A rábula de Rui Rio e a "maçonaria dos outros" fez-me lembrar uma fauna que circulava pelos corredores dos palácios, muito activa nos meus tempos de juventude. Apanhava uma boca de tasca ou uma nótula de jornal de costumes, processava o boato, carregava no botão e zás, espalhava tudo por todo o lado. Eram os "ventoinhas", os "espalha-boatos", especialistas em espalhar as porcarias de terceiras ou de criação própria. Às vezes tinham azar. Eram desmentidos categoricamente, como aconteceu agora a Rui Rio, com Luis Montenegro e Pinto Luz. O "ventoinha" actual até teve o desplante de exibir, fugazmente, a sua fonte, um recorte de jornal. Quase apostava que era uma "notícia" de insinuações do Expresso, assinada por um tal Ricardo Costa, o irmão do António Costa. Nesses tempos, as "ventoinhas" sopravam, predominantemente, sob orientação do PS e atingiam,predominantemente, o PSD ou os seus dirigentes. Quem não se lembra dos boatos sobre o "irascível" Sá Carneiro que "berrava" e "dava murros na mesa" ... Como as coisas estão diferentes. O PSD nunca foi uma central de boatos nem um centro de recrutamento de "ventoinhas". Muito menos uma "ventoinha".
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