Até quando?

... o primeiro grande problema é que o PSD precisa de uma direita coesa e forte mas o segundo é que a direita também precisa de um PSD vivo e confiável! Até quando?

sábado, 4 de agosto de 2007

O PSD insiste e esquece a sua tropa

É certo que será ainda cedo.
E a época que se vive é inapropriada para quaisquer juizos acerca das virtualidades de cada candidatura à liderança do PSD.
E pouco adiantará a exposição da obra, estilo ou perfil de cada candidato.
Mas a verdade é que os dois mais conhecidos já «passaram» ao terreno.
E o que se tem visto?
Marques Mendes anuncia todos os dias mais apoiantes, todos personalidades ilustres, com notoridade pública, alguns com responsabilidades públicas, mas com presente completamente afastado da militância activa, da dinamização programática ou das massas do PSD.
Luis Filipe Menezes não pára de revelar uma enorme insegurança, virando-se para acções que muitos julgarão adequadas a eleições legislativas gerais mas que os militantes considerarão completamente alheias às suas expectativas imediatas e que são a reanimação e renovação do partido.
Por enquanto estas duas candidaturas não preenchem a lacuna que arrastou o PSD para a crise de liderança.
Talvez não consigam aperceber-se de que, nesta fase, o que importa é o objectivo interno, é reconquistar o orgulho militante e a confiança dos militantes.
Quando o PSD, na oposição, se revelava a mais poderosa força política, capaz de mobilizar a consciência e vontade dos eleitores, arrastando-os para a indignação e constestação sem medos ou tibiezas, isso fazia-se com um partido em constante debate interno de matérias relevantes para todos.
Fazia-se através da organização de grupos (ou gabinetes) de estudo, da programação de seminários, conferências ou de simples sessões de esclarecimento, dirigidas por outros militantes que aí ganhavam a dimensão ministeriável.
Fazia-se, enfim, com a apresentação de todos os dirigentes que, de secção em secção, enchiam o País com projectos, ideias, críticas, exigências ao poder.
Isso fazia-se quando o partido, ignorado ou vilipendiado pelas televisões, rádios e jornais, impunha a sua imagem através do efeito multiplicador (boca a boca, como se dizia) do ânimo, entusiasmo e exemplo dos miltantes, bem informados e preparados.
É certo que eram outros tempos. Não havia SMS nem Internet ... e a TV era apenas dois inimigos!
Mas ninguém me convence que se possa avançar, com sucesso, para o campo da batalha sem antes preparar devidamente as tropas para o combate, de forma a torná-las capazes de «alargar» a frente com convicções e vontades e de consolidar uma rectaguarda consistente e firme.
E tudo há-de partir das tropas.

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