dinâmico.
E a própria maçonaria portuguesa evoluiu e se encarregou de criar as suas universidades privadas. E de adoptar os critérios e métodos, aprendidos com as congéneres irmãs, para empalhar em título de «chamar o olho» essa enorme multidão de novos-ricos e políticos que por aí circula na vulgaridade dos sem-título, frustrada pela desesperante espera de convite para o green dos ilustres.

Obviamente, tudo sem prejuizo da aceitação dos milhares de estudantes que, afastados das universidades estatais por falta de média, aproveitavam a abertura, pagavam elevadas propinas, frequentavam aulas e submetiam-se a exames, completamente alheados daquela promiscuidade e garantindo a viabilidade económica das instituições.

E em Portugal, as coisas até nem são difíceis.

O sistema de acesso ad hoc abre a porta, a transferência junta os amigos, o regime post laboral camufla as ausências, o sistema de equivalências torneia as dificuldades - a autonomia universitária define o melhor plano curricular. Tudo muito fácil e rápido. Desde que discreto.
Evita-se, assim, a sobrecarga dos serviços de correio e a tal viagem ao estrangeiro para a visita de cortesia. Basta um ou outro Fax.
O problema, como se vê no caso Sócrates, é que Portugal é muito pequeno. Estamos todos muito perto uns dos outros. E temos uma língua danada: tudo se sabe!

Quando é que um irmão fraterno se zanga (a sério) e bota a boca (a sério) no trombone?

O AGENTE SECRETO - Sempre Vigilante, Sempre Pronto!


Louçã é cada vez mais o AMIGO leal para os momentos difíceis.
Há tempos o País indignava-se na crise das URGÊNCIAS
provocada pelo ministro Campos.
Era o cunhado que estava na berlinda.
Louçã fardou-se de ganga e bombazine e foi ao Montijo mostrar
que a Urgência não podia fechar.
No dia seguinte lá aparece o ministro nas mesmas urgências
para ditar que aquela era uma urgência exemplar
que jamais seria fechada.
Louçã foi mostrar como os maldosos boateiros inventam crises
e preparar o palco para o show do ministro e cunhado.
Sempre com a prestimosa televisão atrás!
Agora foi com Sócrates.
E lá aparece o Louçã com aquele ar
de quem acaba de sair da sacristia
exigindo ao primeiro dos ministros que explique
essas coisas da ENGENHARIA, DA «MAITRESSE» e das SANITAS.
No dia seguinte Sócrates está na televisão e «explica tudo»!
Um dia depois Louçã regressa à televisão muito contente
porque o primeiro dos ministros explicou tudo.
E ditou (ele também dita): assunto arrumado;
afinal, era tudo mais uma mentira de maldosos boateiros -
como está à vista, nunca houve crise!
Ele é o melhor de todos os da propaganda!
Será que os stalinistas e maoistas envergonhados
do Bloco de Esquerda
também fazem parte da tertúlia
e estão por dentro ...
ou vão ser os últimos a saber?

domingo, 15 de abril de 2007

OH, Bernardo! Bernaaardooo!



Olha Lá. É da minha vista ou estou cheio de manchas?
Tens aí os cosméticos?
Nãaao, Bernardo. Ora, ora. Não é esse o certificado !!!
Ai, Ai, Ai! Estou a ver que estás a dar em maldoso!



Oh, Pereira!
Mas
Onde
é
que
estão
todos?












Eu não faltei. Uma Beijoca, seu fôfo.
Olhe que eu não sou maldosa ...


Já não caibo aqui!
Este País está mesmo cada vez mais pequeno.
Já nem o primeiro dos ministros nem ninguém
pode aldrabar nada,
nadinha, mesmo!
Que gente atrasada!


Quero lá saber!
Vou p´ró Irão, pronto!
Que se lixem, estes machistas!
Onde é que haverá uma bata preta para me tapar toda?

sábado, 14 de abril de 2007

Sócrates nunca irá perceber

Sócrates decidiu.
Os ministros executam
e algumas personalidades socialistas
nomeadas comentadoras avançaram.
E pronto.
O primeiro ministro foi à televisão, esclareceu tudo
e determinou: se há crise ela está no Marques Mendes.
E na burocracia e nos burocratas.
Está tudo dito. Ponto final, parágrafo.
O chefe disse.

Nota curiosa da grave crise política resultante da degradação do caracter e da personalidade do primeiro ministro está na ausência do Partido Socialista.
Desde as eleições presidenciais o partido de que deriva o governo desapareceu de cena.

Não é novidade em Portugal.
Já nos tempos dos governos dos Profs. Doutores Salazar e Marcelo Caetano, a sustentação do executivo era missão de uma ou outra personalidade da vida política e social ou da organização corporativa, institucionalmente complementada em intervenções apologéticas e imensos «muito bem», proferidas na assembleia nacional, por dois ou três ilustres deputados.
A União Nacional ou, posteriormente a Acção Nacional Popular, tão hipocritamente denegridas como partido único pelo único partido que lutou por se constituir o partido único após a revolução de Abril, limitava-se a esporádicas reuniões, mais ou menos discretas e alargadas, para estruturar a propaganda, rotinas burocráticas e assegurar por esse país fora as simpatias e cumplicidades dos chamados homens da terra. Indicava os que mereciam confiança, recebia os pedidos, lançava as cunhas, organizava festas e empolava os efeitos das realizações.
Não tinha qualquer função política de referência. Limitava-se à função de cenário das peças que a élite do ministério determinava.
E todas as outras organizações do regime, representativas de interesses específicos, seguiam-lhe o exemplo. A Mocidade Portuguesa organizava desfiles, acampamentos e provas desportivas; o Movimento Nacional Feminino fazia peditórios, despedia-se das tropas em embarque para a guerra e programava «chás»; a Legião Portuguesa juntava funcionários e trabalhadores sem armas em acampamentos e almoços, precedidos por desalinhada ordem unida de fardas bolorentas, bem regados e onde se entrecortavam discursos vazios mas empolgantes com fado à desgarrada acompanhado à concertina.
Marcelo Caetano evoluiu com ou por causa dos tempos mas não mudou nada de substancial. E serviu-se da televisão procurando no povo os apoios que lhe escasseavam na élite que administrava os interesses dominantes: políticos, militares, no mundo da ciência, nos grupos económicos e empresariais.
Acordou tarde e teve o fim por demais conhecido!

Sócrates não está muito longe deste filme.
Até estará mais adiantado. Pelo menos já usa a televisão, ostensivamente, e para fins que deveriam ser resolvidos no parlamento e no seu partido.
Já usa, é certo, mas com os resultados do outro: zero!

Quanto ao resto ...
É ele quem manda e quem diz o que manda; ele é o centro da corte; é ele a vedeta deste espectáculo e os dois ou três ministros autorizados servem apenas para lhe preparar a entrada em cena.
O seu partido obedeceu com humildade e retirou-se para a reclusão das sedes vazias.
As tão perigosas famílias socialistas e respectivas obediências, renderam-se, foram à vida e conformaram-se com meia tijela de lentilhas.
Perante este quadro e com uma comunicação social sempre tão prestimosa e tão sensibilizada pela atenção dos seus telefonemas, para quê o partido?
Ainda por cima com o sucesso das campanhas anti-partidos ou anti-partidocracias, espalhadas por esse país fora por governantes, funcionários amigos, empresários esperançados e pela imensa multidão de gente frustrada já cansada de esperar pelo seu momento!
Para quê o partido?
Aqueles porta-vozes da comissão política ou do secretariado, aquelas «coisas» de distritais, secções, núcleos, aquela «ideia» de «o Rato isto o Rato aquilo» ... para quê? Para desviar os olhares da prima bailarina?
Pois se era ele que ouvia os encómios, as palmas e os «muito bem». E era ele o irresistivel dominador!
E Sócrates mirava-se ao espelho e só via coragem, determinação e um perfil de conquistador. Assistia às grandes encenações com ecrã panorâmico e sonhava-se um Napoleão imperial e glorioso cercado de generais que não se poupavam em vassalagem.

E, no entanto, de repente, tudo mudou.
Afinal as tais famílias estão activas e mostram rejeitar misturas com a degradante falta de integridade pessoal e política; nem toda a comunicação social se compra com algumas atenções; a oposição está serena e não entra em histerias; o povo não é sonâmbulo; os comentadores resguardam-se; os generais já não se vêm ...
Será que a guarda pretoriana está limitada à inconsistência de um bacoco José Lello e ao enfático cinismo de um Jorge Coelho que não se sabe bem que interesses representa e defende?
Talvez um partido tivesse dado jeito. E um pouco daquela humildade que é sabedoria e a principal fonte do conhecimento, da preparação para a vida política.
Apesar de menos vistosa ... talvez seja mais eficaz!

Caetano só percebeu quando já não havia tempo.
Sócrates nunca chegará a perceber. Mesmo depois da queda!

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Convém Lembrar

Depois do triste espectáculo da RTP é bom refrescarmos a memória.

YouTube - Tesourinho Deprimente Socialista


Afinal, ele já era aquele artista.
Não sei se vendia banha da cobra
ou se já era o «maitre» ilusionista.
Certo é que a cantiga «pegou».
E agora lá estamos todos a cantar vivas
aos impostos, ao emprego, à saúde,às escolas...
A tudo o que se foi ou está para ir!
Até à própria dignidade e ao respeito que todos merecemos.
Não há nada como saber mentir com convicção,
controlar a televisão e
amordaçar os jornalistas.
E mentir, sempre.
Alegremente.
Pobre é o povo que se deixa iludir
pelos demagogos mentirosos e frustrados
que não apreciando o que são
tudo fazem para parecer o que não são.
E por onde andam os sindicatos, os clubes de jornalistas,
os sempre heróicos defensores da liberdade de expressão?

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Uma Questão Política

Assisti ontem ao debate na Sic Notícias acerca do silêncio de Sócrates.
Nada de novo.
Mas parece-me que o director do "Público" precisa de algumas palavras de encorajamento e, até, de gratidão pelo excelente trabalho da sua redacção.
E digo gratidão, humildemente, porque nunca é demais um «muito obrigado» quando nos mostram o verdadeiro carácter de quem nos governa, no caso em apreço, quando nos retratam a personalidade da pessoa que desempenha o cargo de Primeiro Ministro.
E essa é uma informação «política» da maior relevância.
É que a confiança política funda-se nas políticas definidas, na acção que as concretiza mas, sobretudo, na seriedade e integridade pessoal de quem as define e executa.
E confiança não combina com mentira.
Pois, é como um virus: aloja-se, agarra-se aos órgãos, expande-se.
E, em política, é o «hospedeiro» que deve ser retirado.
Para não infectar os corpos sãos.
Espero que não se «deixe ir abaixo».
Do debate, não cheguei a perceber o papel que o director do "Diário de Notícias" esteve a desempenhar.
Fiquei mesmo com a suspeita (não tenham medo da palavra!) de que o sr. director, talvez porque obcecado com a pose e as agruras da gestão de «poder» na redacção, anda um pouco confuso sobre a natureza, extensão e significado da palavra «política».
Pareceu-me que não encontrava mérito no caso Sócrates por se lhe afigurar uma questão meramente «política». Não uma questão pessoal.
Pois é aí mesmo que está o mérito.
São as questões políticas que têm mérito para construir notícias. E para serem divulgadas.
As questões pessoais é que não têm qualquer interesse público. A não ser quando influem na actividade política e, então, ganham mérito mas apenas porque se tornam políticas.
Se ter como primeiro ministro uma pessoa mentirosa, frustrada e ardilosa não é questão política, então quem fica confundido sou eu.
Espero não ter a surpresa de, um dia, ver a primeira página do "Diário de Notícias" ocupada com a artista que posa nua ou com o caso da mulher que esfaqueou a amante do marido.

domingo, 8 de abril de 2007

Sua Marota!

Com que então ...

Também

Senhora engenheira, hein!

sábado, 7 de abril de 2007

Pressões? Nós?! Credo!!!

Dizia ontem, na RTPN, um deputado do PS (Mota Andrade ou Andrade Mota?) que a comunicação social está a fazer ao governo o que a oposição devia fazer: oposição ao governo.
O senhor deputado apareceu a substituir o socialista Manuel dos Santos que, valha a verdade, se andava a comportar de modo estranho, muito crítico, muito alinhado com as malévolas mentes obcecadas em perseguir tudo quanto cheire a Sócrates, Lino´s e Campo´s.
O ilustre e preclaro representante socialista lançava aquela aleivosia, com o ar mais natural do mundo, para demonstrar que era absolutamente falso que o governo, assessores, ministros ou o primeiro ministro alguma vez houvessem pressionado jornalistas, directores de media ou as empresas de comunicação social.
Ora, haverá maior pressão do que esta de afirmar que a comunicação social é a Oposição?
Eu sei que há dias de azar e coisas que não são bem o que parecem.
Dentro de dias, certamente alguém dirá que não senhor, nada disso. O sr. deputado socialista não disse nada disso. Os microfones é que estavam com impedância trocada e captaram mal ...
O que nos vale é que há sempre um socialista a meter água. E lá fica a estratégia estragada.
Assim é difícil. Não há engenho (ou engenharia?) que safe a coisa ...

E agora, engenheiro Lino?

Mas o sr. deputado socialista disse mais.
Até garantiu que o governo não é autista!
Bem pelo contrário. E se aparecer algum estudo que demonstre os malefícios da opção Ota e aponte para melhor solução, é claro que o governo o apreciará devidamente.
Mas então quem é que não está por dentro?
O ministro Mário Lino não disse há pouco tempo que se recusava a ficar à espera do último estudo dessa corja de empatas-velhos-do-restelo, que estava tudo decidido e os concursos internacionais iam arrancar já no segundo semestre do corrente ano?
Bom. Não se preocupe, sr deputado socialista. Amanhã o sr. leva um puxão de orelhas mas issso fica só intramuros.
Não há problema.
O pessoal já esqueceu ... ninguém ouviu nada ... ou não deu importância.
Fica o dito por não dito, e pronto.
Não-assunto, não é?
Foi uma boca, digamos assim!

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Os Jovens adoram o "Eng.º"

O "Jovem Socialista"
é uma publicação oficial da juventude do PS.
Não deve inventar.
Certamente que alguém lhe disse que o líder era mesmo engenheiro.
E isto já em Fevereiro de 2005, após eleições
em que, pelos vistos,
Sócrates se apresentou como ... engenheiro.

Excitado com a vitória, talvez sem saber do grande embuste, o "Jovem Socialista" escrevia assim:

«Estamos perante discursos que procuram passar a visão de um futuro, melhor para Portugal, indicando estratégias concretas para o atingir. Esta tendência foi visível, inclusivamente, no discurso final do nosso agora Primeiro-Ministro, Eng. José Sócrates, no Largo do
Rato. Do discurso emanaram expressões como “optimismo” ou “esperança”, que reflectem bem esta viragem que o Partido Socialista pretende para Portugal. E os portugueses querem esta mudança!»
("Jovem Socialista", Fev. 2005, após eleições)

E para confirmar que não não havia gralha, o "Jovem Socialista", em artigo diferente, dizia mais:

«No passado dia 21 de Março, o XVII Governo Constitucional apresentou o seu programa. Tendo como pano de fundo o programa eleitoral apresentado pelo Partido Socialista nas eleições legislativas de 20 de Fevereiro, o Primeiro Ministro, Engº José Sócrates, apresentou à Assembleia da República uma proposta de Governo que havia sido sufragada por mais de 45% dos eleitores. Desde logo, se verifica aqui uma grande diferença entre o actual Governo e o Governo que em 2002 tomou posse, liderado pelo Dr. Durão Barroso».
("Jovem Socialista", 2005)

Como é comovente
sentir os jovens excitados com tanto optimismo e esperança
no Senhor Engenheiro!

Ele já era Engenheiro ...

Extraída do orgão oficial do Partido Socialista, o "Acção Socialista", a biografia de Sócrates, deputado eleito, já há muito indicava uma irresistível tentação para a mentira.
Vício ou mania das grandezas?!
Esqueceram-se de emendar.
Reza (ainda) assim, o "Acção Socialista":

«Deputados Castelo Branco X Legislatura

JOSÉ SÓCRATES

Primeiro Ministro do XVII Governo Constitucional.Secretário-Geral do Partido Socialista
Engenheiro
Licenciatura em Engenharia Civil.
Cargos exercidos:
Ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território do XIV Governo Constitucional.
Ministro Adjunto do Primeiro-Ministro do XIII Governo Constitucional.
Secretário de Estado Adjunto do Ministro do Ambiente do XIII Governo Constitucional.
Deputado à Assembleia da República nas V, VI, VII, VIII e IX Legislaturas.
Membro da Assembleia Municipal da Covilhã.
Presidente da Federação do PS de Castelo Branco.
Membro da Comissão Política do PS.
Na IX Legislatura:
Membro da Comissão Parlamentar de Defesa Nacional.
Membro da Comissão Permanente da Assembleia da República.
Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do P.S.»
(Acção Socialista, Abril de 2007)

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Jorge Coelho pode ajudar, outra vez?

O mais espantoso em todo este processo do escândalo político de Sócrates viu-se ontem na Televisão.
Com a sua superior inteligência e argúcia, Jorge Coelho retomou o essencial da primeira argumentação do aparelho de propaganda de Sócrates para acabar com a questão.
E com aquele ar de «virgem apalpada que gosta mas não quer que se veja» lança-se ao ataque contra as malévolas criaturas que andam por aí a lançar boatos e calúnias sobre a pessoa do seu recente amigo Sócrates.
Ele é um verdadeiro estratega!
Só que nem reparou que até o aparelho da propaganda já deixou cair essa artimanha, porque não intimidou ninguém nem sequer criou dúvidas razoáveis e muito menos convenceu os mais ingénuos.
Ele tem, de facto, alguma dificuldade em perceber ou simplesmente acompanhar estas coisas.
Engana-se. Está fora dos tempos.
Estoirou com o PS nas eleições autárquicas. Deixou Sócrates humilhado.
E já em 2002 gritava aquando da eleição de Ferro Rodrigues como secretário-geral do PS:
"Ferro vai em frente, tens aqui a tua gente”,
Jorge Coelho,2002 (in Público)
Sabemos o que aconteceu pouco tempo depois.
É certo que muito mais tarde Ferro foi em frente. Para Paris.
Acontecerá o mesmo a Sócrates?
Que tal ir em frente, por exemplo, para Moçambique, como quadro superior especialista em engenhos sanitários?

Jorge Coelho poderá fazer o obséquio de se interessar?

Ele anda indignado

«Não posso deixar de me indignar com mais uma campanha de insinuações, suspeitas e boatos que me pretende atingir na minha honra e consideração e que, à semelhança de outras de triste memória, assume uma dimensão difamatória e caluniosa».
(Sócrates 2007)

O primeiro ministro fez tais afirmações a propósito do escândalo político em que se colocou ao falsificar o seu curriculum académico.
Dir-se-ia que nunca esteve escrito no sítio oficial que ele é engenheiro. Que ele nunca afirmou que é engenheiro. Ou que nunca esteve escrito em documento oficial que ele é pós-graduado em engenharia sanitária. Ou que ele nunca disse ou escreveu que foi engenheiro da Câmara Municipal da Covilhã.
Dir-se-ia que ele nunca mentiu. Nem sobre si próprio.
Tudo o que se tem falado e provado derivará de mentes diabólicas que espalharam o boato!
O problema é que a «coisa» evoluiu de tal maneira que o próprio não teve alternativa. E emendou o que estava escrito na informação oficial. Porque foi descoberto.
E mais.
Até para justificar o injustificável, o célebre caso da licenciatura na Universidade Independente, não hesitou em transferir a responsabilidade das incertezas para a própria Universidade – problemas burocráticos e de secretaria, práticas desajustadas, etc.
Ora, parece que os alunos universitários não conhecem o seu plano de estudos, os horários das aulas e dos exames ou os nomes dos professores titulares das cadeiras.
Isto é: não é nada com ele, ele não sabe de nada, ele não viu que fez o último exame a um domingo … ele sempre foi um pobre aluno!
A responsabilidade é sempre dos outros.
Isto sim. Estes são os actos que, de facto, revelam uma personalidade determinada e de coragem.
Eu sei. É a vida!
O problema é que a indignação começa por atingir os indignos

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Convém Lembrar ...

As promessas eleitorais

«… as promessas feitas em campanha eleitoral, e que constam do programa (…), não são meras figuras de retórica: são um compromisso solene que assumimos com o povo português, um contrato político …»,
Cavaco Silva (1991)

O senhor Sócrates saberá isto?