Até quando?

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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O Bom Serviço de Mário Crespo a Sócrates

Mário Crespo, da SIC Notícias, colocou-se mais uma vez no centro das atenções.
Diz-se o tema privilegiado de um encontro informal de governantes, a figura central das preocupações de uma pequeníssima tertúlia ocasional de ministros, o inimigo a abater pelos poderosos.
Mário Crespo coloca-se acima de matérias como o Orçamento do Estado e sente-se perseguido impiedosamente pelos malfeitores dos tempos modernos.
E tudo isto a partir de um restaurante e com fundamento na audição apurada de um cliente que, entre duas colheradas e um copo de bom tinto, escuta as conversas alheias nas mesas do lado.
À falta de mais precisão da conversa escutada e da identificação do tal executivo de televisão também membro da tertúlia governativa esta história da perseguição de Mário Crespo não passa de mais uma historieta.
Não há dúvida quanto à capacidade da Sócrates e dos seus ocasionais acompanhantes baixarem ao nível intelectual, técnico e ético de Mário Crespo.
Do mesmo modo não se questiona a monumental auto satisfação do inchado ego de Mário Crespo por encher as bocas do mundo que, certamente, lhe não regatearão encómios e as protecções devidas às vítimas injustiçadas.
O problema está na credibilidade de toda esta tramóia.
A estar tudo como ficou, mais uma vez Mário Crespo prestou um relevante bom serviço a Sócrates.
É que esta rábula de restaurante e má língua não deixará de constar do acervo de pequenas historietas com que a contra-informação oficial há-de demonstrar como e quão perseguido foi o infeliz primeiro ministro Sócrates, essa alma angustiada pela crise internacional e pela má fé das oposições.
E quando se falar de coisas sérias, o que há-de prevalecer é a conveniente mistura das historietas com as histórias.
As histórias serão reduzidas a historietas de restaurante, almoços e espreitadelas entre vizinhos de repasto e Sócrates nunca terá ouvido falar de Freeport nem de Vara nem de Faces Ocultas.
Só maquinações – coitado de Sócrates, dir-se-á.
Só é pena que o Instituto Francisco Sá Carneiro tenha notado esta nova saga de perseguições contra Mário Crespo como matéria de estudo e análise política.

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