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quinta-feira, 22 de março de 2012

PC tem «receita»: o Estado Totalitário

O ministro dos Assuntos Parlamentares, dr Miguel Relvas, está completamente enganado.

Ele disse na Assembleia da República que era conhecido o diagnósticos mas não a «receita» do PC para a crise em Portugal.

Ou é novo de mais, ou ingénuo ou está distraido.

É que todos os portugueses conhecem a «receita» dos comunistas, sejam eles os ortodoxos do PC sejam eles os «informais», agora juntos no Bloco de Esquerda, Verdes ou Indignados.

E a «receita» comunista, já sobejamente experimentada em Portugal e no Mundo, é simples e prática:

O poder político, legislativo, executivo e representativo do Estado, bem como o poder judicial, é reunido e atribuido ao secretátio geral do PC, isto é, ao Partido.

O excutivo é liderado por uma «troika» de coroneis, que evolui para um só coronel que, por sua vez, acabará fuzilado ou numa prisão e substituido pelo secretário geral do PC.

O poder legislativo é exercido pelo comité central do PC e delibera o que o secretário geral do PC mandar deliberar.

As eleições gerais são extintas porque inúteis, dada a insuficiência de doutrinação política do povo, que não sabe o quer e é facilmente «comprável» ou manipulável.

O sistema financeiro, todo estatal e sempre ao serviço das prioridades definidas pelo Partido, é gerido por um membro do comité central do PC que responde perante o secretário geral do Partido.

Quanto à economia, é tudo roubado e entregue ao Estado, desde as empresas industriais de grande e média dimensão até aos pequenos negócios como barbearias, meia dúzia de vacas em Bragança ou um tanque de «apanha» de peixe no Algarve.

Na Agricultura, rouba-se por confisco com violência, as grandes propriedades, gasta-se em grandes e patrióticas «festanças» toda a produção em stock, desde gado a cereais e hortaliças e enquanto houver, rebentam-se todos o equipamento e entrega-se a terra à produção de mato e ervas daninhas.

A expressão de pensamento é livre mas para perorar encómios às directivas do Partido, e toda a comunicação social divulga apenas e só o que a direcção do Partido mandar divulgar.

O cinema e os livros, de acesso vigiado e restrito, servem para propagandear os «sucessos» da revolução com londas bandeiras ao vento empunhadas por vigorosas mulheres e homens em atitudes de guerra, com longos documentários sobre a enorme alegria no trabalho revolucionário, realizados e interpretados por artistas comunistas ou de confiança provada, para criar novos herois nas fábricas e no campo e para denunciar e denegrir os eternos «inimigos» da revolução, isto é, os que pensam de modo diferente, os «fascistas», os inconvenientes ou os reeaccionários simplesmente, todos metidos no mesmo saco.

As habitações são um bem comum, o direito à habitação é controlado por inúmeros comités de bairro e várias polícias, e as famílias vivem em casas, «partes de casa», vãos de escada ou barracas escondidas, atribuidas pelo Partido e segundo rigorosa avaliação da graduação de militante, coraboracionista ou inimigo do Partido.

Socialmente, o povo é controlado por uma polícia secreta que «despacha» perante um membro do comité central, especialmente nomeado e livremente expurgável pelo secretário geral, assessorada por milhões de informadores e comités de bairro ou rua, liderados por comunistas aprovados pelo comité central do Partido, meros denunciantes individuais que tanto podem indicar para a cadeia pais, filhos como simples amigos e vizinhos que, por exemplo, mostrem sinais de «riqueza» (como um frigorífico) e, portanto, ter subido na vida.

Qualquer comentário ou mera observação política ou social ou acto divergente, por um cidadão afoito ou irritado, é punido com prisão e reeducação por trabalho manual, em estabelecimento apropriado e autorizado pelo Parttido.

A «livre» circulação é determinada pontualmente e vigiada através de barragens de estrada feitas por milícias, e os cidadãos comuns só podem deslocar-se, para lazer ou mudança de residência e fixação em terra diferente, com prévia autorização da polícia, do chefe do comité de bairro ou do Partido.

Os sindicatos são comandados directamente pelo Partido servindo-se de um comité comunista.

Não há eleições nem greves e todas as acçõs servem para fiscalizar comportamentos e atitudes, orientar e conduzir a classe operária para a doutrinação de obediência à direcção, vigilância dos trabalhadores nos locais de trabalho e vida fa,iliar e em sociedade e liderança quanto ao modo de vida, segundo os cânones do Partido.

Quem expressar uma ligeira dúvida sobre os bons objectivos do sindicato, que são matéria decidida pelo Partido, é expulso, despedido do local de trabalho e tem muita sorte se ele e toda a sua família não acabarem na cadeia, acusados de «reaccionários», anti-revolucionários, direitistas ou, até, de «fascistas».

Só são estudantes e futuros quadros profissionais do Estado, os filhos de dirigentes e os outros jovens que se revelem militantes destacados, mas só se matricularão nos cursos de universidades localizadas nas cidades que o Partido determinar

Enfim, os comunistas têm uma longa e completa «receita», já experimentada na União Soviética, na China, na República Democrática Alemã, em Cuba, na Coreia do Norte, na Albânia, na Bulgária, na Roménia, etc., etc., e, até, em Portugal.

E essa «receita» reune todos os condimentos: Ditadura política, Opressão Social, Vigilância Total e Repressão Policial Global, Confisco à Força da Economia, Extinção das Liberdades Individuais, Absoluta Supressão da Livre Expressão de Pensamento e, até, do próprio Pensamento.

Em suma, o PC tem uma «receita» óbvia, global e experimentada: a criação do Estado Totalitário.

O ministro dos Assuntos Parlamentares devia conhecer a «receita» do PC.

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