Até quando?

... o primeiro grande problema é que o PSD precisa de uma OPOSIÇÃO SÉRIA com uma direita coesa e forte mas só encontra alcoviteiras e trailiteiros. Até quando?

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O «novo papel» das Ordens dos Médicos e dos Advogados

As ordens profissionais eram, tradicionalmente, instituições públicas de elevado prestígio que mereciam o respeito do Estado, dos seus associados, dos corpos sociais e da generalidade da população.

Das mais reputadas, a Ordem dos Médicos e a Ordem dos Advogados elevavam-se pela competência e capacidade de decisão exclusiva no reconhecimento de acesso e exercício da profissão, avaliação dos curricula dos respectivos cursos universitários, pelo mérito dos seus pareceres e intervenções de natureza científica, no estudo e desenvolvimento da medicina e dos ciências jurídicas, rigor na determinação de comportamentos éticos, poder jurisdicional sobre os seus representados, competência disciplinar e reconhecida experiência e superior saber dos seus dirigentes, em especial dos seus Bastonários.

Nos últimos tempos, parece que estas instituições baixaram ao nível de sindicatos, querem transformar os Estatutos da Ordem em convenções colectivas de trabalho e passaram a tratar, preferencialmente, de matérias salariais, condições de trabalho ou regimes contratuais.

Estão a transformar especialistas da maior responsabilidade ética e profissional, profissionais liberais com autonomia de decisão em simples proletários, em empregados por conta de outrém.

A Ordem dos Médicos mistura-se com os sindicatos médicos na organização e direcção de greves de médicos e assistimos ao triste espectáculo de advogados em greve de zelo por motivos remuneratórios, com o Bastonário presente e a «conduzir» a «luta», qual delegado sindical.

Talvez tenham razão.

Afinal, não se comportam os médicos e os advogados como meros funcionários?
Os médicos e os advogados parece que prescindiram de eleger um Bastonário - agora elegem um delegado sindical para a Ordem.

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