Até quando?

... o primeiro grande problema é que o PSD precisa de uma direita coesa e forte mas o segundo é que a direita também precisa de um PSD vivo e confiável! Até quando?

sábado, 24 de novembro de 2007

Negociar com o PS? Ah! Ah! Ah!

O presidente do PSD disse que havia contactos entre o seu partido e o PS com vista a um consenso alargado sobre a lei de Segurança Interna.
É a eterna mania do PSD: faz contactos com o adversário, alcança consensos, faz pactos, assume os compromissos ... alheios.
E, depois de tudo feito de forma muito civilizada, o resultado é sempre o mesmo: tudo é subvertido, o que corre mal é da responsabilidade do PSD, os louros do que se mostra assim-assim ou bem são do PS.
O PS enche o peito e o PSD fica de boca aberta ... apalermado e sem poder falar.
O que é difícil de entender é qual o papel que o PSD reserva à Assembleia da República uma vez que, quanto ao PS, as coisas tornam-se simples, pois sabe-se que este partido sempre revelou, e agora de modo muito ostensivo, uma forte tendência para enganar todos os ingénuos que aparecem no seu horizonte.
Porquê estes contactos?
O PSD está representado no parlamento.
Tem competência para apresentar propostas, para afirmar as políticas que defende.
Na Assembleia da República discute-se livremente em plenário e em comissões as iniciativas legislativas em agenda.
Será que estes contactos tão do agrado do PSD e tão úteis ao PS não seriam de substituir, de uma vez por todas, pelos debates na Assembleia da República, em que cada um tentava fazer valer as sua razões, vencendo as ideias que obtivessem maior número de votos?
E, se se atingissem consensos, porque não votarem em comum?
Não ficaria mais clara a determinação das responsabilidades de cada um e, como é óbvio, a diferença de projectos políticos entre os dois?
Temos o exemplo recente do Código Penal ...
Quando é que o PSD compreende que o PS, se é que de facto ainda existe, só entra nos consensos que consolidam a vontade teimosa, arrogante e prepotente do seu governo?
… E se isso servir à subalternização, de preferência esvaziamento político, do seu «parceiro»!
Mas, sobretudo, não será tempo de dizer aos eleitores portugueses: «votaram neles? Aguentem-se!»

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