O PS, via António Seguro, reclama contra a escolha das
pessoas e contra as pessoas escolhidas pelos accionistas do banco privado para
o Conselho de Administração; até parece que o PS entrou numa vertiginosa e
surpreendente rota pró-comunista e já defende que o Estado se deve sobrepôr à
vontade dos accionistas, no governo das empresas privadas.
Os accionistas do Banco Espírito Santo escolheram os seus
administradores e António Seguro não concorda, reage prontamente e adverte:
«isto não pode continuar»!
Pois não, os comunistas do PC e do BE também acham!
Com esta tirada contra a iniciativa privada, António Seguro
bate neste momento António Costa no contra-relógio para a «meta do punho
erguido» mas tudo está ainda em aberto nesta guerra do PS, por sinal nada
fraterna, pela vitória do «António mais à esquerda»!
Fica, assim, patente o respeito que o PS não tem pelos
empresários e investidores privados e percebem-se agora as razões ideológicas
que conduziram Sócrates e o seu governo socialista para a famigerada
nacionalização do BPN.
Quanto aos comunistas do Bloco de Esquerda (?) e do PC,
percebe-se a sua enorme frustração.
Eles são comunistas, são contra a existência da iniciativa
privada, acham que tudo deve estar sob a alçada do Estado, eles querem que o
conceito de «empresário» seja substituído pelo conceito de «funcionário», não
conseguem conviver com a liberdade individual nem com a autonomia do sector
privado face ao Estado.
E já estavam a festejar o regresso à nacionalização do Banco
Espírito Santo e da banca em geral, naturalmente como corolário de um processo
global de estatização da economia nacional.
Saiu-lhes tudo furado.
O Banco Espírito Santo mostrou-se capaz de se organizar com
independência face ao Estado, o poder político não se deixou instrumentalizar e
respeitou escrupulosamente a separação entre sector privado e Governo do País e
soube resistir às tentações totalitárias dos comunistas e, pelos vistos, do PS
de António Seguro - e lá se foi para a fossa o nostálgico sonho do regresso ao
totalitarismo de 1975.
Só lhes faltava mais esta frustração … não lhes bastava a
angústia de ver o desemprego a baixar, o investimento a subir e o turismo a
bater recordes!
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