Até quando?

... o primeiro grande problema é que o PSD precisa de uma direita coesa e forte mas o segundo é que a direita também precisa de um PSD vivo e confiável! Até quando?

domingo, 29 de abril de 2007

Marques Mendes: O Único Inimigo

Marques Mendes é o único inimigo perigoso do governo.
Duro como rochedo granítico, voltou a denunciar as tentações totalitárias
do primeiro ministro e a incompetência arrogante de um governo,
cada vez mais atribiliário, inconstante e fragilizado.

Jorge Coelho e o ministro Santos Silva (o tal que jurava que Cavaco Silva ia fazer um golpe de Estado) já há muito davam nota de que quem ameaçava o bem-bom da maioria era Marques Mendes.

Agora, as «coisas» estão mais à vista.

José Sócrates já não consegue disfarçar. No último debate parlamentar, o primeiro ministro apareceu completamente fora de si, com uma agressividade acrescida,sem classe, mais mal educado do que nunca.Ele não pode ver nem ouvir Marques Mendes.Quando reagia às intervenções do líder do PSD ele já nem respondia ao deputado. Parecia um pequeno animal acossado pela fera. Esbracejava, perdia a compostura, atacava furiosamente. Até a voz lhe falhava com tiques de agudos histéricos, tal era a raiva, o medo, a surpresa e impotência típicas do ardiloso apanhado com a boca na botija.Quando vê e ouve Marques Mendes, Sócrates fica apoplético, coitado.Qualquer dia dá-lhe mesmo um baque!


Porque será que Sócrates revela tanto medo de Marques Mendes?

E porque é que Luis Filipe Menezes,
em vez de,
de quando em vez,
saltar da toca
como raposa manhosa esfomeada,
não pensa nestas coisas
tão simples e brejeiras?

Toda a gente sabe que Sócrates não morre de amores por um PSD sólido e credível.
Bem pelo contrário.
É exactamente o que mais teme; porque é o único obstáculo à sua perpetuação no poder.
E toda a gente vê que o primeiro ministro e os seus acólitos assumiram como objectivo político derrubar Marques Mendes.
É a condição para a dolcificação do maior partido da oposição.
Para a sua neutralização.
Ora, a fracção socialista de Sócrates já percebeu que este PSD não se deixa comover com grandes planos, espectáculos de luz e cor, ecrãs gigantes, promessas faraónicas.
E que não se intimida perante a pesporrência, a ameaça insinuada, a intriga e a mentira pura e simples.
Nem corre atrás dos foguetes ... para apanhar as canas.
E que, haja o que houver, o actual PSD, imperturbável prossegirá seu caminho, sem tergiversar, com a sua ideologia e os seus projectos, não dando tréguas à pantominice e incompetência.
Como parece evidente, Sócrates e o seu aparelho tudo farão para promover a substituição de Marques Mendes por um outro militante qualquer mais dócil, compreensivo, sensível, flexível.
Por alguém desesperado por uns minutos de TV .... preferencialmente por alguém capaz de ensaiar esporádicos acessos de trauliteirice como reacção a factos menores inventados e depois desmentidos pela contra-informação do aparelho.
Alguém que se preste ao papel actual de Louçã: o ministro cria o engodo, lança-se o boato, o peixe vai a correr, protesta com ênfase trauliteira porque lhe querem tirar a água do rio e depois aparece o ministro a dizer ingenuamente: estão a ver como o peixe é maldoso? Nunca pensámos secar este rio!

Porque é que Filipe Menezes não pensa nisto em vez de andar por aí armado em donzela trauliteira a oferecer-se a qualquer manhoso que lhe pisque o olho?
Quanto tempo durará o apreço de Sócrates?
Ele devia saber que namoros destes nunca dão em casamento ...
Era bom pensar um pouco e deixar de ajudar Sócrates.
Ele jamais lhe agradecerá ... com sinceridade!
Nem sequer tem necessidade de elogiar Marques Mendes.
Basta manter a calma dos sábios experientes e esperar por Conselho Nacional, pelo Congresso - e, aí, então, atacar, dizer tudo, arriscar de peito aberto, candidatar-se, ganhar e governar!
Se fizer assim, naturalmente, as coisas vão correr-lhe melhor: receberá um partido sólido e respeitável, credível e, por isso mesmo, mobilizador e temido pelos inimigos - e não um clube de patetas ilustrados, vaidosos, indecisos, troca-tintas ou tartufos!
O PSD recebeu das suas origens interclassistas mas predominantemente populares o sentido de justiça que enforma e orienta a cultura ancestral portuguesa.
Jamais esquece e nunca perdoa.
E, embora alguns, distraidos consigo próprios, não se apercebam, no momento da verdade, o PSD decide e escolhe. E opta sempre pela firmeza do que é natural e igual a si próprio, pelo caracter de quem torce mas não parte, pela sua cultura, a raiz popular, rural, tradicional - a que é permanente e não cede às modas citadinas, pseudo intelectuais e que não alimenta o novo riquismo nem as vaidades vãs das lustrosas sanguessugas que por aí se arrastam sempre em busca da melhor e mais fácil seiva.
Filipe Menezes tem obrigação de ter percebido e saberá, se não se esqueceu do (seu) passado, que o PSD aprecia e valoriza a lealdade para consigo próprio.
E que o PSD de modo algum acredita que Sócrates e a sua fracção só querem o seu bem (e o da oposição) quando tudo fazem para destruir a credibilidade de Marques Mendes.

Não é estranha a obcecação de Sócrates contra Marques Mendes?
... Um Marques Mendes que ele julgará tão insuficiente, incompetente, inconsequente ... tão mentecapto?! Uma coisa tão fácil?!
Quando é que a anemia da ovelha esquelética assustou e afugentou o lobo faminto?
Não será tudo isto muito estranho?
Para mais, sendo Sócrates tão simpático, compreensivo, respeitador e até dialogante com políticos como Paulo Portas, Louçã, Manuela Ferreira Leite, Pacheco Pereira, com o próprio dr. Filipe Menezes e, mais significante ainda, até com Cavaco Silva ... o actual Cavaco Silva, naturalmente!

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