Ontem, sim, ontem foi um grande dia de TV.
A líder dos comunistas do Bloco de Esquerda, Catarina Martins,
foi fazer campanha a um bairro que o jornalista de serviço disse ter quatro mil
habitantes.
Sempre com «planos» fechados, a TV (nem sei qual) faz grande
plano com a cara de Catarina Martins, «dá-me» o discurso todo da líder e mostra
uma «multidão» apertada no écran, sem um espaço para respirar, sem uma ligeira
profundidade para nos localizarmos e, sem uma abertura, mesmo modesta mas simpática, para
compreendermos o contexto.
Nada de paisagem, só bocas e narizes, só cabeças e peitos.
O problema é que, às tantas, o operador da câmara de vídeo
distraiu-se, mostrou o espaço e vimos que Catarina Martins falava para uma
«multidão» de seis habitantes.
É obra, em fim de semana, seis em quatro mil potenciais, é
obra!
Eram mais do dobro os jornalistas e técnicos de TV do que os
expectadores.
O show Catarina
ficou «às moscas»!
Depois, à noite, veio Marcelo Rebelo de Sousa com a
famigerada TVI.
Sobre este grande momento de TV só digo o seguinte: ou o
Professor está perturbado com tantas decepções e desilusões, ou o comentador
está a «segurar» o «cachet» da TVI, não vá a Dona Constança começar a
disparatar, ou o analista veterano foi irremediavelmente contaminado pelo vírus
manipulatório que ataca nos corredores da TVI com enorme ferocidade.
Pedro Passos Coelho tem toda a razão – ele sabe o que diz:
chega a ser patético!
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