Até quando?

... o primeiro grande problema é que o PSD precisa de uma direita coesa e forte mas o segundo é que a direita também precisa de um PSD vivo e confiável! Até quando?

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

É PRECISO ORGANIZAR

A LUTA CONTRA A PANDEMIA DA PANDEMIA

 A pandemia não será eterna e aproxima-se o tempo da análise política da performance do governo Costa, da situação em que o PS deixa o País sob os pontos de vista da economia e social e, em especial, a análise da condição do PSD para liderar a mudança e reconstrução.

É cada vez mais premente que, no seio do PSD profundo, se comece a pensar no futuro. Tarefa árdua, talvez como nunca, dada a trágica herança de Rui Rio. A inacção do PSD deixou espalhar uma enorme confusão sobre a natureza e objectivos do partido pelo talvez seja preciso, até, começar pelo princípio: quem somos e o que somos?

O PSD nunca se confundiu com a direita mas nunca teve dificuldade em atrair para os seus projectos a direita portuguesa. Não é um partido de direita muito menos a direita. Adversário e concorrente do PS, o PSD rejeita o marxismo e renega qualquer possibilidade de aliança com o PS. As vagas experiências de acordos com o PS revelaram-se desastres para a economia e democracia portuguesas e mostraram bem a incompatibilidade cultural e politica entre PSD e PS. O sucesso do governo de Passos Coelho e a indigência económica, social e institucional dos últimos cinco anos demonstram bem esta incompatibilidade.

Que política de alianças deve o PSD começar a preparar e testar perante o Povo?

Com Francisco Sá Carneiro, o PSD soube liderar uma coligação democrática do mais amplo espectro. A Aliança Democrática reuniu a esquerda não marxista e o centro esquerda do próprio PSD, a esquerda democrática de origens marxistas com os dissidentes do PS, os Reformadores de António Barreto e Medeiros Ferreira; os tradicionalistas do ruralismo e conservadores do Partido Popular Monárquico, de Ribeiro Telles; o CDS, representante da direita e centro direita, sob a liderança de Freitas do Amaral e Amaro da Costa. Mereceu a maior adesão e apoio e suscitou a grande esperança nacional de mudança em progresso económico e social.

Com Cavaco Silva, dada a desorganização e desmantelamento da direita, o PSD assumiu a sua natural característica e vocação frentista e liderou sozinho, e com o maior sucesso, um projecto social democrata, humanista e progressista. A social democracia absorveu a direita e uma parte não negligenciável do espectro marxista num projecto que durou vinte anos e gerou as mais amplas maiorias absolutas para o Governo ou para a Presidência da República.

Com Passos Coelho, o PSD liderou uma coligação que reuniu a direita e o  centro direita com o CDS com a esquerda democrática e centro esquerda representados no PSD. Esquerda democrática, não marxista, sem preconceitos aliada à direita e ao centro direita, uma coligação natural, com resultados admiráveis: governo de legislatura a recuperar Portugal da bancarrota deixada pelo PS e vitória eleitoral na legislatura posterior à crise.

Valerá a pena revogar a estrutura ideológica do partido só por causa de modas, campanhas desinformadoras do inimigo, ou preconceitos pessoais e ideológicos de alguns? Como disse Sá Carneiro, «O P.P.D. é por definição um partido para o povo. Pela ideologia e pela composição ideológica dos seus aderentes, o P.P.D. é um partido que não pretende representar nenhuma classe contra as outras».

E o Povo sempre correspondeu com entusiasmo e apoio a este PSD com ideias e políticas próprias, humanista e interclassista, democrático, reformista e progressista construído por Sá Carneiro. Respeitemos a nossa História!


Sem comentários: