Até quando?

... o primeiro grande problema é que o PSD precisa de uma direita coesa e forte mas o segundo é que a direita também precisa de um PSD vivo e confiável! Até quando?

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

A patética guerra contra a verdade

A «Informação Oficial» e os «Informadores do costume» não gostaram nada da intervenção do  Primeiro Ministro, Dr. Pedro Passos Coelho, no encerramento das jornadas parlamentares conjuntas do PSD e do CDS.

Marcelo Rebelo de Sousa, que se sentiu «tocado» não se percebe bem porquê, admitiu mesmo perante o gáudio indisfarçado da colega da Dona Constança, a senhora Judite de Sousa, que o discurso de Passos Coelho mostra que a coligação estará em fase terminal de estrondosa queda.

O comentador parece ter virado «bruxo» ou terá entrado mesmo em modo de competição com a conhecida Maya das cartas.

Mas o problema será outro: Passos Coelho pôs a mão inteira na ferida e mostrou quão vasta e irresponsável tem sido a conspiração da mentira e da falsificação contra o Governo e a maioria parlamentar.

E aquela gente, habituada a exibir a pesporrência e a cosmética, confortavelmente, nos corredores da inimputabilidade, recebeu um surpreendente e enorme choque de responsabilização.

Por esta é que eles não esperavam!

Para que ninguém seja enganado pelos glosadores do costume, para que ninguém fique com dúvidas, inclusivé o comentador Marcelo Rebelo de Sousa, aqui fica transcrita, na parte que irrita aquela gente que todos os dias informa mal os portugueses, os comentadores e analistas, a intervenção do Primeiro Ministro, Dr. Pedro Passos Coelho, tal como foi dita, sem interpretações, sem invenções, sem falsificações.

 “Fomos nós que impusémos estas regras de escrutínio e transparência que são geradoras de confiança para a sociedade portuguesa.

E, por isso, hoje todos os deputados, todos os deputados, todos os analistas, todos os   comentadores podem olhar para os números e saber o que eles significam.

Pena que, neste exercício de coerência, tantos sejam preguiçosos.

Este é o orçamento, desde que entrámos no euro, que claramente aponta para uma meta abaixo de três por cento do défice.

Este orçamento mostra que, ao longo destes anos, nós reduzimos a despesa pública de forma sensível.
E se não a reduzimos mais, não foi por não termos tido a coragem de ir mais longe.

Foi pelas restrições de natureza jurídico-constitucional que são conhecidas.

Tivemos, por isso, um contributo maior da receita do que aquele que desejámos desde o início.
Mas, no período de quatro anos, teremos tido, para a redução do défice, um contributo mais ou menos equivalente do lado da despesa e do lado da receita.

Só não foi mais do lado da despesa porque não nos deixaram que fosse assim.

Este orçamento mostra, também, que nós, se não tivéssemos às nossas costas um stock de dívida imenso, dívida que não foi contraída por nós, e se não fosse o serviço dessa dívida, já hoje poderíamos estar a discutir o reforço do investimento público, desde que fosse bom evidentemente, e a reforçar políticas públicas essenciais.

Não apenas no plano social, que é importante, mas também no plano do Estado, das políticas de soberania que precisam de ser reforçadas.

Teremos, portanto, um excedente orçamental se descontarmos o peso dos juros que pagámos dessa dívida.
E, se descontarmos os juros que pagámos, então também percebemos que essa despesa pública caiu sensivelmente.

E continua a cair quando isolamos os efeitos dos cortes salariais.
Mesmo assim também cai.

Pasme-se!

Imensa gente escreveu e anunciou publicamente que não era assim, que estamos como estávamos em 2011, que a despesa não mexeu, que estamos na mesma.

 É, portanto, oficial, se ouvirmos as televisões, se lermos os jornais, é oficial: os cortes não existiram, os sacrifícios e a austeridade não existiram, os portugueses estão equivocados, estamos como estávamos em 2011.

Chega a ser patético verificar a dificuldade de gente que se diz independente em assumir que errou, que foi preguiçosa, que não leu, que não estudou, que não comparou, que não se interessou a não ser em causar uma boa impressão, que não se interessou a não ser em dizer   «Maria vai com as «outras», que não se interessou a não ser em dizer como toda a gente porque lhe fica bem.

Quando o governo erra exige-se que peça desculpa e dê a mão à palmatória.

Digo-o com toda a humildade, já aconteceu.

Não há ninguém que não cometa erros, não há ninguém que possa assegurar que faz sempre tudo correctamente.


Mas, se nós podemos reconhecer os nossos erros e pedir desculpa por isso, porque é que aqueles que todos os dias informam os portugueses, e informam mal, não hão-de dar a mão à palmatória e não hão-de pedir desculpa e não hão-de dar aos portugueses o direito, que eles têm, que é de ter uma Informação Isenta e Rigorosa?”

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