O PS é um partido que todos os dias nos surpreende.
Já vimos como o PS homenageia permanentemente os seus
defuntos ressuscitando os militantes mortos em períodos eleitorais.
Vimos também, através do retrato feito por António Costa,
como o PS é capaz de mobilizar mortos, doentes acamados e emigrantes para votar
na escolha de dirigentes.
Mas soubemos, também pelo testemunho de António Costa, da
grande capacidade dos socialistas para organizar e desenvolver campanhas lamentáveis
e repugnantes.
Hoje a fonte é outra mas as novidades são também de grande
alcance.
Afinal, o PS é um partido onde se pratica o «assalto ao
poder», uma espécie de golpe de estado interno de que emergem, em regra, sistemas
políticos designados de «centralismo democrático», em que o sufrágio universal
e o voto democrático são substituídos pela força de poderes invisíveis,
económico ou outros, pelo oportunismo de protagonistas dissimulados e pela
violência típica de todos os assaltos.
Não sei se é mau ou bom para a democracia portuguesa mas sei
agora, através do próprio secretário-geral, António Seguro, que há dirigentes
ou candidatos a dirigentes que, impunemente, se dedicam ao «assalto ao poder»
dentro do PS.