Até quando?

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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

António Borges omitiu as outras «virtudes» dos empresários

O Professor António Borges já nos habituou ao seu estilo directo, pensamento claro e sequente e a juizos simples que todos compreendemos e aceitamos.

Talvez por isso, e por razões de ciência, tem acumulado um raro prestígio internacional.

Há dias disse que os empresários portugueses que se declararam contra a baixa dos custos de produção são completamente ignorantes.

António Borges levantou um vendaval autêntico!

E porquê? Por duas razões principalmente: disse a verdade, confirmada pelas estatísticas sobre a relação entre os graus académicos e de formação técnica de empregadores e empregados; não se escondeu atrás de «fontes anónimas» e disse-o perante os próprios empresários que engoliram em seco.

Ora, o Professor António Borges só falhou, talvez por educação, ao omitir o «resto» das «qualidades» dos nosso empresários.

Usando a linguagem dos comunistas do PC ou do Bloco de Esquerda, bem poderia acrescentar que os empresários são também «gatunos» e «vigaristas»!

Gatunos porque «roubam» o Estado ao reter para si os impostos que recebem dos clientes e que pertencem ao Estado; vigaristas porque «falsificam» as suas contabilidades e escondem os seu lucros para «roubar» impostos ao Estado.

Já não falo daquela outra «virtude» que é a hipocrisia dos «grandes empregadores» que só contratam pessoas a «recibo verde» para não pagar qualquer contribuição para a Segurança Social.

Seria interessante saber quantos trabalhadores tem o «quadro», sobre os quais paga Taxa Social Única, por exemplo, do grupo Jerónimo Martins, e quanto «trabalhadores» a recibo verde ou estagiários, sobre os quais não paga nada para a Segurança Social, «emprega» o grupo do Pingo Doce?!

Ou nas TV’s: quantos «trabalhadores a dias» pagam do seu bolso a Taxa Social Única e quantos são do quadro de pessoal, com vínculo contratual vitalício ou a prazo, que partilham os «descontos» com as respectivas empresas?

Reparo que Marcelo Rebelo de Sousa, que é muito inteligente, parece ter ficado «incomodado» com as afirmações de António Borges.

Mas o comentador da TVI, que é muito inteligente, devia já ter percebido que os tempos de «andar à volta das coisas», a inventar factos políticos e a especular sobre eles ou «andar a bater nas costas de todos para logo a seguir, às escondidas, bater na cabeça de todos os mesmos, esses tempos passaram.

Agora, eu sei que é uma chatice, os tempos são de frontalidade, clareza e determinação … à la mode António Borges!

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