«Basta de promiscuidade entre a política e os negócios e entre
os negócios e a política» - esta é a linha de rumo, a opção moral e política anunciada
com enorme estrondo e energicamente imposta pelo secretário-geral do PS,
António José Seguro.
E foi tal a força que A. José S. pôs nesta proclamação que
até a porta-voz do PS, a TVI da Dona Constança e do senhor Magalhães, tremeu estridentemente
enquanto António Costa se arrepelava todo e berrava pelo seu assessor na Câmara
de Lisboa, o tal matulão especializado na aplicação de chaves de imobilização
física no pescoço de mulheres militantes do PS que não gostem de António Costa
e prefiram António José Seguro.
Mas se é assim e se o BES é um banco privado, e se o «caso
BES» é matéria de «negócios», então não
percebo porque é que António José Seguro anda por aí a gritar
- · Contra o governo do dr. Pedro Passos Coelho que se recusa a intervir no BES;
- · Contra a escolha dos membros do Conselho de Administração do BES pelos seus accionistas , todos privados;
- · E a exigir ao governo a intervenção do Estado no BES;
A dúvida é só esta: se António Seguro é tão contra a «promiscuidade
entre política e negócios», porque será que o inimigo de António Costa anda a protestar
tanto contra a «não promiscuidade» do Governo e a exigir tanto ao governo que
seja «promíscuo» numa área onde nem sequer há «promiscuidade» desde que o
governo socialista de Sócrates nacionalizou o BPN, pôs Portugal na falência e os
portugueses na penúria?!
Nas próximas horas faço uma pausa no prazer de apreciar Boa Informação
na PSD@TV e vou ver que explicação (?) é que a TVI da Dona Constança e do
senhor Magalhães me dá a propósito da performance de Seguro na encenação à PS desta
dança e contra dança da «promiscuidade da política nos negócios do BES».
Sem comentários:
Enviar um comentário