Aguardava eu, pacientemente, que o gestor do banco me atendesse quando reparei que outro cliente saía esmorecido, sem alma, a murmurar que não aguentava mais e ia mas era comprar uma corda.
«O banco não lhe emprestou mais dinheiro?» - abeirei-me, todo gaiteiro.
E perante a resposta afirmativa não contive o meu sentido de responsabilidade: «peço-lhe desculpa».
Mas, «o senhor é do banco? Também é especulador?» - perguntou incrédulo o meu colega cliente.
«Não, pelo contrário, não sou, não senhor, não tenho nada a ver com essa gente!» - respondi - «eu também só queria um empréstimo mas os bancos mandaram-me comer menos sopa e reduzir no hambúrguer e na lata de sardinha. É por isso que lhe peço muita desculpa!»
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