«José Sócrates assinou numerosos projectos de edifícios na Guarda, ao longo da década de 80, cuja autoria os donos das obras garantem não ser dele» - informa o jornal “Público”.
E adianta que o primeiro-ministro, então engenheiro técnico da Câmara da Covilhã, assinava «peças manuscritas, nomeadamente memórias descritivas, termos de responsabilidade e cálculos de betão, em que a caligrafia usada nada tem a ver com a de José Sócrates».
Como prova complementar:
- um antigo presidente da Câmara da Guarda, o também socialista Abílio Curto disse em tempos que «o que sei é que nem todos os projectos seriam da autoria dele (Sócrates);
Quanto aos donos dessas obras,
- Aníbal Beirão nega que Sócrates «tenha tido alguma intervenção nas suas obras», e afirma: «tratei de tudo com o eng. Caldeira (da Câmara da Guarda) e foi a ele que paguei. Agora quem assinou não sei»;
- António Caldeira diz, referindo-se à sua obra: «isto não tem nada a ver com o Sócrates»;
- José Pereira Ramos identifica Cristóvão Pereira, um desenhador da câmara da Guarda, como autor do projecto da sua casa: «foi a ele que paguei. Ao Sócrates só o conheço da televisão»;
- Entre alguns engenheiros e arquitectos da Guarda, a versão que corre é a seguinte: «havia aí um grupo de técnicos da câmara (Guarda) que açambarcava uma boa parte dos projectos de casas dos emigrantes. Como não podiam assinar punham o Sócrates a fazê-lo, porque ele era da Covilhã e não tinha esse problema» de impedimento legal.
Estes favores são considerados eticamente reprováveis, fraude e, até, infracção disciplinar e actividade criminosa.
Pois é.
Velhas práticas, tentações permanentes!
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