Até quando?

... o primeiro grande problema é que o PSD precisa de uma OPOSIÇÃO SÉRIA com uma direita coesa e forte mas só encontra alcoviteiras e trailiteiros. Até quando?

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Bom trabalho ... o da Anabela da SIC

Vi e não queria acreditar, no dia em que os jornalistas cumpriam a nobre missão «sugerida» pela contra-informação oficial de criar fortes emoções e tensão à volta da proposta de lei do Orçamento do Estado.

Anabela da SIC, uma das jornalistas mais destacadas como agente de Sócrates, cirandava, de «maroto olho vivo», pelos corredores da Assembleia da República.
Ela tinha uma missão: vigiar se algum deputado se prestava a declarações antes de a proposta de lei ser entregue ao Presidente da Assembleia da República.
Era preciso assegurar que toda a glória da apoteose se concentrasse no Ministro das Finanças.
E, ao espreitar na esquina de um corredor já a noite ia longa, eis que depara com o grave «furo do esquema»: um deputado falava com uma outra jornalista, sabe-se lá de que perigoso orgão de comunicação social.
Lesta e «sem papas na língua», aí vai a Anabela da SIC directa aos infractores, acaba com a conversa alheia e atira certeira e em directo ao deputado do Bloco de Esquerda: olhe lá, o que é que está aqui a dizer? Já conhece o orçamento? Olhe que ele ainda não foi entregue! Como é que pode pronunciar-se sobre uma coisa que ninguém conhece?
O jovem deputado, coitado, lá balbuciou umas coisas, que tinha notícias que iam saindo pela agência Lusa … e pronto, acabou por se retirar, humilde, envergonhado e obedientemente, desaparecendo na escuridão de outro corredor.
E, assim, a noite ficou toda por conta do Ministro das Finanças …

Bom trabalho o da Anabela da SIC.

É, certamente, resultado da «escola Santos Silva» que, durante os quatro anos do seu anterior governo, não deixou Cavaco Silva um minuto sem vigilância revolucionária … não fosse o Presidente eleito fazer o golpe de Estado que Santos Silva jurou que Cavaco Silva faria se fosse eleito.
Bom trabalho, também, nesses tempos de enorme tensão democrática.

Cavaco Silva não fez o golpe de Estado e Santos Silva controla agora as Forças Armadas como Ministro da Defesa.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Salazar, estaline e Hitler estão perdoados?

A dúvida que me atormenta refere-se à adequação ou não do sistema político do parlamentarismo ou semi-parlamentarismo aos tempos modernos.
Uma proposta de lei da maior relevância política nacional acaba de ser aprovada, antes de ser apresentada ao parlamento, com os votos favoráveis do PS, votos contra do PC e do BE e as abstenções do PSD e do PP/CDS.
O que é que resta fazer ao orgão soberania legislativo?

PS – Salazar, Lenine e Hitler estarão perdoados? E as «pesadas heranças» dos governos anteriores foram atiradas borda fora do léxico político desculpante?

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Congresso do PSD é o rebate inadiável

Que interesses estarão a proteger todos quantos se opõem à reunião de um congresso extraordinário do PSD antes das eleições directas do presidente do partido?
Aparentemente, parece normal que um partido defina as suas grandes opções políticas e só depois eleja os dirigentes para a sua materialização.
E a história do PSD relata que os grandes movimentos de mobilização nasceram na preparação, reunião e das deliberações de congressos.
Valerá a pena recordar o congresso da Figueira da Foz onde os debates desenvolvidos e a posterior vitória de Eurico de Melo e Cavaco Silva quebraram um longo período de estagnação do partido catapultando o país para anos de desenvolvimento e progresso sob a direcção do PSD?
Não será a mudança política mais necessária hoje do que nos longínquos anos de 1985?
Portugal está em ruina; o governo não sabe nem quer governar; o partido do governo está moribundo e não tardará a rebentar em facções com fundamento nas eleições presidenciais; a esquerda marxista e a direita não querem a mudança; já ninguém acredita em ninguém.
O país espera pelos impulsos do PSD.
É por isso que o congresso do PSD se tornou o rebate inadiável, a última esperança de quebra do impasse nacional e geração de confiança.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Manuel Alegre tem cadastro governativo

Manuel Alegre assumiu a sua típica «arrogância aristocrática» e candidatou-se a eleições presidenciais com o apoio do elegante Bloco de Esquerda.
Nada de surpreendente, entre endinheirados e «gente bem nascida».
O que parece injusto é afirmar-se que Manuel Alegre não tem experiência governativa.
Será que já ninguém se lembra da sua prestação como secretário de Estado da Comunicação Social?
E da sua decisão de fechar o grupo «O Século» e pôr no desemprego todos os trabalhadores, alguns dos quais acabaram por se suicidar?
E os jornalistas e técnicos da comunicação social? Já passaram os efeitos do despacho de Manuel Alegre de «proibição do duplo emprego» que só durou até «resolver» o problema do afastamento de alguns profissionais?

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

PSD humilha-se por fruta podre

Não se conhece o que se falou nas «conversações» entre o ministro das Finanças e o PSD.
Sabe-se , sim, que o governo não vai ceder um milímetro e que o PSD já está sob coacção: se Sócrates aumentar os impostos a culpa é do PSD.
Ora toma – nem mais!
O PS parece estar a conseguir livrar-se da sua própria pesada herança.
Só ninguém percebe é qual é o problema de deixar cair o governo de Sócrates!?
Negociar o quê? Para quê? Com quem?
Valerá a pena segurar na árvore a fruta podre e já sem préstimo?
PS – Manuela Ferreira Leite é a candidata do PSD a primeiro ministro mas foi a única presidente de partido a baixar ao nível de ministro do PS. É triste quando as pessoas não sabem ou não querem pôr-se ao seu nível … sobretudo quando isso compromete a dignidade das instituições, ou melhor, do seu partido! Não chega de humilhações …?

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Alguém acredita na boa-fé de Sócrates e do PS

Ninguém percebeu ainda o que é que o governo e o PS pensam negociar com a oposição para se alcançar na Assembleia da República um acordo político responsável no âmbito do debate do orçamento do Estado.
Sabe-se que o PSD respondeu dizendo-se pronto a negociar mas segundo as condições que enunciou.

Aparentemente, tudo se conforma a uma reacção do governo/PS e do PSD ao convite de Cavaco Silva, na sua mensagem do Ano Novo.

Percebe-se a intenção do PSD que não quererá deixar ao governo o benefício de vítima da irresponsabilidade da oposição. E espera-se que tudo resulte de inteligente táctica e não de manifesta ingenuidade. Assim como que: «ah! Se queres negociar, então vamos a isto … e mostra lá o que vales»!

O que não se entende é a intenção do governo e do PS. E apenas porque os tempos já não são de jogos florais!?

Por um lado, vemos o primeiro Ministro Sócrates a persistir na prosaica acusação ao parlamento e ao mundo de que não é possível governar com dois orçamentos: um do governo e outro da Assembleia da República. O que supõe total indisponibilidade para qualquer acerto substancial com a oposição.

Por outro lado, vemos o PS, através do dirigente nacional do partido, António Costa, a insistir na tecla desgastada mas ofensiva de que o PSD está sem norte nem direcção, que não existe como organização política confiável, que é um partido ao Deus- dará, instável e imprevisível, desleal e infiel a compromissos, com quem não se pode negociar. Costa recusa-se a respeitar o PSD e os seus orgãos directivos legítimos e em pleno funcionamento.

Perante isto, sem objecto declarado nem «parceiro» confiável, alguém acredita na boa-fé negocial de Sócrates e do PS?

Será possível negociar-se o «nada» com o «ninguém»?

Está visto: Sócrates não muda de folclore e o PS mantém o mesmo cartaz do espectáculo!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O casamenro gay e a hipocrisia da «esquerda»

A esquerda de base marxista-leninista vai impedir a realização de um referendo.

Só os mais ingénuos ou distraidos podem surpreender-se com esta tenaz rejeição do voto popular.

Os comunistas do PCP mostraram bem logo nas primeiras eleições gerais que a vontade maioritária do povo é mera formalidade face ao poder efectivo de uma minoria escolhida na chamada elite revolucionária. É a política dos comités, das comissões, da direcção do partido.

Os outros comunistas, originários da UDP de má memória e agora agrupados no Bloco de Esquerda, acham que a participação popular que conta é a manifestada em plenários manipulados por meia dúzia de arrivistas que não hesitam em impôr a sua vontade à paulada se a ameaça e intimidação ou o cansaço não afastarem os mais temerários na afirmação de ideias próprias. É a política da vanguarda levada ao extremo, em que o próprio comité é, ele próprio, uma mera formalidade.

Os socialistas do PS, sem dúvida defensores de eleições, oscilam sempre entre agarrarem-se à vontade popular quando vencem e a sabotá-la quando perdem. É deles a formulação do estranho e bizarro conceito de ditadura da maioria sempre que as eleições os têm atirado para a oposição do mesmo modo que é deles a recusa de respeito pela vontade parlamentar quando as circunstâncias os colocam em minoria.

A rejeição de um referendo pela esquerda de base marxista ou marxista-leninista é, apenas, a natural demonstração de que a vontade popular é meramente instrumental, para uso conveniente e só quando for conveniente.

A democracia participativa, tão proclamada por esta esquerda, não passa, pois, de uma ficção hipócrita para encher discursos e exaltar recalcamentos ou ingenuidades.

Talvez, um dia, os eleitos percam o medo e deixem de se esconder do povo no período entre eleições.

Ou, quem sabe, talvez o povo aprenda a escolher os seus eleitos!