Até quando?

... o primeiro grande problema é que o PSD precisa de uma OPOSIÇÃO SÉRIA com uma direita coesa e forte mas só encontra alcoviteiras e trailiteiros. Até quando?

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

PS quer «abandalhar» a Assembleia da República

O PS de Sócrates destacou dois deputados para a comissão parlamentar com a única missão de «abandalhar».
Ricardo Gonçalves (e um outro cujo nome não é relevante) cumpriu a sua missão.
E fica a ideia geral de que o parlamento e, em especial as suas comissões, não passam de «números circenses» que só servem para gastar dinheiro dos contribuintes com «palhaçadas».
Neste caso, o PS teve o «apoio» de Maria José Nogueira Pinto que, em vez de se comportar como deputada, deixou-se arrastar para a «bandalhice», pondo-se no nível conveniente ao «provocador».
Qualquer político consciente saberia que os «à partes» ou «bocas» exigiriam um pedido de intervenção do presidente da comissão para que o «provocador» se expusesse e jamais uma resposta directa ao «provocador».
Assim ficou tudo igual: «provocador abandalhante» e «provocado indignado», com a diferença de que o «provocador abandalhante» sabia que contava com o controlo da informação.
Resultado: o aparelho de propaganda encarregou-se e cumpriu conforme planeado; e hoje ninguém conhece o teor das «provocações» do deputado do PS e, do incidente, apenas se sabe que a deputada eleita pelo PSD «chamou palhaço» a um pobre e «ofendido» deputado socialista.
Foi fácil inverter tudo e dar uma enorme machadada no prestígio da Assembleia da República, isto é, na oposição ou, melhor ainda, no PSD – um PSD que, via Luis Delgado da Sic Notícias, a propaganda de Sócrates tem o desplante de dizer que está tão mal, tão mal que nem sequer tem um líder «legitimado»!
Paralelamente, o já conhecido e trauliteiro deputado do PS, Ricardo Rodrigues, lamuriava-se com a pressão da oposição que não deixa o coitado do governo governar tornando a Assembleia da República um centro de bloqueio da governabilidade e causa de grave instabilidade das instituições democráticas.
E via-se-lhe bem o sorriso irónico quando dizia que o orçamento rectificativo era questão do governo e que a Assembleia era para legislar.
É claro que ninguém lhe perguntou o que é esse instrumento de governo, que é um orçamento, «vai fazer» à Assembleia da República se «as coisas» de governo só competem ao governo?! E se um orçamento não tem nada a ver com a Assembleia porque é que o Conselho de Ministros não resolve tudo!? Ou se ele acha que a Assembleia, no actual quadro constitucional, apenas serve para «secretariar» o governo!?
E, obviamente, o deputado socialista pediu, em nome do PS e aparentemente também do governo, a intervenção ou «ajuda» do Presidente da República porque, preocupação estranha e inédita, lhe parece agora importante e urgente que se saiba o que Cavaco Silva pensa da situação.
Enfim, nota-se algum «afinamento» no aparelho da propaganda.
O que deve exigir ao PSD um especial cuidado na escolha dos deputados das comissões parlamentares que, sendo nesta fase um instrumento fundamental de fiscalização da perigosa acção do governo, têm de ser intransigentemente protegidas das previsíveis tentativas de «abandalhamento» pelo PS.

Agora os tempos são para profissionais - não é tempo de infantilidades de meninas caprichosas e «convencidas» …

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