O bispo das forças armadas, usando uma categoria que o dr. Sá Carneiro, tão bem tipificou, não passa de uma «inutilidade pública».
Publicamente, disse que o governo é «corrupto».
Não fundamentou, limitou-se a «dizer», protagonizando um «momento de glória» que já nem nas tabernas mais ordinárias se vê hoje.
Teve a resposta que merecia e parece que nada mais há a comentar sobre o bispo das forças armadas.
O sr. Ministro da Defesa fixou-lhe dois desafios: ir rapidamente ao Ministério Público apresentar denúncia ou queixa dos factos que o governo terá praticado e que conformam o crime de «corrupção» e optar entre bispo das Forças Armadas ou comentador político.
O bispo Januário Torgal Ferreira ainda nada fez.
Típico das «inutilidades públicas».
A Conferência Episcopal demarcou-se rapidamente do próprio bispo, o que ele deveria, talvez, considerar uma certa forma de «expulsão» da hierarquia da Igreja Católica.
O bispo nada fez, confirmando que não passa de «inutilidade pública».
O PSD veio a público apenas para classificar o bispo das forças armadas como um «zero» que não merece qualquer credibilidade e, portanto, qualquer reacção, dadas as suas tradicionais características de «inutilidade pública».
O CDS/PP, através de um sr. deputado, limitou-se, basicamente, a lembrar que o bispo Januário Torgal Ferreira é um «tontinho» conhecido que nem justifica que se perca tempo a pensar nele, tais são os dislates que o caracterizam.
Fica, assim, reforçada a ideia de que o bispo das forças armadas é uma autêntica «inutilidade pública».
Mas ele não ficou sozinho.
Veio, depois, o Partido Comunista, ateu e anti-católico, através do líder do seu Grupo Parlamentar, esboçar elogios e a única reacção de apoio ao bispo.
E aí, sim, confirma-se tudo: o bispo Januário é mesmo uma completa «inutilidade pública» que, além de inútil, se tornou o pior inimigo da Igreja Católica e um simples instrumento, um mercenário moderno de acção subversiva, ao serviço de quem quer que seja, ao serviço da chamada «esquerda» ateia, precisamente daquela que, se um dia ocupasse o poder, transformaria as igrejas católicas em cantinas e dormitórios colectivos, ou salas de dança, e o bispo das forças armadas em «empregado de mesa» ou «segurança de porta».
Curiosamente, o partido comunista veio timidamente, o que me sugere uma certa luta pela «posse» do bispo com o ainda mais radical anti-católico Bloco de Esquerda.
Ora, em conclusão, ignorado pelos seus pares, desprezado pelo governo que nem credibilidade lhe deu para procedimento disciplinar, desqualificado pelas autoridades judiciárias e humilhado pelos políticos de centro esquerda e de centro direita que sustentam a maioria de governo, só resta um fim ao bispo Januário Torgal Ferreira: ser nomeado, em assembleia popular agnóstica e ateia, daquelas que se fazem em «igrejas ocupadas», em acampamentos nas praças públicas ou no meio de campos de «milho transgénico», ser nomeado o «Chefe dos Indignados» portugueses.
… Mas chegado aí, o bispo das forças armadas terá de usar todas as suas competências militares no confronto previsível com guerrilheiros de fama e experiência, como Franscisco Loução, Luis Fazenda ou aquela senhora chamada Aiveca.
Não está fácil a vida do bispo Januário!
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