Até quando?

... o primeiro grande problema é que o PSD precisa de uma OPOSIÇÃO SÉRIA com uma direita coesa e forte mas só encontra alcoviteiras e trailiteiros. Até quando?

sábado, 29 de agosto de 2020

RUI RIO AINDA PODE MUDAR

Crise política? Mas uma crise maior do que a actual?

Costa já disse: «no dia em que depender do PSD, o governo acabou». Ele pensa que é mas, isto, não é uma ameaça. Pelo contrário, é a oportunidade de ouro para o Povo português!

A «preparar». Macelo apareceu um dia antes a fazer de «lebre» do Costa e garantiu que jamais deixará cair o seu parceiro e amigo, o Costa sempre em pé. Marcelo pode pensar tudo isso e mais alguma coisa. Duvido é que a União Europeia largue milhões de euros para um Estado membro sem orçamento de Estado! 

Perante este quadro, parece evidente que Rui Rio deve repensar, e muito, e pôr de lado essa fantasia de adolescente de alianças com o PS. Qual o sentido actual do interesse nacional? Estabilizar, organizar e desenvolver o País ou sustentar a indigência, este pântano em que vivemos?

Eu compreendo que não é fácil.

Desde a verrinosa e permanente oposição que fez ao PSD e a Passos Coelho, Rio tem dirigido uma política de sustentação, expressa ou sub reptícia, do governo minoritário socialista convertendo o PSD em bengala de Costa. Teria justificação uma mudança tão radical que o situasse, agora, a dirigir o derrube do governo incompetente?

Toda a gente lhe perdoaria estes meros «pecadilhos» dos últimos tempos. Era tal o bem público resultante do derrube do governo que a contradição rapidamente seria esquecida e o apoio ao PSD nunca mais parava de crescer.

Além do mais, quem pode atirar a primeira pedra, quem não tem pecados? Eu próprio, como deputado do PSD em Junho de 1984, votei na Assembleia da República uma «moção de confiança ao governo» do Bloco Central, chefiado por Mário Soares!

Querem pecado maior? Confiança em PS a governar ... ? Pois, foi assim, naquele tempo em que, indelevelmente, o PSD se deixava abafar e intoxicar nos fumos socialistas. Um ano depois deste pecado quase mortal lá estava eu na primeira linha do ataque ao Bloco Central e promoção da campanha de limpeza e desenvolvimento iniciada por Cavaco Silva e Eurico de Melo. E como era pesada a solidão nessas jornadas de mudança, em direcção ao futuro! Sem TVS, rádios ou jornais, até parecia que não havia gente nas hostes ... !

Mas tudo ocorreu com simplicidade. Retratei-me, actualizei o conceito de interesse nacional e pude sentir o maior orgulho por mais de dez anos de governo progressista do PSD. E ninguém me pediu contas pela votação daquela maldita «moção de confiança» ao governo de Mário Soares ...

Certo é que valeu a pena mudar e, pode Rui Rio ter a certeza, valerá a pena, também para ele, repensar e arrancar com o processo de derrube do governo.

Celito não quer mas o Celito há muito que deixou de ser confiável e relevante. Desde que se reduziu a «moço de recados» do Costa ... !

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