Até quando?

... o primeiro grande problema é que o PSD precisa de uma OPOSIÇÃO SÉRIA com uma direita coesa e forte mas só encontra alcoviteiras e trailiteiros. Até quando?

terça-feira, 30 de junho de 2020

SÁ CARNEIRO E OPOSIÇÃO


A «REVOLTA» E O INTERESSE NACIONAL
Ninguém hoje tem dúvidas de que o governo Costa goza do apoio geral do Bloco de Esquerda e do PC na Assembleia da República e na rua. Ostensivamente, o próprio Bloco estende esse apoio à preparação da opinião pública para aceitar medidas que o governo tenciona implementar. Exemplo actual, a propaganda pró nacionalização da TAP.
Não há, pois, qualquer justificação para que a direcção do PSD manifeste permanente intenção de apoiar o governo, apoio, aliás, que sistematicamente vem sendo ridicularizado e rejeitado por dirigentes, deputados e militantes do PS.
Em circunstâncias análogas de tentativa de adormecimento do PSD, Sá carneiro determinou o sentido de «interesse nacional» e ensinou o seguinte:
 “Dispondo o governo de apoio parlamentar maioritário, o nosso papel, como oposição, deve ser o da crítica exigente e não o da cooperação em nome do interesse nacional, pelo contrário, a defesa deste exige de nós que desempenhemos o papel habitual de oposição em democracia, denunciando erros, apontando defeitos, apontando soluções alternativas, mas não negociando o conteúdo das leis, não efetuando acordos pontuais ou globais, não transigindo com a política do governo”.
Com o governo socialista, o PS berra contra a incapacidade da administração, o governo acrescenta incerteza à economia com a saga da TAP, a administração pública paralisa ou desmantela-se em contradições, agrava-se a crise económica e social, a fome alastra, empresas não reabrem e fecham, o desemprego aumenta, o défice orçamental sobe, a dívida pública esmaga, o investimento está cancelado.
É urgente quebrar o Impasse e anunciar a Mudança.
A defesa do interesse nacional exige, hoje, à semelhança de 1383, libertar o «povo miúdo» de «todas as grilhetas económico-sociais» que lhe «peam os movimentos», tocar «a rebate os sinos» para levantar os amotinados e entregar este «impulso de cólera colectiva» á direcção de um «homem-bom» escolhido por todos.
Não vale a pena esperar pela explosão de uma qualquer «rebelião espontânea». Ela deverá ser preparada e organizada por um líder actual ou nascente, à frente de um grupo coeso e unido na defesa intransigente do interesse nacional.
Ultrapassada a «hesitação» geral, ao PSD estará reservada a missão determinante de anunciar o projecto e organizar, dirigir e mobilizar a revolta que se impõe: a queda do governo incompetente e ruinoso, eleições e MUDANÇA.

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