A morte é encarada pela humanidade como uma perda.
Mas nem sempre assim será.
Desde as origens, grupos sociais minoritários encaram o desaparecimento material de forma diferente.
Há mesmo quem viva num mundo construído de princípios transcendentais que supõem a imortalidade do homem.
A etapa terrena visa a perfeição espiritual.
O corpo, o invólucro que dá forma ao espírito, não passa de matéria útil mas prescindível.
E, por vezes, o imperativo da perfeição impõe a desencarnação, natural ou provocada, em rituais complexos ou simplesmente.
O corpo desfaz-se e desaparece.
Mas o espírito continuará por aí, vagueando na busca eterna da perfeição do mundo terreno.
Sempre vivo e presente.
E talvez encontre outro corpo e regresse para nova missão.
É por isso que alguns crentes de certas religiões ou seitas jamais admitem o desaparecimento ou morte do homem.
Passa-se de um estádio para outro superior.
E o homem, que é espírito, nunca morre nesses grupos.
Não deixa de estar em comunicação com os terrenos que se conservam na matéria, através de amuletos, símbolos, objectos.
E sempre aparece, algures e na forma que a Ordem Suprema determina.
Como é complexo o mundo dos terráqueos que escolhem a missão de defender a vida e a integridade física no nosso mundo!
Neste mundo que todos vemos, o dos comuns mortais, dos que acreditam na vida e na morte, num ciclo de nascer/crescer/morrer ... o tal ciclo que é natural e onde o sacrifício da vida, em nome do que quer que seja, é censurável e severamente punido pelas instituições competentes – que são terrenas e não etéreas!
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