O PS de Mário Soares, José Sócrates e António Costa anda tão
excitado com a vitória do Syrisa da Grécia que até se esqueceu de que é filiado na
Internacional Socialista e que faz parte do sagrado «movimento socialista
europeu».
Há muito pouco tempo, os socialistas juravam que a vitória do
socialista Hollande em França representava a «esperança» na inevitável «mudança
de políticas» conduzida pelo glorioso «movimento socialista europeu».
Agora, o partido irmão do PS na Grécia, o Pasok, sofreu a
mais humilhante derrota eleitoral de que há memória e não se vê o mais
elementar comentário ou simples referência ao provável destino do «movimento
socialista europeu» de que fazem parte o PS de António Costa e José Sócrates e
o quase extinto, por inutilidade superveniente e caducidade, Pasok pan-helénico.
E nenhum dos nossos ilustres e preclaros jornalistas, em
especial da TVI da dona Constança ou do Jornal de Notícias, pergunta a António
Costa se acha que o «movimento socialista europeu» ficou agora em vias de
extinção ou se a estrondosa derrota do movimento socialista europeu na Grécia é
premonitória do que há-de vir a mostrar-se no resto da Europa do sul?
Como se não tivesse nada a ver com o tão esperançoso «movimento
socialista europeu», o líder do PS português, António Costa não pára: todos os
dias está nas TV’s, não há dia em que não comente notícias na TV, ele não cabe
em si de contente com a vitória grega do Syrisa.
E é de tal ordem o entusiasmo dos socialistas portugueses que
o Bloco de Esquerda português já terá tomado as devidas precauções e medidas para
recolocar o PS junto dos seus «irmãos socialistas gregos do Pasok» e de contenção
do PS nesta invasão abusiva dos domínios da extrema esquerda europeia.
Diz-se no Bloco de Esquerda que o PS de António Costa já lhe
roubou um vereador na Câmara de Lisboa, o conhecido José Sá Fernandes, a
pretexto de uma aliança BE/PS.
Quando tudo parecia correr às mil maravilhas na aliança
negociada e acordada, o vereador José Sá Fernandes passou-se para o PS onde, sem
surpresas, foi recebido por António Costa como um «príncipe cúmplice» … e o
Bloco de Esquerda ainda hoje chora a perda do seu único vereador que, de resto,
tanto trabalho lhe dera a eleger.
«Uma vez qualquer um cai» - diz-se no BE com a voz embargada
de indignação - «duas vezes já é estupidez»!
E é por isso que, hoje, o Bloco de Esquerda não larga o seu «partido
irmão» grego, Syrisa, à cautela, não vá António Costa antecipar-se e, sorrateiramente,
roubar o seu Syrisa, como fez na câmara com José Sá Fernandes.
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