Mas o PS tem uma força interior que o distingue de todos os
outros partidos: quando a ordem é pagar as quotas ninguém escapa, todos pagam.
Até parece milagre: os doentes levantam-se e vão à sede
pagar, os mortos andam e vão à sede pagar, os emigrantes regressam a Portugal
para ir à sede e pagar.
E sempre que há votação para escolha de líder, ninguém fica
em casa: doentes acamados, mortos e emigrantes lá vão todos «botar» o voto,
formando enormes filas a que costumam chamar grandes bichas.
No PS, há candidatos a líder que compram votos ou ressuscitam
mortos para receber o benefício dos respectivos votos.
Há, também no PS, no seu universo militante e directivo,
muitas pessoas que fazem toda a sua vida procurando não deixar marca.
Serão talvez meros burocratas mas são, certamente, os políticos
de vistas curtas que preponderam junto das direcções.
São pessoas que singram no aparelho mas que nunca aceitam
desafios difíceis.
Mas nem tudo são rosas no PS.
Lá bem dentro do PS, e essa será outra marca distintiva, há
pessoas que são especialistas e que organizam e desenvolvem contra os seus
irmãos socialistas, campanhas lamentáveis e repugnantes.
A fonte caracterizadora deste PS é credível: é interna e
chama-se António Costa.
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