Deve pois ser acompanhado com a maior atenção pelos pais e
filhos, pelas instituições locais e nacionais e pelo Estado descentralizado e
central.
Este ano, não sei bem porquê, acompanhei o lançamento das
novas bases do futuro de Portugal através da TVI da Dona Constança.
Resultado: não faço a menor ideia de quantas escolas estão
em funcionamento, quantas crianças se iniciaram no ensino obrigatório, quantos
professores estão no sistema educativo, nada sobre programas pedagógicos, nada
de nada, não faço a menor ideia sobre a abertura do ano lectivo este ano.
O estranho é que a TVI da dona Constança e do senhor
Magalhães esforçou-se e deslocou-se mesmo a várias escolas e localidades,
algumas delas bem distantes, procurando, em escolas sem problemas, singelas
turmas com problemas, pais irresponsáveis e autarcas sediciosos e usurpadores
de funções.
Mas a TVI, em vez de me descrever o que se passou no País,
preferiu dar-me a conhecer que, algures no Tropeço, uma escola que devia estar
fechada abriu com meia dúzia de alunos por ordem dos pais e do presidente da
junta de freguesia.
A TVI da dona Constança quis ensinar-me que pais e
presidente da junta de freguesia acharam que podiam substituir-se à lei e aos
Tribunais conferindo, eles próprios, efeito suspensivo a um requerimento de
procedimento cautelar e acharam também que podiam substituir-se ao Ministério
da Educação contratando professores para aquela «escola» clandestina.
Enfim, ouvi a TVI da dona Constança e fiquei sem perceber
nada, sem saber nada de essencial do que se passou na abertura do ano lectivo.
Percebe-se.
O objectivo da TVI da dona Constança não é informar; é gerar
a maior confusão e a ideia de que nada se faz com normalidade.
E, desta vez, a TVI da dona Constança e do senhor Magalhães
mais outros socialistas não decepcionou ninguém!
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