O que se tem passado em torno do bairro da Bela Vista de Setúbal é bem significativo do ambiente que, artificialmente, se cria à volta do governo.
No bairro da Bela Vista, um gangue profissional do crime, quis intimidar a polícia e provocou desacatos graves.
Contra a esmagadora maioria da população do bairro que só quer viver em paz e rejeita a existência e as acções destes violentos gangues, meia dúzia de marginais vieram para a rua, insultaram os agentes policiais, agrediram-nos à pedrada, incendiaram caixotes de lixo e, principalmente, fizeram muito ruido durante algumas horas.
Tratou-se de um incidente habitual tendo como causa a morte, por acidente de viação, de um indivíduo que «fugia» à polícia depois de ter praticado um assalto.
As Televisões, durante pelo menos três dias, transformaram o mero e banal incidente de natureza criminosa e o normal cumprimento, pela polícia, do dever de impôr a autoridade do Estado, combater o crime e repôr a ordem pública, em autêntica guerra civil insistindo sempre em dar crédito à versão dos criminosos que acusavam a polícia de ter «abatido a tiro» o assaltante fugitivo.
Desprezaram, por completo, a maioria da população em favor de um reduzido gangue de meia dúzia de criminosos.
O mesmo se passa com o tão «apregoado» protesto «geral» contra o governo e a exigência do «povo» de derrube do governo e «novas políticas».
Organizações políticas orientadas e financiadas pelo Partido Comunista e pelo Bloco de Esquerda, sempre rejeitadas pelo voto popular, reúnem os seus profissionais da agitação, desdobram-se em «plataformas», «seitas de indignados» e outros gangues, delegados sindicais e de comissões de trabalhadores a tempo inteiro, juntam alguns «desocupados» bem instalados, organizam excursões em todo o país sem custos para os excusionistas, excitam alguns jovens de «mesadas» bem simpáticas mas sem qualquer interesse, necessidade, vocação ou vontade de estudar ou trabalhar e circulam por esse país fora a fazer manifestações, a injuriar membros do governo, a fazer «barulho» e exibirem-se, enfim, a «exigir novo governo e novas políticas».
E as Televisões sempre atrás deles, onde quer que seja, em «directos» de todos os cantos do país, com todos os meios técnicos e todas as técnicas de «planos abertos e planos fehados» e todo o tempo de antena à disposição … a transformar meia dúzia de profissionais e outros tantos desocupados em autênticas «revoluções populares» ou «levantamentos populares»!
Só há um problema: é que o Povo, a esmagadora maiora da população, a «maioria silenciosa» que fica em casa ou a que sai para a rua mas para trabalhar ou procurar trabalho, um dia há-de perder a paciência e reagir contra a manipulação, a mentira, a mistificação, as contraproducentes inutilidades públicas em que se transformaram as Televisões portuguesas … tal e qual a maioria da população do bairro da Bela Vista que há-de expulsar de vez, e talvez violentamente, os gangues de criminosos e as Televisões suas «cúmplices objectivas» que, agora, lhes mancham a honra e dignidade com tanta «má fama» e tanta indignidade!
É urgente libertar a sociedade portuguesa desta nefasta opressão «a três», alargar o pluralismo da Informação televisisva e escancarar o sector à livre concorrência autorizando a criação sem limites de novas estações de Televisão – e as que se «aguentarem, aguentam-se e as que cairem, cairão … porque não fazem falta nenhuma!
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