Até há pouco tempo, os socialistas procuravam «almofadas»
mas António Seguro evoluiu da escola Sócrates/António Costa e, agora, a palavra
de ordem socialista é «folga» e já não «almofada».
O líder efectivo do PS, António Seguro, falou hoje à tarde, na
Assembleia da República, em «folga»
orçamental para ser gasta com os funcionários públicos e, logo durante a noite,
lá estava na TVI da Dona Constança o camarada da dona Constança da TVI, o outro
socialista senhor Magalhães, que não se calava com a história de uma «folga» orçamental,
que não custava nada o Governo gastar a «folga», que a «coisa» é despesa pequena
na ordem dos míseros 600 milhões … etc., etc..
Claro que os socialistas falam de dinheiros do Estado que
encontram em várias rubricas do Orçamento de Estado e que eles acham que pode
ser surripiado para facilidades de financiamento não previstas mas convenientes.
Sempre foram assim os socialistas: alguém amigo precisa de
massas, não há no orçamento mas há sempre uma «almofada» salvadora; surge a
conveniência de subsidiar uma festa de «gente nossa», não há orçamento mas
encontra-se sempre uma «folga» – e por aí adiante … até à bancarrota, como em
2011.
E bem podem o Dr. Pedro Passos Coelho e o Dr. Poiares Maduro
e toda a gente do PSD e do Governo explicar que não há «folgas» orçamentais
enquanto houver dívida que eles não querem perceber, porque eles querem é
gastar, o que eles sabem fazer é criar regras e as suas excepções para aplicar
as «almofadas» ou «folgas».
E vá lá, vá lá, que enquanto o líder socialista efectivo,
António Seguro, não passa da proclamação de «folgas» orçamentais, o putativo líder
do PS futuro, António Costa, não vai em proclamações e gasta mesmo, gasta sem
hesitar, à grande e em grande estilo – nem que seja um milhão de euros a fazer
um elevador para ver telhados e chaminés.
Não sei qual deles é mais perigoso mas reparo que a TVI da
Dona Constança e do senhor Magalhães inclina-se mais para as despesas em grande
estilo … pagas pelos contribuinte de Lisboa, naturalmente!
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