1 – Ouvi o que as TV’s deram das reacções dos candidatos.
Passos Coelho foi categórico ao afirmar que votaria contra
qualquer proposta de lei que regulamentasse o PEC, em particular
com previsão de aumento de impostos.
… E que ninguém viesse invocar a União Europeia, a crise,
a confiança dos mercados, os ratings, a ingovernabilidade
… o que quer que seja: se não presta vota-se contra!
Paulo Rangel não foi tão categórico.
Limitou-se a dizer o óbvio: que o PEC não era vinculativo.
Mas não disse que a sua regulamentação seria inegociável!
Pois é. Já não sei …
2 - Afinal, o ministro de Sócrates tinha razão
quando anunciou o voto de adesão e apoio do PSD ao PEC
… ia a reunião dos deputados sociais democratas a meio.
Manuela Ferreira Leite veio confirmar o ministro.
Triste fim o de Manuela Ferreira Leite.
Será que os interesses pessoais e políticos de Cavaco Silva
justificam o desmembramento do PSD?
PS – Só me falta agora ouvir a posição dos candidatos
acerca deste voto de adesão e apoio (em forma de abstenção) ao PEC.
Ainda tenho esperança … talvez possa manter-me na minha opção.
3 - Acabo de ver o Ministro dos Assuntos Parlamentares
a assumir-se como porta-voz do PSD.
Não vi ainda qualquer reacção do PSD.
Lamento muito todo este carnaval!
Os mercados internacionais chumbaram a política económica e financeiro do PS e do Governo, conforme ficou bem patente na sessão de ontem da bolsa em Wall Street.
Sócrates já tinha rebentado com a economia e o sistema financeiro em Portugal.
Ontem a machadada socialista passou fronteiras e deu cabo da credibilidade da Europa, arrastou o euro para cotação abaixo dos níveis aceitáveis, feriu de morte as exportações europeias, afectou o preço do petróleo.
Portugal foi dado como incapaz de «pagar a sua dívida» reforçando a contaminação de todos os paises da União Europeia iniciada com o descalabro grego.
Os mercados internacionais não analisam povos, nem oposições, nem «comentaristas» de TV.
O que lhes chama a atenção, o que lhes interessa, são os governos e as suas políticas.
Por isso, o que neste momento está em causa é o governo chefiado por Sócrates.
E é este que não lhes merece qualquer credibilidade e muito menos confiança.
Portugal tem pois um único caminho para recuperar credibilidade: remover o governo socialista.
Essa é a responsabilidade, hoje, do PSD.
Se os sociais democratas têm sentido da dignidade de Estado, da responsabilidade de Estado e da consciência do dever de participar na construção de uma União Europeia forte e coesa não podem corresponsabilizar a Assembleia da República nem o Estado com as políticas ruinosas propostas no PEC pelo governo socialista.
Sob pena de se tornar igual ao PS e a Sócrates, o PSD só pode votar CONTRA a proposta de resolução socialista de adesão e apoio ao PEC.
… E deve deixar bem claro que qualquer interpretação de «ingovernabilidade» actual e consequências políticas inerentes serão aceites como um grande benefício para Portugal e a Europa!
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