Até quando?

... o primeiro grande problema é que o PSD precisa de uma OPOSIÇÃO SÉRIA com uma direita coesa e forte mas só encontra alcoviteiras e trailiteiros. Até quando?

quarta-feira, 28 de abril de 2010

PSD não quer governar

José Sócrates tem toda a razão quando afirma, do alto da sua pesporrência, que o Orçamento do Estado passou na Assembleia da República sem qualquer cedência para defender o sentido de responsabilidade do Estado.
Isto é, qualquer cedência face às propostas da oposição seria uma perigosa irresponsabilidade.
O Mundo que sabe fazer contas está agora a dar-lhe a resposta devida e Portugal atinge uma situação equiparável a uma espécie de pré-falência em consequência da conjugação das políticas orçamentais, agravamento do endividamento e risco da dívida e ausência de perspectivas de recuperação económica.
Os mercados têm reagido às políticas governamentais que arrastam Portugal para uma crise sem precedentes e não a Portugal enquanto Estado.
Parece, pois, que a origem da desconfiança em relação a Portugal não é mais do que uma total desconfiança face ao governo que conduz Portugal.
Do que Portugal precisa é de mudar de governo e de política.
Tal como em relação à Grécia, certamente que depois da mudança a chanceler alemã deixará de avisar que, enquanto não se adoptarem práticas de poupança, enquanto não nos mostrarmos conscientes das nossas capacidades e enquanto não formos honestos ninguém nos poderá ajudar.
Este é o primeiro problema: os resultados da administração de mais de cinco anos de Portugal dão o sinal claro de que o «conselho de administração» não quer nem tem capacidade para mudar as tendências de deslize no sentido da falência e os «accionistas e credores» só acreditarão na recuperação depois de removerem e substituirem os responsáveis pela crise.
O «novo» PSD dá mostras de não entender esta «opinião» dominante.
E, em vez de deixar o tal «conselho de administração» perante as suas próprias responsabilidades exigindo a sua remoção, parece mais apostado na manutenção da máquina que liga o doente a uma vida precária, periclitante e perigosa.
Pelos vistos, o «novo» PSD prefere «trocar mimos com o doente» que não o ouve a «falar» sobre o necessário tratamento de choque com quem precisa e o quer ouvir.
Será que o PSD acha que se afirma como alternativa credível, geradora de confiança e esperança, ao emprestar-se como muleta do coxo, ao dar-se como baforada de oxigénio ao moribundo, ao oferecer-se como bóia de salvação do náufrago?
Duvido muito que a Europa e o Mundo, mas em particular Portugal, algum dia possam «agradecer» ao PSD se, dependendo de si próprio, o desacreditado «conselho de administração» se mantiver incólume, a enganar os «accionistas» e a afundar a empresa.
Definitivamente, o «novo» PSD, afinal, parece mais interessado em mostrar-se um «bom rapaz» do que em assumir o objecto primeiro e último de qualquer partido político: consolidar a sua legitimidade popular e governar.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Cavaco Silva «seca» Congresso do PSD

Cavaco Silva fez publicar hoje um exaustivo texto de análise política e projecção programática.

O pretexto não passa disso mesmo: um pretexto.

Mas o que está escrito como prefácio da colectânea de intervenções do Presidente da República é, no fundo, o pré-programa eleitoral do candidato Cavaco Silva às eleições presidenciais.

Nada de extraordinário não fora a oportunidade da publicação.

Na véspera do Congresso do PSD, Cavaco Silva quis tomar a dianteira, ao seu estilo.

E decidiu ensaiar uma operação de «secagem» da doutrina e do programa que a nova direcção do partido não há-de deixar de proclamar como sustentação da alternativa de governo que quer assumir.

Mais uma vez, Cavaco Silva quis sobrepôr-se ao PSD, inutilizando-lhe a expectativa de liderança da política nacional.

Falta-lhe hoje o velho argumento da má moeda e não encontra agente fiel que tome o congresso para si próprio.

Por isso se antecipa.

Para que se diga que Passos Coelho, afinal e apesar de tudo, também «bebe da mesma fonte» …

… E que nada mudou na «obediência» do PSD!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Ajudem Sócrates!

José Socrates desafia o «Público» a revisitar a década de 60 e diz: «não deixarão de encontrar uma qualquer história que, à luz dos vossos exigentíssimos critérios, vos permita continuar a fazer manchetes como a de hoje, que só confirma a opção do Público por uma linha editorial que desistiu da ambição de um jornalismo de referência».
Não há dúvida nenhuma.
O homem perdeu mesmo a noção do tempo e do espaço - da realidade.
Na década de 60 Sócrates nunca passou dos 12 anos de idade.
Será que ele está convencido de que «abanou o capacete», todo nu, muito alucinado pelo paraiso transcendental e empalhado em lama purificadora, no famoso festival de Woodstock de 1969?
Será que ele está convencido de que já «era grande» antes de nascer?!
Que vida fantástica …
… E ninguém o ajuda!?

quinta-feira, 1 de abril de 2010

O Mundo fantástico de Sócrates

José Sócrates embalou em velocidade vertiginosa e com a convicção típica da sua total alienação da realidade afirmou à Assembleia da República que o povo lhe tinha reforçado a sua confiança nas últimas eleições legislativas.
Nada de estranho vindo de quem veio.
A estrondosa derrota eleitoral que sofreu parece obnubilada naquela cabeça que mostra sérias dificuldades em distinguir o bem do mal, a verdade da mentira.

Para Sócrates, a realidade é uma percepção subjectiva.
E é de tal modo intensa a sua subjectividade que ele próprio acaba por se convencer de que as suas fantasias são as verdades absolutas, independentemente do mundo que o cerca.
Porque ele é o Mundo.
Ele perdeu as eleições mas está convencido de que as ganhou!
O problema é que «os estrangeiros» também olham para estas «coisas».
Gostam de saber com quem lidam.
E não costumam confiar muito em fantásticas verdades virtuais e muito menos em percepções alucinogénicas … ou em sociopatias em processo mais ou menos ostensivo.
O mais grave é que tudo isto tende a afectar todo o País!