Insisto.
As receitas do Estado provenientes do IRS subiram – não é fácil aos cidadãos, trabalhadores por conta de outrém ou trabalhadores independentes «a recibo verde», esconderem os seus rendimentos.
As receitas do Estado resultantes da cobrança de IRC (empresas) e do IVA (pago por cada acto de comércio) baixaram.
É óbvio que estamos perante uma óbvia generalização de fuga aos impostos por comerciantes, industriais da restauração e transportes de passageiros.
É urgente que a administração fiscal fiscalize, com método adequado e sistematicamente, todas as empresas e empresários destes sectores.
Há restaurantes que declaram prejuizo.
A Confederação do Comércio e as Associações sectoriais fartam-se de «chorar» - é tempo de colaborar com o Estado na imposição aos seus asssociados de comportamentos éticos e sérios e na reposição da legalidade nas actividades que representam.
Por exemplo nos restaurantes, porque não confrontar as despesas declaradas em toalhas de mesa e as receitas de refeições declaradas?
Ou as despesas declaradas nas pastelarias e snacks com abastecimento de café e açúcar e as receitas declaradas com a venda de «bicas»?
E nas cervejarias, qual a relação entre os custos com a compra de cerveja, marisco e carne aos fornecedores e as receitas com as vendas aos clientes?
Ou os gastos em combustível e as receitas dos táxis?
E porque não entrar nos SPAS e cabeleireiros e analisar o consumo nos estabelecimentos de cosméticos, tintas, água e vernizes com o «movimento» e receitas declaradas?
Os funcionários da administração fiscal são os mais bem pagos pelo Estado – certamente que não será para estarem sentados à secretária a receber «declarações» mas para «andar no terreno».
E estou absolutamente convencido que acabarão por concluir que o comércio português «dá» em vez de «vender» e é muito mais generoso com os clientes do que qualquer paróquia com os seus «sem abrigo» … !
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