Não estou em condições de avaliar os fundamentos e consequências do novo «pacote» de medidas tomadas pelo governo para executar o progama de ajustamento das nossas finanças e da economia nacional.
Falta-me competência técnica e informação.
Mas acho estranha a reacção de empresários e gestores à baixa da Taxa Social Única.
O Ministro das Finanças foi claro quanto às expectativas da execução desta medida.
Não espera que, numa primeira fase, os empresáros contratem mais trabalhadores.
O efeito imediato seria a baixa dos preços dos produtos produzidos e comercializados em resultado da baixa dos custos de produção e o natural aumento do consumo.
Parece normal e natural num mercado animado por agentes sérios e conscientes das suas responsabilidades profissionais e cívicas.
Infelizmente, o governo parece ter-se enganado: os empresários, especialmente os comerciantes, já fizeram contas e já demonstraram a intenção de transformar essa poupança nos custos de podução em margem de lucro.
Provavelmente, com é habitual, até vão aproveitar esta «mexida» para aumentar os preços.
Seria bom que o governo vigiasse e «acompanhasse», de muito perto, a execução de tudo isto, a repercussão desta «folga» na formação de preços … e tirasse os devidas consequências na orientação do mercado interno, designadamente no comportamento dos empresários.
É que o Estado, além do mais, é um cliente … e como cliente, nem precisa de usar a autoridade política que a dignidade do Estado lhe dá – basta optar livremente nas compras e nas contratações de serviços!
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