Até quando?

... o primeiro grande problema é que o PSD precisa de uma OPOSIÇÃO SÉRIA com uma direita coesa e forte mas só encontra alcoviteiras e trailiteiros. Até quando?

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Uma Questão Política

Assisti ontem ao debate na Sic Notícias acerca do silêncio de Sócrates.
Nada de novo.
Mas parece-me que o director do "Público" precisa de algumas palavras de encorajamento e, até, de gratidão pelo excelente trabalho da sua redacção.
E digo gratidão, humildemente, porque nunca é demais um «muito obrigado» quando nos mostram o verdadeiro carácter de quem nos governa, no caso em apreço, quando nos retratam a personalidade da pessoa que desempenha o cargo de Primeiro Ministro.
E essa é uma informação «política» da maior relevância.
É que a confiança política funda-se nas políticas definidas, na acção que as concretiza mas, sobretudo, na seriedade e integridade pessoal de quem as define e executa.
E confiança não combina com mentira.
Pois, é como um virus: aloja-se, agarra-se aos órgãos, expande-se.
E, em política, é o «hospedeiro» que deve ser retirado.
Para não infectar os corpos sãos.
Espero que não se «deixe ir abaixo».
Do debate, não cheguei a perceber o papel que o director do "Diário de Notícias" esteve a desempenhar.
Fiquei mesmo com a suspeita (não tenham medo da palavra!) de que o sr. director, talvez porque obcecado com a pose e as agruras da gestão de «poder» na redacção, anda um pouco confuso sobre a natureza, extensão e significado da palavra «política».
Pareceu-me que não encontrava mérito no caso Sócrates por se lhe afigurar uma questão meramente «política». Não uma questão pessoal.
Pois é aí mesmo que está o mérito.
São as questões políticas que têm mérito para construir notícias. E para serem divulgadas.
As questões pessoais é que não têm qualquer interesse público. A não ser quando influem na actividade política e, então, ganham mérito mas apenas porque se tornam políticas.
Se ter como primeiro ministro uma pessoa mentirosa, frustrada e ardilosa não é questão política, então quem fica confundido sou eu.
Espero não ter a surpresa de, um dia, ver a primeira página do "Diário de Notícias" ocupada com a artista que posa nua ou com o caso da mulher que esfaqueou a amante do marido.

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