Até quando?

... o primeiro grande problema é que o PSD precisa de uma direita coesa e forte mas o segundo é que a direita também precisa de um PSD vivo e confiável! Até quando?

sábado, 4 de outubro de 2014

Os farsantes típicos ... à portuguesa!

Portugal tem a rara sorte de ter cidadãos como Manuela Ferreira Leite e Marinho Pinto.

Manuela Ferreira Leite nasceu rica e despreza muito solenemente gente que viva em apartamentos T2, em particular da Amadora.
Na sua vida só se enganou uma vez: quando se filiou no PSD.

Pensava a madame que o partido era uma agremiação de burgueses ricos e aristocratas ainda não falidos, uma espécie de clube de meninas finas com reserva do direito de admissão, uma tertúlia de «gente bem», muito bem apessoada e melhor instalada em luxuosas vivendas ou enormes apartamentos de condomínios amplos e fechados.
Nada de pobrezas, nada de criadagem!

Mas, não é que lhe saiu na rifa um partido que era e é uma confusão de todo o tamanho, tudo à mistura, letrados e iletrados, gente rica e gente muito pobre, patrões e empregados, rurais e urbanos, operários e engenheiros, doutores e mecânicos, enfim, saiu-lhe um partido de massas, de trabalhadores e de toda a gente que gosta de T2’s,  seja na Amadora ou em qualquer lado.
Que horror, tanta criadagem a misturar-se c’a gente, que mau aspecto!

E foi assim que, até hoje, nunca mais sublimou as suas enormes frustrações, que nunca mais deixou de andar danada com tudo e todos, com a vida!

Marinho Pinto desenvolveu uma grave patologia desde pequenino, quando era assolado à noite por medos horríveis, por monstros disformes que não paravam de o perseguir.
Sonhou e sonha ainda que hoje vive cercado e perseguido por gente «desonesta» e decidiu que haveria de dedicar-se à nobre missão de defender a «honestidade» e combater contra a desonestidade.

Em nome da «honestidade», serviu-se de um partido que sempre detestou, aproveitou-se da ingenuidade dos seus dirigentes e, sob a bandeira desse partido, conseguiu iniciar a carreira de político profissional, carreira que, aliás, demorou uma vida a combater, que sempre desprezou e que sempre reservou para as inutilidades públicas.
Graças aos favores do MPT, entrou pela porta grande da política e chegou ao cargo político de deputado europeu – tornou-se político profissional.

Logo que se instalou, começou o seu combate pela «honestidade» e arrancou com a saga contra as elevadas remunerações dos deputados europeus, isto é, de si próprio; mas continuou a usar todas as mordomias que simultaneamente dizia combater, nunca pensou que, em nome da «honestidade», deveria abandonar, em sinal de protesto e em nome da honestidade, o tacho que o MPT lhe tinha dado.
Concluido o golpe sobre a ingenuidade dos dirigentes, começou a dizer mal do MPT mas não se foi embora, não ofereceu aos pobres as malditas remunerações de deputado, não abandonou o privilégio de ser deputado europeu eleito sob a marca e em lista do tal MPT.

Continuou serenamente, talvez como independente, como todos os outros, os que são contra e os que se abstêm de comentar mas que são honestos e leais aos partidos à sombra dos quais foram eleitos!
Agora, que começa a ficar rico com as criticadas mas nunca prescindidas elevadas remunerações de deputado europeu, decidiu criar um partido.

Um partido só seu … e em nome da «Honestidade».
Ora, ora, nem mais.

Tipicamente portuguesas estas figuras … muito honestas e frontais, muito sensíveis para com os pobrezinhos.

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