Até quando?

... o primeiro grande problema é que o PSD precisa de uma direita coesa e forte mas o segundo é que a direita também precisa de um PSD vivo e confiável! Até quando?

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Afinal, Qual Deles É O Verdadeiro?


Dizia à “Lusa” e segundo o “Sol” o ex-presidente do PS da Madeira, José António Cardoso:
O modelo de José Sócrates tem contribuído para termos hoje «uma sociedade portuguesa numa crise depressiva porque o Estado está a exibir o troféu do aumento das receitas públicas indo aos bolsos dos cidadãos», esquecendo os valores estruturantes do pensamento de esquerda, baseado na pessoa humana;

E quanto ao governo, criticava o «descaramento involuntário com que alguns governantes vêm a público dar conta da evolução das contas públicas», a justiça fiscal que não salvaguarda os direitos básicos dos cidadãos e está a rebentar com as estruturas familiares, colocando-as em situações de falência.

E concluía, ainda a propósito de Sócrates e do governo: «A pretexto que isto é melhor para o pais esqueceu-se de interrogar o que é melhor para as pessoas».

Não é novidade o que nos diz o ex-dirigente socialista.
Novidade é o desassombro com que faz tais afirmações e a expressão pública, que delas resulta, do mal estar que divide uma «família socialista» notória e irreversivelmente desavinda.
O PS está sem rumo e sem liderança, as fracções sentem a ameaça do esvaziamento do partido e os próprios militantes perderam o entusiasmo e o medo.
Sócrates anda em frenesim a vascular os seus arquivos dos últimos três anos para exibir a sua hipotética feição de esquerda.
Mas vem tarde, muito tarde porque já não convence ninguém … já ninguém acredita nem em feições nem em nada.
E se Sócrates aterrorizou e desmantelou a velha sociedade portuguesa com a sua arrogância, autoritarismo, incompetência e insuficiência intelectual e cultural, a nova versão da sua personalidade já o estabeleceu nos domínios do ridículo.
Se antes tínhamos um primeiro ministro inculto e incapaz de compreender o sentido e alcance do conceito «governação», a versão que agora se mostra é a de uma marioneta sem alma e incipiente que berra qualidades que toda a gente vê que não tem nem nunca teve.
Perplexo, o povo regista e acrescenta o anedotário nacional mas os socialistas preocupam-se cada vez mais, pois conhecem a aversão popular às súbitas transmutações de personalidade, às mudanças de carácter, às variações de comportamento social.

Em regra, o povo não se queixa ruidosamente de ser enganado – mas não gosta de o ser, não esquece e reage e vinga-se, à sua maneira, na melhor ocasião ou na maré apropriada.

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