Eu não quero um PSD que José Miguel Júdice julgue «não boçal».
Eu não quero um PSD amaneirado, reluzente de cosmética, de fala fina, compostura no gesto e olhar vazio a fixar um horizonte indefinido.
Eu não quero um PSD emprenhado das «ideias» do Pacheco e que António Barreto diga que é «urbano» e «civilizado».
Eu não quero um PSD curvado às conveniências, vencido pelo preconceito do «parece mal» e que chame às «coisas» nome diferente do que elas têm.
Eu quero um PSD que grite quando tem raiva e que não vergue quando tem razão.
Eu quero um PSD de mãos tisnadas de óleo, cimento e tinta de água e da ferrugem.
Eu quero um PSD de ganga, fato de macaco, mão grossa e calejada do martelo, picareta e da enxada, cabelo desgrenhado pelo tractor sem tecto e pele seca a pingar suor.
Eu quero um PSD de olhos estragados de tanta leitura, dedos tortos de tanto atormentar a caneta e que assuste o computador.
Eu quero um PSD de voz grossa que diga «Porra» em vez de «Chiça».
Eu quero um PSD que os José’s Migueis Júdice’s julguem «Boçal» e que erice os cabelos aos Sócrates, Pachecos e Aguiar Brancos que se passeiam por aí, empalhados em basófias, arrogâncias e outras encenações.
2 comentários:
Boa tarde:
Só uma frase muita antiga e cada vez mais fundamentada.
"Delicadamente"
A ugreja é a mesma,só os santos é que mudam!!!
Saudações
Marylyz
Perdão:rectifico...a palavra igreja
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