Eu sei que são difíceis estes «fretes para fazer de conta»
de que se é imparcial e objectivo na análise e no tratamento da Informação.
Por isso compreendo a angústia do entrevistador, o senhor
Magalhães da TVI, o conhecido correligionário da dona Constança também da TVI.
Esta entrevista tinha todos ingredientes de «acto inútil»
mas necessário para cumprir calendário pois é óbvio que tanto a TVI da dona
Constança como a dona Constança propriamente dita bem como o senhor Magalhães,
também da TVI da dona Constança e outros socialistas, há muito que decidiram
engrossar as hostes de António Costa.
Daí o enorme esforço do senhor Magalhães para inutilizar as
respostas de António Seguro e, simultaneamente, aproveitar o momento para
converter a entrevista com Seguro em propaganda de Costa.
E tudo estava a correr bem a António Costa, graças à destreza
que o senhor Magalhães da TVI punha na sua prestação.
Mas, subitamente, o entrevistador socialista, senhor
Magalhães, não conseguiu conter-se e decidiu insistir nas altas qualidades
referenciais (como diria o senhor Mário Crespo) da aristocracia na política
socialista.
Seguro não caiu nessa armadilha e manteve-se fiel à essência
da democracia.
E não houve insistência que o demovesse: cada voto vale
apenas um voto seja ele expresso através de caneta dourada ou através de
esferográfica de plástico da BIC – em concreto, o voto de Mário Soares vale o
mesmo que o voto de qualquer militante.
O senhor Magalhães até metia pena – aquela tirada elitista, naquele
contexto de propaganda de António Costa, saiu-lhe muito mal e até os cadafalsos
da revolução francesa quase ruiram tal foi o abanão.
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