Até quando?

... o primeiro grande problema é que o PSD precisa de uma OPOSIÇÃO SÉRIA com uma direita coesa e forte mas só encontra alcoviteiras e trailiteiros. Até quando?

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

A CRISE ... OUTRA VEZ

 CELITO E AS DESIGUALDADES AGRAVADAS BRUTALMENTE


Marcelo em modo autocrítico.
Ele acha que devem dominar os debates temas como «a crise económica e social aprofundada» e a «superação dos fossos, das diferenças e desigualdades económicas que se agravaram brutalmente».
Pois foi, oh! Celito, com o governo anterior, chefiado por Passos Coelho, a bancarrota socialista estava encerrada, a Troika chamada pelo PS de Sócrates e Costa já tinha sido mandada embora com os devidos agradecimentos, Portugal já entrara em ciclo de crescimento … Depois foi a tragédia outra vez! O PC de 3, picos por cento aconselhou e Costa fez o golpe contra a vontade popular! Os derrotados em eleições juntaram-se e o resultado desta aliança de cinco anos entre socialistas e os comunistas ortodoxos e os maoistas do blocozinho deu nisto: crise económica e social e desigualdades brutalmente agravadas.
Oh! Celito, tem toda a razão.
Uma desgraça esta governação socialista/comunista! Crise, fome, sopa dos pobres, sem-abrigo, hospitais e centros de saúde inacessíveis e sem recursos, desemprego, indiferença da Segurança Social, o custo de vida a subir e os rendimentos a diminuir, gastos milionários em propaganda – oH! Celito, é verdade, tudo isto a subir e as condições de vida a baixar! Uma desgraça! Mas, também e aqui para nós, diga-se baixinho para ninguém ouvir, oportunidades para repôr a «normalidade» democrática não lhe faltaram … que o Costa até foi perdulário nisso. Mortos por incúria, os incêndios de Pedrogão, a rábula da CGD, as inundações, e agora o Cabrita e o SEF, oH! Celito, eu sei lá, foram tantas e tamanhas as ocasiões em que o primeiro ministro devia ter sido demitido e substituído, que nem as conto! E não foi. Costa continuou em roda livre e alta velocidade a gerar crises onde não existia crise e a agravar a crise onde já havia crise! Por isso, aqui não há alternativa: este governo é, sobretudo, o governo Celito!
Portanto, a crise social e o agravamento brutal das desigualdades têm uma marca: Celito.

domingo, 20 de dezembro de 2020

ONDE APLICAR OS RECURSOS?



                                                         

A LINHA COERENTE DA SOCIAL DEMOCRACIA
Vem isto a propósito dos milhões para a TAP e do endividamento por muitos anos das gerações futuras …
Pois, é isto mesmo. A social democracia é assim. Justa e racional distribuição dos recursos, sempre escassos pela sua própria natureza. Onde aplicar recursos? Em vaidades ideológicas com proveito para meia dúzia ou em serviços para a esmagadora maioria, a melhoria das condições de vida de um Povo que não usa avião mas frequenta o hospital, coloca o filho na escola e tem emprego em fábrica à beira de falência.
TIRAR DA SAÚDE E DA ESCOLA
PARA DAR À TAP FALIDA
Passos Coelho veio e declarou com convicção:
"O Estado prepara-se, se em Bruxelas obtiver autorização, para canalizar o que lhe falta na saúde, na educação, na ciência ou na ajuda à economia, para injectar na TAP redimensionada com milhares de despedimentos inevitáveis, menos aviões e menos actividade sem, no entanto, explicar ao País que apenas o fará porque reverteu uma privatização que vários governos procuraram realizar e só um realizou».
Esta, é marca da social democracia, valores da esquerda que vale a pena, não colectivista, da esquerda democrática que elege o Homem como o centro nevrálgico da vida e do desenvolvimento da sociedade.
CAVACO SILVA:
IGUALDADE E ACESSO À SAÚDE
Já antes Cavaco Silva assumira um compromisso solene:
(…) a promoção da solidariedade e justiça social, a igualdade de oportunidades, o acesso aos cuidados de saúde, a concertação social, a generalização do acesso à cultura e a protecção do ambiente» - foram estes «os princípios que muito influenciaram a acção dos meus governos».
Cavaco Silva não esconde a sua inspiração nos princípios e valores da social democracia revelados, em Portugal, por Francisco Sá Carneiro.
SÁ CARNEIRO:
PRIMERIO OS DIREITOS FUNDAMENTAIS
À SAÚDE, HABITAÇÃO E BEM-ESTAR DE TODOS
Dizia o fundador e referência permanente da ideologia e doutrina do PPD/PSD:
« A democracia social impõe que sejam assegurados efetivamente os direitos fundamentais de todos à saúde, à habitação, ao bem‑estar e à segurança social; exige a abolição das distinções entre classes sociais diversas e a redistribuição dos rendimentos, pela utilização de uma fiscalidade justa e progressiva».
Em coerência desde a fundação, a social democracia portuguesa aponta numa direcção: primeiro a habitação, saúde, educação e emprego. Se sobrar, talvez um pouco para desperdícios …
São os supremos valores do PSD, a esquerda libertadora e reformista: Vida, Liberdade, Igualdade, dignidade de todos!

sábado, 19 de dezembro de 2020

A CHAPADA NO CHARCO

 PASSOS COELHO ARRASA GOVERNO


Passos Coelho quebrou um longo silêncio para criticar severamente as práticas e políticas do governo no horrendo crime do SEF e no financiamento da TAP.
Foi uma autêntica chapada neste charco de inação geral, neste ambiente social de faz de conta.
E, muito significativo, o antigo líder social democrata quebrou o silêncio em cerimónia de homenagem a Alfredo da Silva, o industrial que nunca dissociou a vida empresarial da função social das empresas. Ao criar o Império económico da CUF, Alfredo da Silva criou uma cidade, com hospital, escolas e creches, assistência social, desporto e comércio, tudo para fixar e apoiar os seus trabalhadores e as famílias.
Disse Passos Coelho:
"Depois de meses de incompreensível inação após os factos serem conhecidos e com a autoridade do Estado sèriamente abalada e a confiança nas instituições públicas beliscada, tudo tem servido para procurar disfarçar o indisfarçável: a superior dificuldade em admitir as falhas graves".
Passos Coelho salientou que, neste caso do SEF , não se actuou "prontamente, com diligência e sentido de defesa do interesse público" mostrando-se uma "incompreensível relutância em defender o Estado da fuga às responsabilidades dos seus dirigentes que antes preferem lançar o opróbrio injusto sobre toda a força de segurança em causa, nomeadamente apontando para o seu esvaziamento funcional em vez da simples e pronta assumpção de responsabilidades".
TIRA-SE DA SAÚDE
PARA DAR À TAP
Passos Coelho criticou severamente a política do governo para a TAP.
"O Estado prepara-se, se em Bruxelas obtiver autorização, para canalizar o que lhe falta na saúde, na educação, na ciência ou na ajuda à economia, para injectar na TAP redimensionada com milhares de despedimentos inevitáveis, menos aviões e menos actividade sem, no entanto, explicar ao País que apenas o fará porque reverteu uma privatização que vários governos procuraram realizar e só um realizou. Esta factura que o governo se prepara para endossar vai ser suportada por muitos anos por muitos governos e demasiados contribuintes a quem o Estado não vê, hoje, com respeito nem parcimónia".

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

AS RAIZES DE ESQUERDA DO PSD

 A FICÇÃO COMUNISTA DA ESQUERDA/DIREITA

É velha esta tentação marxista de reduzir e dividir a sociedade entre esquerda e direita. É a terminologia comunista e socialista, convenientemente adoptada pelas TVS e outros agentes de propaganda marxista, estranhamente, aceite ou não esclarecida pela actual direcção e alguma militância informal do PSD.
Socialistas e comunistas vivem essa (e dessa) ficção de um dualismo serôdio e contraditório em que a alegada esquerda não é esquerda pelas suas práticas e a direita é maioritariamente de esquerda pela sua raiz sociológica e ideológica e pelas suas políticas e práticas.
Esta simplificação vem do advento da democracia. Desde a revolução, o PC identifica esquerda com democracia, arvora-se em vanguarda dessa «élite» e ousa mesmo convidar o primo afastado, o PS, para aderir à sua «democracia», à submissão a eles próprios.
O totalitarismo funciona assim: de um lado a «esquerda», do outro a «direita»; de um lado o paraíso, do outro a excrescência social, em vias de eliminação, pela sua própria natureza de excrescência.
É evidente que a expressão popular mostrou leitura completamente distinta. Os resultados das primeiras eleições definiram o centro político como o maior espaço eleitoral, estabeleceram na social democracia a sua ideologia dominante e consagraram o PPD como a a força titular, com maior potencial de crescimento a nível nacional.
Uma afronta dos cidadãos às tentações dirigistas dos comunistas!
A social democracia passou a «principal inimigo» dos extremos e a prova viva de que o dualismo esquerda/direita, mera ficção da contrainformação marxista, nada tinha a ver com a realidade sociológica e ideológica da sociedade portuguesa.
Com o PC à beira de extinção e a extrema esquerda no limite do seu potencial, o PS assume agora essa narrativa de divisão esquerda/direita, curiosamente com a adesão e aplausos da ingénua direita inorgânica e a expectativa da direita orgânica, eternamente interessada no emagrecimento e descaracterização política do centro.
SÁ CARNEIRO: O NOSSO ESPAÇO
Já Sá Carneiro avisava em 1975:
«A contestação do carácter social-democrático do nosso partido, por parte do PS, visa obter vago um espaço político, que é o espaço social-democrático. Na verdade, o espaço que ocupamos é muito claro, como clara é a nossa proposta social-democrata, quer em termos de programa, quer em termos de actuação, quer em termos de base social de apoio. Simplesmente, e na medida em que a social-democracia é a via que melhor convém ao nosso país, ela é contestada por forças como o Partido Socialista e o próprio CDS, que desejam ocupar, segundo parece já numa perspectiva eleitoralista, o nosso espaço próprio».
Mais tarde, Mota Pinto reafirmou o seu apego político ao centro declarando que Portugal era governável contra os comunistas; Sá Carneiro, mostrou a impotência marxista perante um centro agregador da direita democrática e da esquerda democrática, com a AD representada pelo PSD, o grupo dissidente do colectivista PS, os Reformadores, o CDS na direita e o PPM anti-regime e comunalista; e, mais tarde ainda mas em coerência, todos nos lembramos dos dez anos de maiorias absolutas do PSD com Cavaco Silva bem como a vitória em duas eleições sucessivas da PAF de Passos Coelho, a aliança da esquerda e da direita representadas pelo PSD e CDS.
A esquerda democrática e reformista, a Vida, Liberdade e Igualdade, alargou com anemia progressiva da «esquerda marxista», liderou o centro e neutralizou o colectivismo opressivo das correntes marxistas do PC e do PS.
CAVACO SILVA: UM PARTIDO INTERCLASSITA
A autonomia desta esquerda não colectivista, conteúdo do centro político, é representada pela social democracia e emerge da natureza fundadora do PPD/PSD. Como recorda Cavaco Silva citando Mota Pinto e Sá Carneiro, o PSD era «um partido interclassista com uma base de apoio que incluía operários, trabalhadores rurais e empresários, agricultores, comerciantes e funcionários públicos, artistas, cientistas e profissionais liberais, jovens e idosos, um partido que defendia «uma sociedade sem distinção de classes», como dizia Sá Carneiro». Maioritariamente gente que «subiu na vida a pulso»!
O PPD nasceu no centro, na esquerda sociológica de vocação e práticas reformistas com intenso sentido de libertação do homem e da sociedade. E até o próprio dualismo esquerda/direita terá contribuído como impulso reactivo para a autonomização política do centro. Não corresponde à realidade social de Portugal esse dualismo de origem marxista esquerda/direita. Só convém ao totalitarismo comunista e à direita eternamente interessada no desmantelamento e dissipação do centro.
O PARASITA E O HOSPEDEIRO
O PC extingue-se paulatinamente à medida que o centro cresce mas continua a orientar, fiscalizar e proteger o sucedâneo, o PS de Costa. Foi criação do PC a solução da geringonça como meio de afastar do Poder a vontade popular e vemos hoje, perante a grave crise do SEF, que os comunistas são a única força partidária que não reclama a demissão do ministro Cabrita. Não é certamente pelos olhos do Cabrita mas, sim, pela preservação do governo marxista, prevenindo fragilidades e crises de existência do governo, cujas políticas controlam via Assembleia da República.
Curioso mas perceptível, o velho hospedeiro do parasita PS alimenta-se hoje, exclusivamente do sangue do parasita! Por isso o PC não deixa esgotar o sangue do parasita!
O PC começou em democracia com 12,5 por cento em 1975 para acabar em 2019 com 6,3 por cento e um score de 3,95 por cento em eleições para a chefia do Estado. S´om governo do PS, e deste PS, assegura a sobrevivência do PC.
Tal como nos tempos de Sá Carneiro, o que assusta comunistas/socialistas e intimida a direita é a permanência do centro político forte e a sua consolidação como força activa e de convicções firmes … agregadora em coligações e alianças das correntes à direita que se mostrem necessárias à salvaguarda dos apetites do totalitarismo marxista.
Em conclusão: há o espaço do totalitarismo com o BE e PC; conservador marxista com o PS; esquerda democrática/centro com o PSD, direita com o CDS e o Chega e IL que oscilará entre a esquerda democrática e a direita. E não vale a pena socialistas e comunistas, todo o aparelho de contrainformação, TVS e ingénuos do costume esforçarem-se tanto que nunca conseguirão acabar com o centro e a classe média. Não conseguiram na Coreia do norte, em Cuba nem na antiga URSS! Não conseguirão na sociedade portuguesa.

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

A ESQUERDA MODERNA É LIBERTAÇÃO DE TODOS

 COERÊNCIA – UM RUMO - DESENVOLVIMENTO

SÁ CARNEIRO: O PSD E A DEMOCRACIA REAL
«O Programa que aprovámos mostra bem que o nosso caminho tem de consistir na construção de uma democracia real (..)
A democracia social impõe que sejam assegurados efetivamente os direitos fundamentais de todos à saúde, à habitação, ao bem estar e à segurança social; exige a abolição das distinções entre classes sociais diversas e a redistribuição dos rendimentos, pela utilização de uma fiscalidade justa e progressiva».
CAVACO SILVA (40 ANOS DEPOIS)
UM PAÍS MAIS JUSTO, PROGRESSIVO E EQUILIBRADO
«Francisco Sá Carneiro, um político de excepcional craveira, dotado da capacidade de liderança exigida pela governação reformista de transformação da sociedade que caracteriza a social democracia, durante os onze meses em que exerceu as funções de Primeiro Ministro não teve o tempo necessário para pôr plenamente em prática o seu projecto de desenvolvimento e de reformas centrado na modernização do País e na melhoria das condições de vida dos portugueses.
Perante o aceleramento da integração europeia e da globalização económica e tecnológica, a afirmação de poderes supranacionais e o desenvolvimento da sociedade de informação e comunicação, a partir dos anos oitenta do século passado emergiram, como características básicas da prática social democrata nas democracias da Comunidade Europeia, o respeito pelos direitos humanos, a defesa da economia de mercado assente na livre iniciativa privada e na concorrência, a promoção da solidariedade e justiça social, a igualdade de oportunidades, o acesso universal aos cuidados de saúde, a concertação social, a generalização do acesso à cultura e a protecção do ambiente. Foram princípios que muito influenciaram a acção dos meus governos.
Foi este quadro de valores que levou o PSD, sob a minha liderança, a ganhar três eleições legislativas, duas com mais de 50 por cento dos votos, e ser governo durante dez anos consecutivos. Foi a via da social democracia que me permitiu, como Primeiro Ministro, concretizar a ambição de preparar Portugal para o século XXI, de contribuir para transformá-lo num País moderno e progressivo, mais livre, justo e equilibrado, com voz na cena internacional, através de uma política reformista, coerente e credível».
PASSOS COELHO – 2016
A REALIZAÇÃO PELO MÉRITO
«Nós queremos um País europeu e não um País cheio de azia por causa da Europa. Nós sabemos o que o nosso País cresceu e se desenvolveu com os fundos europeus e com a Europa. Não há nenhum concelho do País que não testemunhe isso, ao nível dos equipamentos sociais, das infraestruturas de mobilidade e ambientais. Portugal sabe como a sua inserção no espaço europeu é decisiva. Nós queremos estar mais perto da média europeia. Sabemos o que isso significa. Mais rendimento, mais prosperidade, uma sociedade mais desenvolvida e mais avançada. O que nós queremos é uma economia mais aberta em que as pessoas que têm mérito, boas ideias e projectos não precisem de ser filhas de pessoas importantes, conhecidas de alguém influente para poder obter na banca ou qualquer outro meio de financiamento o que é necessário para poder realizar os seus projectos».
40 anos de distância - desenvolvimento, o mesmo alvo: o Povo
Maria Alice Almeida, Maria Sampaio E Melo e 10 outras pessoas
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domingo, 13 de dezembro de 2020

A SOCIAL DEMOCRACIA E O DESENVOLVIMENTO

SÁ CARNEIRO
(CONGRESSO DE LEIRIA 1976)
UM PARTIDO É UM DIFUSOR DE IDEIAS
«Sobretudo um partido social democrata não é apenas militância organizada com vista à conquista do poder por meios democráticos; não é, nem pode ser, mera máquina eleitoral. Há de ser estímulo pessoal, político e sócio-profissional. Tem de agir como difusor de ideias, como dinamizador de planos, como estimulante da acção pessoal. Sem isso renunciaríamos à dimensão ética e cultural da política, que se tornaria mero jogo de banalidades e de conveniências».
CAVACO SILVA
A INSPIRAÇÃO E EXECUÇÃO (40 ANOS DEPOIS)
«Os portugueses têm hoje à sua disposição um conjunto de infraestruturas – culturais, rodoviárias, aeroportuárias e urbanísticas – e colhem os benefícios de um conjunto de projectos industriais, agrícolas, turísticos e sociais, obras de grande vulto que foram promovidas pelo Executivo que governou Portugal no período 1985-1995.
Este livro conta o meu envolvimento como Primeiro Ministro em alguns desses projectos (…) Em cada um deles evidencia-se a vontade de modernizar o País e melhorar o nível de bem-estar dos cidadãos.
Através da cultura, com a criação da Fundação Serralves ou a construção do Centro Cultural de Belém. Através de infraestruturas fundamentais como o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, as pontes São João, do Freixo e Vasco da Gama, as autoestradas Lisboa-Porto, Lisboa-Cascais e Via do Infante. Através de intervenções urbanísticas radicais como o programa de erradicação das barracas de Lisboa e Porto ou a decisão e concepção da Expo’98, que deu ligar ao Parque das Nações. Através de decisões fundamentais para a nossa economia como a construção da fábrica de automóveis da AutoEuropa, em Palmela, ou a introdução do gás natural. Ou através de iniciativas decisivas para a competitividade da nossa agricultura, como é a Barragem do Alqueva, ou a outra escala, para vencer a interioridade, o projecto das Aldeias Históricas de Portugal.
(…)
As infraestruturas e os projectos referidos foram promovidos pelo Governo social democrata a que tive a honra de presidir e que procurou inspiração no quadro de valores fundamentais adoptados por Francisco Sá Carneiro como base teórica de sustentação do Partido Social Democrata, adaptado à realidade portuguesa do seu tempo, e no seu pensamento quanto ao exercício do poder».
PASSOS COELHO – EM 2016
MAIS CRESCIMENTO E MAIS EMPREGO
«Nem para o próximo ano o governo espera que a economia cresça tanto quanto cresceu connosco em 2015!
O que se passa aqui, então?
Connosco, a dívida começou a baixar, com este governo está a subir. Connosco, as exportações subiam ao dobro do ritmo a que crescem com a actual solução de governo. Connosco, até o consumo privado crescia mais do que com estes senhores que hoje governam. O desemprego baixou mais em 2015 do que este ano. E criou-se mais emprego em 2015 do que este ano».

sábado, 28 de novembro de 2020

DEBATE DO OE

 


VOTO CONTRA DO PSD NADA MUDA

Convenhamos que o voto «contra» do PSD ao orçamento de Costa representa um enorme salto, um significativo progresso sobretudo vindo de quem andou dois anos a sustentar o governo PS a pretexto de salvaguardar a estabilidade política. Como se o «interesse nacional» e o «sentido de Estado» se realizassem conservando a instabilidade política e social só para proteger a «estabilidade» de Costa no Poder!
Este voto não passa disso: um voto, um acto isolado que não altera a substância da permanência de Costa no Poder e não contém a arrogância habitual de Costa e o resto do PS porque não emerge de uma estratégia de Poder, uma estratégia de condução da oposição ou do partido em direcção à necessária mudança política e social.
Não teve nem tem consequências e por isso o voto foi contra.
É o próprio Rui Rio, ainda dependente da «estabilidade» e obsessão «da crise política», que avisa que o seu voto não terá consequências. Diz Rui Rio: «o PSD vai votar contra esta proposta de Orçamento do Estado para 2021» com «a tranquilidade de quem foi informado - por quem de direito - que o seu projeto tem de ser à esquerda e que, por isso, qualquer outro sentido de voto do PSD não teria qualquer efeito em matéria de estabilidade económica ou de prevenção de uma inoportuna crise política». Isto é, Rio tentou aproximação a Costa (quem de direito) foi rejeitado, o OE estava aprovado, Costa seguro no Poder e Marcelo assegurado no palácio -havia espaço para divergir.
Para representar uma viragem, uma estratégia de Poder, o PSD teria apresentado uma moção de censura ao governo que, pelo menos, provocaria intenso debate sobre a situação nacional, combate à pandemia e à pobreza, e forçaria os partidos apoiantes de Costa a clarificar as respectivas posições. Dissipava-se o nevoeiro e ficaria assente quem é Oposição e quem é situação.
O voto contra do PSD, tendo em conta todos os antecedentes, só com explicação mais exaustiva deixará de ser considerado a reacção a uma zanga de Rui Rio que se viu postergado por Costa em favor dos comunistas. «Ai é, não te faço falta, pois vais ver como é»! Se foi assim, isto não é política para o segundo maior partido nacional.
O PSD de Rui Rio não liderou o debate, a oposição nem o próprio partido, conforme se infere da confusão, hesitação no voto dos deputados madeirenses sobre a proposta de auditoria ao Novo Banco.
O Grupo Parlamentar social democrata apresentou 160 propostas de alteração. Qual delas fica na memória da opinião pública e mereceu uma conferência de imprensa ou simples comunicado, discussão acesa nas TVS, polémica, fez tremer Costa e o seu governo? Quanto perdeu a população em benefícios sociais e rendimento pela rejeição das emendas do PSD? E quanto ganhou o Povo com as propostas do PSD aprovadas? A opinião pública desconhece em absoluto o sentido social destas propostas, quantas e quais foram aprovadas e rejeitadas. Conhecendo a hostilidade da comunicação social, seria de grande valia que o próprio PSD promovesse a divulgação de uma síntese explicativa da sua intervenção no debate, em comunicado ou conferência usando os meios próprios e as suas estruturas distritais e concelhias. Nos meios do PSD foi publicado o discurso de Rui Rio mas nada mais foi feito no sentido de rentabilizar o enorme esforço dos deputados autores das 160 propostas de alteração.
Perante a opinião pública, além das alegadas por socialistas e comunistas contradições de Rio, algumas humilhantes, fica a ideia de que o mais notável do PSD de Rio neste debate foi votar uma proposta da extrema esquerda sobre a fiscalização do Novo Banco o que, em si, não teria especial significado. O problema é que o BE, que sempre lutou pela extinção da banca privada e eliminação dos fundos privados de investimentos, não parece parceiro confiável de Rui Rio para fiscalizar um banco privado, como o Novo Banco que é, ainda por cima, propriedade do fundo de investimentos americano, Lone Stars! Rio meteu-se no meio de dois alvos para destruir pelo BE!
Mais uma vez, Rui Rio pôs o PSD a jeito para suportar toda a campanha negativa que se seguiu promovida pelo governo, PS e, sobretudo, pela administração do Novo Banco que, repetidamente, descreveu as inúmeras auditorias a que o banco privado está permanentemente sujeito. Não sei bem mas talvez fosse preferível, a uma associação destrutiva com o BE, requerer os relatórios dessas tais auditorias já existentes ou em curso … Não sei.
Enfim, mais uma vez, apenas a nota conjuntural do voto contra (porque sem consequências) num contexto de agitação da superfície das almas domésticas e confusão entre política e zangas pessoais por egos feridos, um voto contra que nada significa para a construção de uma estratégia política de conquista do Poder, de mudança, de futuro. Nem nas eleições autárquicas merecerá menção de relevo. Este debate já está reduzido a apenas um episódio que, oportunamente, Costa se encarregou de apagar do curso da História com as rábulas da vacinação e o congresso comunista … e tudo isto sem reacção de Rui Rio.
Abilio Henriques
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sábado, 14 de novembro de 2020

FRANCISCO SÁ CARNEIRO:

TEMOS DE ASSUMIRMO-NOS COMO OPOSIÇÃO

"O nosso Partido não se pode dirigir apenas aos sociais-democratas, tem de se dirigir a todos os portugueses, e entre eles, aos descontentes.Temos de assumirmo-nos como Oposição. E o que é Oposição está, para mim, muito bem definido: a crítica aos actos do Poder, a resistência a todos os abusos, a defesa constante dos direitos, liberdades e garantias, e da justiça social. Creio que este é um conceito positivo, amplo e necessário de Oposição". (Instituto Sá Carneiro, 1977/78)