Francisco Sá Carneiro anunciou e entrou em ruptura quando decidiu escrever os conhecidos artigos intitulados o «Impasse».
Cavaco Silva entrou em ruptura quando, com Eurico de Melo, avançou em campanha eleitoral interna para vencer o célebre Congresso da Figueira da Foz e provocar a queda do governo do chamado Bloco Central.
Em ambos os casos, não foi fácil o combate que tiveram de travar contra uma pseudo «aristocracia» que qualificava Sá Carneiro de personalidade instável, irritável e truculenta e limitava Cavaco Silva à condição de economista com visão de contabilista, socialmente «sem berço» e politicamente um mero militante formal desligado da vida do partido.
O resultado destas rupturas com as políticas socialistas é conhecido: ao marasmo geral sucederam-se tempos de mobilização, estabilidade política e institucional, de autoridade democrática, desenvolvimento e progresso, de respeitabilidade perante o exterior.
Paulo Rangel está perante situação análoga.
As políticas socialistas conduziram o País a um beco sem saida, à paralisia económica, à degradação da actividade política, ineficiência do sistema educativo, ao impasse na Justiça, ao oportunismo e corrupção ao mais alto nível, à mentira, ao conformismo e à indiferença social.
Paulo Rangel terá percebido que, mais uma vez, já não bastam os clássicos paliativos tão de agrado dos pseudo «aristocratas» das políticas de salão – ele sabe, certamente, que do fundo do poço a única evolução possível é mesmo sair do poço, encher, encerrar e abandoná-lo de vez.
É por isso, parece-me, que propõe ao PSD uma nova orientação: a ruptura com as estafadas políticas socialistas e o arranque para novos tempos de mobilização e afirmação, sem preconceitos, de políticas novas, adequadas e coordenadas.
Não sei quantos anos de militância no PSD conta Paulo Rangel.
O que sei é que, pelo menos, serviu ao PSD para membro de governo, deputado nacional, líder parlamentar e deputado europeu.
E o que sei também é que, com trinta e cinco (corrigido do texto original) anos e sete meses de militância no PSD, voltei a sentir o velho entusiasmo e vontade de participar, voltei a sentir a esperança de ser membro de um partido activo, respeitado e mobilizado, de um partido de ruptura com os interesses ilegítimos geradores do impasse nacional.
É por isso que votarei em Paulo Rangel.
1 comentário:
Nao há dúvida que precisamos de respirar outros ares,o País não avança,se é com Paulo Rangel,não sei! mas que isto precisa de um abanão, e romper com esta elite sem moral, que tresunda a favores entre eles, e geradoras de injustiças é verdade, também penso que Paulo Rangel, é capaz de por travão a esta calamidade socialista, e defender o MÉRITO, em vez do compadrio e da cunha, carateristica da mentalidade reinante há muito tempo no nosso Pais.
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