Não sei porquê mas o senhor juiz de direito é parecido,
demasiado para o meu gosto, com os senhores Arménio Carlos e Mário Nogueira ou
com a dona Constança da TVI nos seus raros momentos de acalmia e tranquilidade.
O senhor juiz de direito, que defende a independência dos juízes
de direito metendo-os todos na dependência dos estatutos de uma associação, não
ignora que os tribunais sempre funcionaram mesmo quando não havia computadores
nem sistemas informáticos.
E não serão os juízes de direito os principais responsáveis
pelo bom ou mau funcionamento dos tribunais?
Ou, será que o uso do Citius é obrigatório e foram já dissolvidas
as secções «central» dos tribunais onde as «partes» ou os «sujeitos processuais»
em geral, directamente ou via CTT, dantes entregavam as suas peças processuais,
assim cumprindo os prazos a que estavam vinculados?
Esta dependência de um Citius sabotado só tem paralelo com o
que se passou com a colocação de professores.
O Ministério da Educação foi surpreendido com um protesto
generalizado dos sindicatos comunistas e socialistas contra a «incompetente colocação»
de professores».
O Ministro Crato foi investigar o ocorrido e verificou que
tinha, de facto, havido erro na colocação de professores.
Com a maior naturalidade, reconheceu o erro dos serviços do
ministério, despediu o responsável pelo erro, corrigiu o erro, e apresentou a
lista de professores colocados já com os erros expurgados.
O curioso é o seguinte: afinal os erros da colocação de
professores só favoreciam professores que se vêm agora desempregados e que,
apesar de não terem condições para tal, haviam sido colocados com base na lista
de professores elaborada com erros.
O ministro Crato parece que está muito agradecido ao senhor
Mário Moreira por, de forma tão prestimosa, ter ajudado o ministério a detectar
os graves erros da colocação de professores.
Pensando melhor e a propósito do Citius, será que houve sabotagem
na colocação de professores e que essa sabotagem, por incompetência dos
sabotadores, se revelou contraproducente?
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