Um dos António’s do PS, o Seguro, não está com meias
medidas: ele recusa-se a negociar com o PSD.
O líder do PSD, Dr. Pedro Passos Coelho, desafiou Seguro
para, em conjunto, os dois partidos negociarem uma reforma da segurança social
que garantisse a sua sustentabilidade.
Obtidos, na Assembleia da República, os votos dos dois
maiores partidos, acrescidos dos do CDS/PP, ficaria ultrapassado o principal travão
do desenvolvimento institucional, herdado ainda dos velhos tempos da ocupação
ilegítima do Poder pelos comunistas do PC.
E o Tribunal Constitucional já não poderia impôr os seus
estranhos critérios de equidade e de igualdade, com os quais tem bloqueado uma
reforma garante da sustentabilidade da Segurança Social e da modernização do
Estado Social.
Diz o líder dos socialistas que não, que não está
interessado numa reforma e que vai contentar-se em apresentar umas linhas gerais da segurança social.
E, reiterando que nada quer mudar em Portugal, diz mais o
líder dos socialistas: ele vai conversar na Assembleia da República com os
outros partidos à sua «esquerda», isto é, com os comunistas do PC e do Bloco de
Esquerda (?).
E aqui deparamo-nos com outra bizarria: só por ironia se
pode dizer que os comunistas são de «esquerda» e se pode um democrata pretender aliar-se a
eles.
É que nos tempos em que era Poder (ilegítimo mas Poder de
facto e não foi assim há tanto tempo), o Partido Comunista combatia «contra as greves que voltam trabalhadores
contra o governo» - e não sei se isso é pensamento de «esquerda» nem se
satisfaz as exigências democráticas do PS.
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