Sócrates e o PS prometeram dialogar.
Parecia-lhes uma imposição popular expressa nos resultados eleitorais.
Até escolheram para presidente do grupo parlamentar um socialista que seria o exemplo do político experimentado na negociação e hábil na obtenção de consensos.
Francisco Assis foi mesmo elevado pela propaganda oficial e oficiosa ao máximo expoente da moderação o que deixou toda a gente estupefacta atendendo ao seu passado de trauliteiro eterno perdedor.
Sem surpresas, Sócrates mostra agora o seu pensamento sobre «diálogo».
E ficamos a saber que dialogar significa «não negociar», obrigar todos a calar e acatar, impôr sem condições nem explicações.
E vemos todos os dias a moderação de Francisco Assis: em cada frase que soletra, dirige sistematicamente três insultos ao PSD antes de rematar com a sua tristeza por ver o PSD, a «alternativa de governo», a comportar-se tão mal.
E não é só ele que insiste nesta tecla.
Chego mesmo a pensar que o PS ficará completamente deserto, sem líderes, ministros, deputados, «comentaristas e jornalistas», no dia em que o PSD «correr» com Manuela Ferreira Leite.
Nem Sócrates escapará à «tentação PSD»!
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