Até quando?

... o primeiro grande problema é que o PSD precisa de uma OPOSIÇÃO SÉRIA com uma direita coesa e forte mas só encontra alcoviteiras e trailiteiros. Até quando?

domingo, 22 de julho de 2012

Ministro Gaspar imita Bispo Januário

A chamada «esquerda», especialmente a comunista das várias «feições» que peroram por aí, espalhando fantasias sobre tudo e todos, está, neste momento, em crescente esforço para justificar o comportamente esquisofrénico do bispo católico Januário Torgal Ferreira.


E tal é o esforço, e a sua concentração nesse esforço, que até o ícon revolucionário dos protestantes profissionais itinerantes, Arménio Carlos do comité central do PC, se esfumou completamente.

Percebo: ele não quer «beliscar» o protagonismo do bispo, desviar atenções …!

Basicamente, estes comunistas anti-católicos inveterados desenvolvem elogios, nunca vistos, ao bispo, dizem que o bispo Januário é muito culto, muito «frontal», muito amigo dos pobres e insistem que ele acusou o governo de corrupto falando em nome meramente pessoal e nunca como bispo da igreja católica.

Eu sei que têm razão: o bispo Januário saberá muito latim e outras matérias, deve ser «bruto que nem casas» a falar com as pessoas e não deixa de, todas as semanas, encher a sua casa com «pobres sem abrigo» para uma suculenta «sopa rica» e umas horas de «calor humano».

Mas, já agora, apetece-me fazer um simples exercício.

Imaginemos o Ministro das Finanças, equivalente a «bispo» do Governo, uma espécie de «Conferência Ministerial», a dar uma entrevista à SIC, porventura ao «gang» do «Eixo da Mal», que é, actualmente, a expressão mais insigne da ausência de «pensamento» nacional coerente.

Às tantas, perguntado pela ilustre e perspicaz senhora que ali representa a inutilidade do «novoriquismo» burguês e arrogante, o ministro diria o seguinte:

“… sabe, eu todos os dias penso nos pobres. E agora vou falar em nome pessoal. Faça de conta que não sou ministro, que sou um simples cidadão. Ora, o que vejo todos os dias na rua é os pobres, com sacrifícios colossais. E é isso que mesmo que ouço, e com que muito aprendo todos os dias, nesses maravilhosos, sérios e profundos programas das TV’s, feitos por telefonemas da nossa verdadeira opinião pública. Aí sim, é aí que está o real pulsar do povo. Quais estísticas qual carapuça! E olhe que era fácil resolver este problema dos pobres, acabar com a pobreza em Portugal. Vendia-se, em leilão internacional, todo o património sumptuário das igrejas, ouros, pratas, vestimentas caríssimas, casas e prédios, palácios e monumentos, serviços de chá, obras de arte e tantas outras riquezas que só servem para «apanhar pó» e ostentatação de riqueza pelos padres e bispos, distribuia-se o dinheiro realizado pelos pobres e, de certeza, matava-se muita fome e pagava-se muitas taxas moderadoras ou propinas nas escolas,creches, ATL’s e universidades da Igreja. Além disso, não percebo porque é que as chamadas «esmolas» dadas nas missas e outras ofertas em cash, dadas, por exemplo para exportar capitais para África e América latina, passam fora do crivo fiscal? Porque é que os dinheiros de negócios das ordens, o comércio e o lucro das festas religiosas das aldeias, vilas e cidades não paga impostos? Porquê toda esta economia paralela? Só os chamados santuários, faz ideia de quantos milhões escapam aí aos impostos? Já viu os milhões que andam por aí «ao Deus dará», sem qualquer controlo, nem do Estado nem dos pobres? Eu acho que a Igreja Católica é corrupta …! É claro que falo como simples cidadão, nada de confusões, sou um cidadão igual a qualque outro, sou muito frontal e digo sempre o que penso e tenho os mesmos direitos de livre expressão de pensamento ..! Nada de confusões! … “

Bom, será que Vitor Gaspar poderia, com a maior naturalidade, com os maiores elogios das «esquerdas comunistas» e a melhor «compreensão da Igreja Católica, com a indiferença do Conselho de Ministro … regressar da situação de «cidadão igual a qualquer outro» à condição de Ministro?

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