Até quando?

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terça-feira, 23 de setembro de 2014

O dilúvio no dilúvio das festas de Costa em Lisboa

Uma simples chuvada de trovoada, típica em climas como o nosso, e Lisboa entrou em estado de sítio.

Largas praças, estreitas ruas e longas avenidas transformaram-se em rios de águas e lama e criaram enormes prejuízos a comerciantes e industriais lisboetas.

Foi um autêntico dilúvio!

O estranho é que as ruas, praças e avenidas já estão no mesmo local há muitas e muitas décadas; e a chuva sempre caiu nessas mesmas ruas, praças e avenidas, com a mesma intensidade ou às vezes, até mais próxima do dilúvio.

Sabendo-se que, na autarquia, dinheiro não falta para todas as mordomias, alguma coisa foi negligenciada na nossa capital pela Câmara Municipal de Lisboa, pelas juntas de freguesia da cidade de Lisboa e pelos serviços municipalizados de Lisboa do ambiente, de higiene e da limpeza.

E só vejo uma coisa: excesso de festas e foguetório em clima de indiferença geral pelas condições concretas da vida urbana, incapacidade gestão designadamente de previsão meteorológica, falta de limpeza e fiscalização das sarjetas e da rede de esgotos, a acumulação de lixos e toda a natural espécie de detritos humanos e da natureza em locais onde as águas pluviais costumam escoar-se.

António Costa é o primeiro responsável.

Mas compreende-se que a Câmara Municipal de Lisboa não possa «chegar a todo o lado».

·         O programa de festas da cidade tem sido inusitadamente intenso e a cidade vive há muitos meses «sempre em festa», com a mobilização total de todos os recursos camarários para acudir a tanto foguetório.

·         Os serviços de limpeza ocupam-se com enorme esforço do que está à vista, isto é, de ciclovias, esplanadas nos telhados, elevadores de milhão de euros para ver os mesmos telhados e eventos de variada natureza no Terreiro do Paço e nos jardins públicos.

·         Os serviços de segurança urbana estão muito preenchidos e exauridos com ocupações mais visíveis e, portanto, prioritárias, como a segurança de maratonas e outros passeatas espectaculares, concertos de rock ao ar livre e outras manifestações culturais que sempre deixam para limpar toneladas de vidro, plástico, papel e outros detritos  como espinhas de sardinha e ossos de costeletas de porco ou cascas de tremoços e amendoins.

·         O Presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, anda numa roda viva, sem descanso, pisando tudo quanto é canto na cidade mas sobretudo no País todo, incluindo as ilhas atlânticas, a ver se dá cabo de António Seguro e se ocupa o seu lugar no PS.


Ora, perante um quadro destes de trabalhos quase forçados a organizar e executar tantas e tamanhas festividades, quem é que se lembraria de limpar as praças, ruas e avenidas, as sarjetas, a rede de esgotos e as valetas, estaleiros de obras e outros acampamentos de resquícios culturais da cidade de Lisboa?   

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