Até quando?

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quarta-feira, 28 de maio de 2014

O recado comunista a Costa

E ela aí está, a primeira sequela das eleições europeias.

António Costa avançou, como se previa e à semelhança de muitas outras tentativas frustradas.
A diferença é que, agora, o presidente da Câmara de Lisboa começa a perceber que está a ficar sem tempo, por razões óbvias.

António Costa, eleito pelo povo de Lisboa ainda há menos de um ano, já se cansou dos seus compromissos eleitorais e quer voar mais alto – a câmara será pouco e o povo de Lisboa insuficiente para a realização das suas ambições políticas.
Não é novidade no PS esta tentação de usar o povo e a Câmara de Lisboa como singelo trampolim.

Curiosamente, até este anúncio para e com efeitos exclusivamente na vida interna do PS, foi feito em cerimónia paga e organizada pela Câmara Municipal de Lisboa.
O que é politicamente estranho e, sob o ponto de vista do uso e gestão dos recursos públicos, muito suspeito e preocupante.

Já outro socialista, Jorge Sampaio, percorreu o mesmo caminho e até conseguiu ser eleito Presidente da República e, nessa qualidade, executar um autêntico golpe de estado quando dissolveu a Assembleia da República só porque não gostava da maioria absoluta parlamentar que estava formada neste órgão de soberania.

Neste caso, António Costa inspirou-se em Sampaio.
Interessante e digno de acompanhar foi a mudança de discurso dos comunistas do PC.

Estão quase como em 1975.
Durante a campanha eleitoral os comunistas entoaram os velhos slogans da famigerada reforma agrária, como «a terra a quem a trabalha»;

Exigiram a demissão do governo, apesar de ter tido mais do dobro dos votos comunistas, logo que foram conhecidos os resultados eleitorais e revelada a indigente prestação comunista, com votação na ordem dos 12 por cento e eleição de apenas três deputados europeus;
E, logo que anunciada a «operação António Costa», o passo atrás dos comunistas quando afirmam que sozinhos não são alternativa para preparar os dois passos em frente quando dizem que não haverá alternativa de esquerda sem os comunistas.

O recado para António Costa fica dado - tal e qual como há 40 anos … só falta aparecer por aí um comentador a promover os benefícios de uma «maioria de esquerda».

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