Até quando?

... o primeiro grande problema é que o PSD precisa de uma OPOSIÇÃO SÉRIA com uma direita coesa e forte mas só encontra alcoviteiras e trailiteiros. Até quando?

quarta-feira, 10 de junho de 2020

O PSD É IMPREVISÍVEL

A história vai repetir-se. O Poder instalado cairá, outra vez. Não vale a pena resistir à inevitável associação entre PS e PSD. Costa precisa de Rui Rio para sobreviver como Mário Soares precisava do líder liberal, João Salgueiro e seus apoiantes da élite empresarial congregada no topo da CIP.
Costa precisa e Rui Rio quer. Marcelo vê, 40 anos depois, realizado o seu velho projecto político de desmantelamento do PSD e junção com o PS, ou constituição de mera facção do PS, à sombra da Internacional Socialista. Ficará enterrado, definitivamente, o líder eterno da social democracia, Francisco Sá Carneiro. E passará à real aposentação política Cavaco Silva, a referência principal da concretização da social democracia em Portugal.
Mas o PSD é imprevisível e, novamente, a revolta virá. Inevitavelmente.
Em 1985, o PS mantinha-se no poder graças ao apoio do PSD, materializado na submissão total deste partido aos interesses do PS, na coligação chamada Bloco Central.
A situação do País degradava-se, a bancarrota espreitava, a dívida pública crescia sob a vigilância do credor FMI, os serviços públicos não satisfaziam as necessidades e o PSD sonambulava, apático e submisso aos interesses e agenda do PS.
No PSD gerou-se um movimento de revolta e restauração, liderado por Cavaco Silva e Eurico de Melo. Com a hostilidade da imprensa e TV, os dois líderes sociais democratas enfrentaram as calúnias e difamações do PS, comunistas e instalados do PSD; prosseguiram um árduo e solitário caminho, disciplinada e paulatinamente, até ao célebre Congresso da Figueira da Foz.
Contra a expectativa dos situacionistas que, como hoje, ameaçavam com a destruição total do PSD sem o suporte da ligação ao PS, os revoltosos Cavaco Silva e Eurico de Melo venceram. O Congresso da Figueira da Foz foi a grande viragem do PSD, de Portugal e até do PS. O PSD reganhou vida própria, o Bloco Central caiu, seguiram-se eleições e o PSD iniciou um período de mais de 10 anos de responsabilidade de Governo e posteriores 10 anos na Presidência da República. Os portugueses começaram a ter futuro.
A história é simples e vai repetir-se. Experiência fugaz da aliança, degradação política e social, a revolta no PSD, um novo líder, social democrata, corajoso e vencedor, a Mudança! Inevitável! Também Soares foi dono disto tudo e acabou na indigência política. Também João Salgueiro era a estrela que brilhava na comunicação social, no mundo empresarial, na memória dos sociais democratas situacionistas. E acabou … decentemente rendido à derrota dos falsos apoios. Também Costa e Rui Rio acabarão apenas memória! Triste memória, as referências da nova bancarrota socialista!

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