O que por aí vem.
Este governo é um autêntico maná …
É certo que saca aos reformados mas é tudo para boas causas.
Comentaristas de TV e professores, mestres e sociólogos, filósofos, empresas de sondagens, fundações … o «bolo» está aí.
Agora, cuidado com a língua … e a escrita.
Os tempos são de assobiar p’ró lado!
Vejam bem a «maquia» que vos está reservada: 190,4 milhões de euros.
Então? Vale ou não vale a pena esquecer ideologias, desgraças, impostos, tudo?
Vamos ajudar a propaganda, caramba. Alguém «come» de «consciências»?
O Governo quer gastar no próximo ano mais de 190,4 milhões de euros em estudos, pareceres, projectos e consultadorias.
E atenção. Nada disto é para funcionários. É só para gente de fora, hein?
Um aumento de 74 milhões (62 por cento) em relação a este ano que, aliás, já não foi nada mau: 116 milhões.
PSD e CDS-PP, pobres ingénuos, não percebem tamanho dislate e exigem explicações.
É claro que pregam no deserto. Os outros têm a maioria absoluta e o governo do ENGENHEIRO (Ah! Ah! Ah!) já mostrou que não dá satisfações a ninguém.
Ele, dar explicações? Ele?! O homem que põe acordados e em sentido os alemães, ingleses, franceses, espanhóis e polacos …
Ora, tomem boa nota, especialistas do costume – especialmente os que têm assento na TV.
O Ministério da Justiça é o que dá mais: ele ultrapassa 41,3 milhões; o Ambiente, também nada mau, lança 31,8 milhões; os economistas e financeiros têm de poupar – o Ministério das Finanças só dá 24,9 milhões.
E pronto, mãos à obra.
Tudo acordado e tudo a dizer o que é preciso dizer!
Está bem?
(Como eu vos percebo, meus caros Pacheco Pereira, Lobo Xavier, Marcelo, Vitorino, Saldanha e Júdice, e tantos outros ... Ah! Ah! Ah!)
Até quando?
... o primeiro grande problema é que o PSD precisa de uma OPOSIÇÃO SÉRIA com uma direita coesa e forte mas só encontra alcoviteiras e trailiteiros. Até quando?
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
domingo, 28 de outubro de 2007
E ninguém liga ao Pacheco Pereira
Pronto. Tudo estragado. O PSD nem «ata nem desata» - nem aperta a mão nem aperta o pescoço.
Agora ninguém liga mesmo nada a Pacheco Pereira. Imaginem só que o mago da intelectualidade não foi convidado para opinar no Conselho Nacional do PSD.
O que é lamentável. E injusto porque os conselheiros sociais democratas têm direito a momentos de diversão, a animadas pausas para café, a elevadas reflexões … Ora, ora, não se esqueçam dele, está bem? Não percebem, seus iletrados, que as «vanguardas» não têm, nem devem, ser sujeitas a essa instituição de baixo nível que é o voto?
Agora ninguém liga mesmo nada a Pacheco Pereira. Imaginem só que o mago da intelectualidade não foi convidado para opinar no Conselho Nacional do PSD.
O que é lamentável. E injusto porque os conselheiros sociais democratas têm direito a momentos de diversão, a animadas pausas para café, a elevadas reflexões … Ora, ora, não se esqueçam dele, está bem? Não percebem, seus iletrados, que as «vanguardas» não têm, nem devem, ser sujeitas a essa instituição de baixo nível que é o voto?
João Jardim: Governo paralisa mais a economia
O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, afirmou que a queda do PS nas sondagens deve-se ao «descontentamento» dos portugueses em relação ao desempenho do Governo.
«Há um descontentamento que se vinha a sentir há muito tempo e que agora está agravar-se», disse o líder do PSD/Madeira.
João Jardim recordou, designadamente, o caso da carga fiscal sobre os reformados «que nem dinheiro têm, por vezes, para comer» e o do Orçamento de Estado para 2008, «em que se percebe que Portugal (…) vai reduzir a quase nada o investimento, o que vai paralisar ainda mais a economia do País».
(de o "Diário Digital")
«Há um descontentamento que se vinha a sentir há muito tempo e que agora está agravar-se», disse o líder do PSD/Madeira.
João Jardim recordou, designadamente, o caso da carga fiscal sobre os reformados «que nem dinheiro têm, por vezes, para comer» e o do Orçamento de Estado para 2008, «em que se percebe que Portugal (…) vai reduzir a quase nada o investimento, o que vai paralisar ainda mais a economia do País».
(de o "Diário Digital")
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
A candeia começa a iluminar
Segundo o barómetro DN/TSF/Marketest, os eleitores acreditam numa forte mudança do PSD e penalizam com inusitada intensidade o PS e o seu governo.
Escreve o «Diário Digital» citando o referido estudo:
“(…) O PSD conseguiu uma subida de oito pontos percentuais, num estudo realizado após a eleição de Luís Filipe Menezes como presidente do partido, enquanto o PS caiu quase cinco pontos.
“(…) Os socialistas registam 36,9 por cento das intenções de voto, enquanto o PSD recolhe 35,9 (…).
“(…) Em Setembro, o PS reunia 42 por cento das preferências eleitorais dos portugueses, o PSD 28 por cento, o PCP 11 por cento, o CDS-PP 8 por cento e o BE 8 por cento.
“Após a eleição de Luís Filipe Menezes como presidente do PSD, 48 por cento dos inquiridos acreditam que com o novo líder o partido vai fazer melhor oposição ao governo, 20 por cento defendem que será igual e 10 por cento apontam para uma actuação pior do que aconteceria com Marques Mendes.
“(…) Paulo Portas é agora o líder político com o resultado mais negativo (30 por cento negativos), seguido do primeiro-ministro José Sócrates, com 20 por cento negativos, uma queda de 10 pontos em relação a Setembro.
Entre os ministros do Governo, (…) o Ministro da Saúde, Correia de Campos, e a Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, são os pior classificados (…)”.
(Extractos de o “Diário Digital”)
Escreve o «Diário Digital» citando o referido estudo:
“(…) O PSD conseguiu uma subida de oito pontos percentuais, num estudo realizado após a eleição de Luís Filipe Menezes como presidente do partido, enquanto o PS caiu quase cinco pontos.
“(…) Os socialistas registam 36,9 por cento das intenções de voto, enquanto o PSD recolhe 35,9 (…).
“(…) Em Setembro, o PS reunia 42 por cento das preferências eleitorais dos portugueses, o PSD 28 por cento, o PCP 11 por cento, o CDS-PP 8 por cento e o BE 8 por cento.
“Após a eleição de Luís Filipe Menezes como presidente do PSD, 48 por cento dos inquiridos acreditam que com o novo líder o partido vai fazer melhor oposição ao governo, 20 por cento defendem que será igual e 10 por cento apontam para uma actuação pior do que aconteceria com Marques Mendes.
“(…) Paulo Portas é agora o líder político com o resultado mais negativo (30 por cento negativos), seguido do primeiro-ministro José Sócrates, com 20 por cento negativos, uma queda de 10 pontos em relação a Setembro.
Entre os ministros do Governo, (…) o Ministro da Saúde, Correia de Campos, e a Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, são os pior classificados (…)”.
(Extractos de o “Diário Digital”)
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
A tentação da funcionalização
Estão incomodados os deputados do PSD que a nova direcção do grupo parlamentar substituiu na presidência de algumas comissões.
Eles não conseguem perceber que não são «funcionários» ou «trabalhadores por conta de outrém».
Estavam instalados, bem instalados, e já se julgavam titulares de «direitos adquiridos», inamovíveis, porventura independentes.
Ora, eles são políticos, fazem parte de um grupo, são militantes de um partido político.
E ninguém concebe que uma liderança política seja forçada a aceitar ser representada por políticos que nela não confiam.
Novas lideranças, igual a ... novas políticas, novas práticas, novos métodos e estilos, novas equipas.
Não será esta a equação normal da «mudança», da renovação?
É por isso que, normalmente, são os «escolhidos» das lideranças anteriores, para funções de representação, que tomam a iniciativa de «pôr o seu lugar à disposição» das novas lideranças.
Isto, claro, quando os políticos rejeitam a sua própria funcionalização!
Eles não conseguem perceber que não são «funcionários» ou «trabalhadores por conta de outrém».
Estavam instalados, bem instalados, e já se julgavam titulares de «direitos adquiridos», inamovíveis, porventura independentes.
Ora, eles são políticos, fazem parte de um grupo, são militantes de um partido político.
E ninguém concebe que uma liderança política seja forçada a aceitar ser representada por políticos que nela não confiam.
Novas lideranças, igual a ... novas políticas, novas práticas, novos métodos e estilos, novas equipas.
Não será esta a equação normal da «mudança», da renovação?
É por isso que, normalmente, são os «escolhidos» das lideranças anteriores, para funções de representação, que tomam a iniciativa de «pôr o seu lugar à disposição» das novas lideranças.
Isto, claro, quando os políticos rejeitam a sua própria funcionalização!
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
O normal é cada um no seu lugar
O regular funcionamento das instituições garante a normalidade democrática como pressuposto de legitimidade, liberdade e igualdade de oportunidades, segurança da sociedade e dos indivíduos e da justiça.
Há órgãos políticos que respondem perante o povo e, portanto, com ele se devem relacionar prestando as devidas contas do mandato que exercem.
E há outros órgãos de natureza não política.
O Procurador-Geral da República, os juízes de direito, as polícias, as forças armadas não respondem perante o público. A sua legitimidade não deriva directamente do voto popular.
Bem pelo contrário, a especificidade das suas funções exige o distanciamento que assegura a objectividade, a probidade como corolário da confiança, do respeito geral e da dignidade da função.
O Procurador-Geral da República, bem como alguns juízes de direito e, até, polícias, têm revelado uma tentação irresistível de protagonismo social e político.
Todos os dias aparecem nos noticiários, de preferência nas TV’s.
Não interessa o que dizem porque poucos perceberão os seus raciocínios e a sua linguagem técnica ou cifrada.
Mas aparecem.
Não a decidir, a impôr o respeito pela lei, a repôr a ordem social.
Aparecem a reivindicar ou a queixar-se da sua impotência, a reclamar publicamente como qualquer cidadão esquecido dos seus poderes mas muito ciente de que «quem não chora não mama», ou melhor, muito certo de que «quanto mais alto chorar mais leite vai mamar».
É preciso que alguém diga ao Procurador-Geral da República que perde respeito por cada palavra que diga nos jornais; é urgente que os juízes não ultrapassem a barra dos tribunais e que restrinjam as suas reflexões às sentenças ou acórdãos ou às publicações da especialidade; é essencial que se convença o director da Polícia Judiciária ou os chefes dos serviços secretos de que a sua importância social resulta de ninguém saber quem são ou como são.
É uma questão de segurança da sociedade.
Mas é, também e talvez sobretudo, uma questão de confiança dos cidadãos e de dignidade das funções e das instituições.
Não há nada mais regular do que cada um no seu lugar!
Há órgãos políticos que respondem perante o povo e, portanto, com ele se devem relacionar prestando as devidas contas do mandato que exercem.
E há outros órgãos de natureza não política.
O Procurador-Geral da República, os juízes de direito, as polícias, as forças armadas não respondem perante o público. A sua legitimidade não deriva directamente do voto popular.
Bem pelo contrário, a especificidade das suas funções exige o distanciamento que assegura a objectividade, a probidade como corolário da confiança, do respeito geral e da dignidade da função.
O Procurador-Geral da República, bem como alguns juízes de direito e, até, polícias, têm revelado uma tentação irresistível de protagonismo social e político.
Todos os dias aparecem nos noticiários, de preferência nas TV’s.
Não interessa o que dizem porque poucos perceberão os seus raciocínios e a sua linguagem técnica ou cifrada.
Mas aparecem.
Não a decidir, a impôr o respeito pela lei, a repôr a ordem social.
Aparecem a reivindicar ou a queixar-se da sua impotência, a reclamar publicamente como qualquer cidadão esquecido dos seus poderes mas muito ciente de que «quem não chora não mama», ou melhor, muito certo de que «quanto mais alto chorar mais leite vai mamar».
É preciso que alguém diga ao Procurador-Geral da República que perde respeito por cada palavra que diga nos jornais; é urgente que os juízes não ultrapassem a barra dos tribunais e que restrinjam as suas reflexões às sentenças ou acórdãos ou às publicações da especialidade; é essencial que se convença o director da Polícia Judiciária ou os chefes dos serviços secretos de que a sua importância social resulta de ninguém saber quem são ou como são.
É uma questão de segurança da sociedade.
Mas é, também e talvez sobretudo, uma questão de confiança dos cidadãos e de dignidade das funções e das instituições.
Não há nada mais regular do que cada um no seu lugar!
terça-feira, 23 de outubro de 2007
Afinal, quantas «cefalias» há por aí?
O mundo está a ruir lá para os lados do jornalismo dito de referência e do outro também.
Não há gato pingado, ou gata assanhada como se viu num programa da Renascença transmitido pela TV pública, que não elabore doutos juízos acerca da dita bicefalia do PSD.
Santana Lopes no Grupo Parlamentar e Luís Filipe Menezes no partido – grande desgraça por lá vai com dois galos a mandar, que grande trapalhada aí está com tamanha anormalidade, que vulcão a zurrar!
O que faz confusão é ninguém se preocupar com a tricefalia do PS, com partido, governo e grupo parlamentar cada um com o seu chefe, para não falar dos muitos que não estão nem com um nem com outros mas com as suas próprias facções, como Manuel Alegre, Mário Soares, Barroso e Sampaio, para não citar outros como Vitorino, Carrilho e Cravinho.
E a pluricefalia do CDS/PP, com Portas no partido, Diogo Feio a mandar nos deputados, o homem do Queijo Limiano a chefiar autarcas, Telmo Correia a querer mandar em tudo, Lobo Xavier a malhar em todos e Ribeiro e Castro mais Bagão Félix a espreitar por todas as gretas?
E no PC? E no BE? Quantas «cefalias» há por aquelas bandas, ora leninistas, ora estalinistas, ora trotzquistas e até, de vez em quando, capitalistas, liberais e apalermados com música de fundo do tipo maoista?
Onde é que está a originalidade do PSD?
Não há gato pingado, ou gata assanhada como se viu num programa da Renascença transmitido pela TV pública, que não elabore doutos juízos acerca da dita bicefalia do PSD.
Santana Lopes no Grupo Parlamentar e Luís Filipe Menezes no partido – grande desgraça por lá vai com dois galos a mandar, que grande trapalhada aí está com tamanha anormalidade, que vulcão a zurrar!
O que faz confusão é ninguém se preocupar com a tricefalia do PS, com partido, governo e grupo parlamentar cada um com o seu chefe, para não falar dos muitos que não estão nem com um nem com outros mas com as suas próprias facções, como Manuel Alegre, Mário Soares, Barroso e Sampaio, para não citar outros como Vitorino, Carrilho e Cravinho.
E a pluricefalia do CDS/PP, com Portas no partido, Diogo Feio a mandar nos deputados, o homem do Queijo Limiano a chefiar autarcas, Telmo Correia a querer mandar em tudo, Lobo Xavier a malhar em todos e Ribeiro e Castro mais Bagão Félix a espreitar por todas as gretas?
E no PC? E no BE? Quantas «cefalias» há por aquelas bandas, ora leninistas, ora estalinistas, ora trotzquistas e até, de vez em quando, capitalistas, liberais e apalermados com música de fundo do tipo maoista?
Onde é que está a originalidade do PSD?
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
A QUADRATURA DA ESCLEROSE
A «Quadratura do Círculo» não consegue sair do círculo fechado.
Eles bem se esforçam para dar uma aparência credível mas as «coisas» têm sido difíceis.
Os lugares comuns que gaguejam entraram na espiral da vulgaridade e o programa mais parece a última barbearia do bairro, o fontanário da «lavagem da face» para defesa de pequenos e mesquinhos interesses individuais.
Eles andam à volta, à volta, tão à volta que faz pena.
Não admira: são três derrotados da política e um jornalista servil que penosamente sublimam frustrações, que quanto mais rodam e maior é a velocidade que atingem mais o dardo se lhes agarra à mão. E nada sai dali …
Como é triste ver tanta esclerose naquele pequeno círculo da amargura e da solidão.
Não seria tempo de uma licença sabática?
Eles bem se esforçam para dar uma aparência credível mas as «coisas» têm sido difíceis.
Os lugares comuns que gaguejam entraram na espiral da vulgaridade e o programa mais parece a última barbearia do bairro, o fontanário da «lavagem da face» para defesa de pequenos e mesquinhos interesses individuais.
Eles andam à volta, à volta, tão à volta que faz pena.
Não admira: são três derrotados da política e um jornalista servil que penosamente sublimam frustrações, que quanto mais rodam e maior é a velocidade que atingem mais o dardo se lhes agarra à mão. E nada sai dali …
Como é triste ver tanta esclerose naquele pequeno círculo da amargura e da solidão.
Não seria tempo de uma licença sabática?
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
OS CORREDORES DO PODER REAL
“A entrada de Rui Pereira para a Administração Interna, em substituição de António Costa, reforça a posição da Maçonaria no Governo. Rui Pereira é maçon assumido, líder da Loja Nunes de Almeida, que resultou de uma cisão recente na Loja Convergência. E foi um dos juristas que mais criticaram a posição da Justiça no caso Casa Pia, defendendo a fiscalização do poder judicial pelo poder político (…).
“O NOVO ministro da Administração Interna é maçon há vários anos, do Grande Oriente Lusitano (GOL), tendo recentemente fundado a Loja Nunes de Almeida -assim baptizada em homenagem ao ex-presidente do Tribunal Constitucional. Antes, Rui Pereira pertencia à Loja Convergência, de que foi ‘líder’ Nunes de Almeida. Da Convergência fazem igualmente parte algumas figuras proeminentes do PS, como António Vitorio e Vitalino Canas (entretanto ‘adormecidos’, por não terem as quotas em dia).”A morte de Nunes de Almeida abriu fracturas dentro da Convergência, que se acentuaram com a eleição de António Reis (ex-deputado do PS) para Grão-mestre do GOL, em Junho de 2005. Uma minoria de que fazia parte Rui Pereira apoiou então António Reis, contra uma maioria, onde se integrava o actual director do Expresso, Henrique Monteiro, que apoiou o arquitecto Luís Conceição.”Da Convergência faz ainda parte Abel Pinheiro, antigo dirigente do CDS e desde 2005 arguido no processo Portucale (por suspeita de tráfico de influências, que viabilizou o abate de sobreiros para um empreendimento turístico do BES (…)
”As ligações à maçonaria, mas, sobretudo, a passagem pelo SIS e certas argumentações de Direito Penal, explicam os anticorpos que tem na magistratura. É favorável, por exemplo, a que os serviços de informações possam fazer escutas telefónicas na luta contra o terrorismo e a criminalidade organizada. E é o ‘pai’ da lei de política criminal - que obriga o Ministério Público a obedecer a objectivos pré-definidos pelo Parlamento na investigação criminal (…)”
(Extractos de artigo de Ana Paula Azevedo in site do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público)
“O NOVO ministro da Administração Interna é maçon há vários anos, do Grande Oriente Lusitano (GOL), tendo recentemente fundado a Loja Nunes de Almeida -assim baptizada em homenagem ao ex-presidente do Tribunal Constitucional. Antes, Rui Pereira pertencia à Loja Convergência, de que foi ‘líder’ Nunes de Almeida. Da Convergência fazem igualmente parte algumas figuras proeminentes do PS, como António Vitorio e Vitalino Canas (entretanto ‘adormecidos’, por não terem as quotas em dia).”A morte de Nunes de Almeida abriu fracturas dentro da Convergência, que se acentuaram com a eleição de António Reis (ex-deputado do PS) para Grão-mestre do GOL, em Junho de 2005. Uma minoria de que fazia parte Rui Pereira apoiou então António Reis, contra uma maioria, onde se integrava o actual director do Expresso, Henrique Monteiro, que apoiou o arquitecto Luís Conceição.”Da Convergência faz ainda parte Abel Pinheiro, antigo dirigente do CDS e desde 2005 arguido no processo Portucale (por suspeita de tráfico de influências, que viabilizou o abate de sobreiros para um empreendimento turístico do BES (…)
”As ligações à maçonaria, mas, sobretudo, a passagem pelo SIS e certas argumentações de Direito Penal, explicam os anticorpos que tem na magistratura. É favorável, por exemplo, a que os serviços de informações possam fazer escutas telefónicas na luta contra o terrorismo e a criminalidade organizada. E é o ‘pai’ da lei de política criminal - que obriga o Ministério Público a obedecer a objectivos pré-definidos pelo Parlamento na investigação criminal (…)”
(Extractos de artigo de Ana Paula Azevedo in site do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público)
terça-feira, 16 de outubro de 2007
CDS,PS, Maçonaria - Os corredores do Poder II
MANUAL DA ARTE DA POLÍTICA REAL
O CDS andava desesperado. Queria saber se o Ministério Público investigava ou não o partido a propósito do chamado processo Portucale.
Nada como nomear um novo Procurador-Geral da República.
Sócrates convida Rui Pereira, Sampaio resiste, Paulo Portas é envolvido e a rede maçónica não pára.
RUI PEREIRA PROMETEU TRATAR
Abel Pinheiro, CDS e maçonaria, pede ao maçónico Rui Pereira os seus bons ofícios para tentar confirmar essa informação junto dos seus muitos conhecimentos (nomeadamente, «serviços secretos, civis e militares», polícias e magistrados).
Abel Pinheiro não deixa de informar Paulo Portas dos resultados de almoço com Rui Pereira.
A.P. – Bom. É sobre aquela informação telefónica.
P.P. – Sim.
A.P.– Ele (Rui Pereira) vai tratar, mas acha altamente improvável [que] dentro de dois dias tenha informação.
P.P. – Sim senhora.
A.P. – Mas ele acha altamente improvável. Eu contei-lhe a história, com todos os detalhes e fofocas, não pude deixar de lhe contar.
P.P. – Hum!
A.P. – Não o teor das conversas, mas que havia possibilidades de. Ele disse: acho isso improvável, daqui a dois dias dou-te a informação. E…pronto era isto.
FONTE ESTÁ DENTRO DAS COISAS
Rui Pereira falou com pessoa da máxima confiança e informa Abel Pinheiro
A.P. – Pois. Olha, lembras-te daquela pergunta que eu te fiz e a informação que me deste no almoço?
R.P. – Lembro, claro.
A.P. – Tu colheste essa informação de fonte fidedigna?
R.P. – Eh pá… a pessoa que ma deu considera-se a si própria fidedigna e… no passado nunca me enganou. É uma pessoa séria, que até foi meu aluno e que está
relacionado com a instituição que, oficialmente, pode tar…
A.P. – Pode tar com aquilo.
R.P. – … por trás dessas coisas, não é?
A.P. – Porque hoje tive uma reunião por causa das moções, com o Luís Nobre Guedes…
R.P. – E voltaram a insistir, é?
A.P. – Que me veio outra vez com a mesma conversa!
R.P. – Mas eu acho isso muito estranho! Eu falei com uma pessoa que é de confiança, não é nada trampolineira, é uma pessoa muito séria.
A.P. – Pois. Mas deste-lhe os dados que eu te forneci, né?
R.P. – Dei, claro. Mas eu vou fazer isso por outro caminho. Vou perguntar ainda de outra maneira, tás a perceber?
O AMIGO DO OUTRO LADO
Abel Pinheiro e Paulo Portas recorrem a novas fontes e trocam novas informações sobre a questão da investigação ao CDS: Celeste Cardona, ex ministra da Justiça no Governo PSD/CDS, garantira-lhe que a informação da existência desse inquérito era seguríssima.
A.P. – Eu ontem jantei com a nossa amiga Celeste…
P.P. – Sim.
A.P. – Foi ela que me tinha convidado para jantar e… me disse as mesmas coisas.
P.P. – Hum!
A.P.–De maneira que... tens que ver, ou pelo menos vermos, o que é que se passou, né? Em2003 ou coisa que o valha, com as pessoas, né?
P.P. – Certo. Mas tinha que… algum elemento…
A.P. – Não, não. Isso ela não entrou em detalhes operacionais. Sabia que a coisa existia, ponto final. Originariamente a história a ti veio com o nosso amigo lá, não é? Do outro lado. Quem te contou a primeira história!
P.P. – Sim. Espera, por esta via não…
(Com a devida vénia, extractos de informação e escutas telefónicas publicadas pelo “Sol”)
O CDS andava desesperado. Queria saber se o Ministério Público investigava ou não o partido a propósito do chamado processo Portucale.
Nada como nomear um novo Procurador-Geral da República.
Sócrates convida Rui Pereira, Sampaio resiste, Paulo Portas é envolvido e a rede maçónica não pára.
RUI PEREIRA PROMETEU TRATAR
Abel Pinheiro, CDS e maçonaria, pede ao maçónico Rui Pereira os seus bons ofícios para tentar confirmar essa informação junto dos seus muitos conhecimentos (nomeadamente, «serviços secretos, civis e militares», polícias e magistrados).
Abel Pinheiro não deixa de informar Paulo Portas dos resultados de almoço com Rui Pereira.
A.P. – Bom. É sobre aquela informação telefónica.
P.P. – Sim.
A.P.– Ele (Rui Pereira) vai tratar, mas acha altamente improvável [que] dentro de dois dias tenha informação.
P.P. – Sim senhora.
A.P. – Mas ele acha altamente improvável. Eu contei-lhe a história, com todos os detalhes e fofocas, não pude deixar de lhe contar.
P.P. – Hum!
A.P. – Não o teor das conversas, mas que havia possibilidades de. Ele disse: acho isso improvável, daqui a dois dias dou-te a informação. E…pronto era isto.
FONTE ESTÁ DENTRO DAS COISAS
Rui Pereira falou com pessoa da máxima confiança e informa Abel Pinheiro
A.P. – Pois. Olha, lembras-te daquela pergunta que eu te fiz e a informação que me deste no almoço?
R.P. – Lembro, claro.
A.P. – Tu colheste essa informação de fonte fidedigna?
R.P. – Eh pá… a pessoa que ma deu considera-se a si própria fidedigna e… no passado nunca me enganou. É uma pessoa séria, que até foi meu aluno e que está
relacionado com a instituição que, oficialmente, pode tar…
A.P. – Pode tar com aquilo.
R.P. – … por trás dessas coisas, não é?
A.P. – Porque hoje tive uma reunião por causa das moções, com o Luís Nobre Guedes…
R.P. – E voltaram a insistir, é?
A.P. – Que me veio outra vez com a mesma conversa!
R.P. – Mas eu acho isso muito estranho! Eu falei com uma pessoa que é de confiança, não é nada trampolineira, é uma pessoa muito séria.
A.P. – Pois. Mas deste-lhe os dados que eu te forneci, né?
R.P. – Dei, claro. Mas eu vou fazer isso por outro caminho. Vou perguntar ainda de outra maneira, tás a perceber?
O AMIGO DO OUTRO LADO
Abel Pinheiro e Paulo Portas recorrem a novas fontes e trocam novas informações sobre a questão da investigação ao CDS: Celeste Cardona, ex ministra da Justiça no Governo PSD/CDS, garantira-lhe que a informação da existência desse inquérito era seguríssima.
A.P. – Eu ontem jantei com a nossa amiga Celeste…
P.P. – Sim.
A.P. – Foi ela que me tinha convidado para jantar e… me disse as mesmas coisas.
P.P. – Hum!
A.P.–De maneira que... tens que ver, ou pelo menos vermos, o que é que se passou, né? Em2003 ou coisa que o valha, com as pessoas, né?
P.P. – Certo. Mas tinha que… algum elemento…
A.P. – Não, não. Isso ela não entrou em detalhes operacionais. Sabia que a coisa existia, ponto final. Originariamente a história a ti veio com o nosso amigo lá, não é? Do outro lado. Quem te contou a primeira história!
P.P. – Sim. Espera, por esta via não…
(Com a devida vénia, extractos de informação e escutas telefónicas publicadas pelo “Sol”)
CDS, PS, Maçonaria - Os Corredores do PODER
MANUAL DA ARTE DA POLÍTICA REAL
Andam os portugueses entretidos a falar de congressos, partidos, grupos parlamentares, eleições, democracia, determinação e coragem, transparência.
Todos se julgam políticos e todos se imaginam a governar o País.
Será que tudo isto tem alguma coisa a ver com a política real? Como tudo se decide?
Todos se julgam políticos e todos se imaginam a governar o País.
Será que tudo isto tem alguma coisa a ver com a política real? Como tudo se decide?
Com a devida vénia e dada a sua enorme importância, reproduzimos informação recolhida e publicada pelo semanário o “Sol”.
A REDE MAÇÓNICA
O “Sol” publicou escutas telefónicas constantes de um processo judicial da maior relevância para a compreensão dos reais mecanismos do poder real.
São conversas mantidas entre Paulo Portas, Fernando Marques da Costa (então conselheiro de Jorge Sampaio) e o próprio Rui Pereira, hoje ministro. Estes dois, juntamente com o alto responsável do CDS Abel Pinheiro, pertencem à maçonaria – na altura, à loja Convergência, do Grande Oriente Lusitano (GOL). Rui Pereira e Marques da Costa fundaram, entretanto, a loja maçónica Nunes de Almeida.
Estava em causa a vontade de Sócrates promover a demissão de Souto Moura e a sua substituição por Rui Pereira no alto cargo de Procurador-Geral da República.
Um dia, Sócrates disse aos portugueses: «O Governo nunca apresentou qualquer proposta para a substituição do senhor PGR», referindo-se a Souto Moura.
Vejamos o que conversaram Abel Pinheiro e Paulo Portas algum tempo antes.
O “Sol” publicou escutas telefónicas constantes de um processo judicial da maior relevância para a compreensão dos reais mecanismos do poder real.
São conversas mantidas entre Paulo Portas, Fernando Marques da Costa (então conselheiro de Jorge Sampaio) e o próprio Rui Pereira, hoje ministro. Estes dois, juntamente com o alto responsável do CDS Abel Pinheiro, pertencem à maçonaria – na altura, à loja Convergência, do Grande Oriente Lusitano (GOL). Rui Pereira e Marques da Costa fundaram, entretanto, a loja maçónica Nunes de Almeida.
Estava em causa a vontade de Sócrates promover a demissão de Souto Moura e a sua substituição por Rui Pereira no alto cargo de Procurador-Geral da República.
Um dia, Sócrates disse aos portugueses: «O Governo nunca apresentou qualquer proposta para a substituição do senhor PGR», referindo-se a Souto Moura.
Vejamos o que conversaram Abel Pinheiro e Paulo Portas algum tempo antes.
O CONVITE
Abel Pinheiro (AP) – Almocei com o nosso amigo Rui (Pereira).
Paulo Portas (PP) – Sim.
A.P. – Aquele que uma vez jantaste lá com ele, não é?
P.P. – Rui…
A.P. – Que jantaste lá no Forte com ele, até de madrugada adentro comigo.
P.P. – Sim.
A.P.–A informação relevante que ele me deu, mas só just for your eyes, foi convidado (pelo primeiro ministro) para ser o novo Procurador-Geral da República.
P.P. – Certo.
A.P.–Mas isso é tão reservado, tão reservado…
P.P. – Sim, sim, sim, sim.
A.P. – Só não estão a conseguir convencer o gato constipado [Souto de Moura] a apresentar a carta de demissão e o Sampaio não quer demiti-lo.
P.P. – Ok, ok, já percebi. De resto, nada de especial. Essas coisas… claro!
A.P. – Como vês, vale a pena cultivar os nossos amigos. Hein?
SAMPAIO TAMBÉM TEM AMIGO
Sampaio, porém, tinha nomes para ele próprio propôr, um seu assessor e amigo, e a «coisa» estava feia.
Nova conversa, agora entre o (maçónico) conselheiro de Sampaio, Fernando Marques da Costa, e o (maçónico) dirigente do CDS, Abel Pinheiro.
F.M.C. – Olha, o outro nome (o amigo de Sampaio) parece que continua activo, ainda.
A.P. – Quer dizer, isto acho que vai dar um standmake: nem o meu, nem o teu.
F.M.C. – É o que me cheira.
Abel Pinheiro (AP) – Almocei com o nosso amigo Rui (Pereira).
Paulo Portas (PP) – Sim.
A.P. – Aquele que uma vez jantaste lá com ele, não é?
P.P. – Rui…
A.P. – Que jantaste lá no Forte com ele, até de madrugada adentro comigo.
P.P. – Sim.
A.P.–A informação relevante que ele me deu, mas só just for your eyes, foi convidado (pelo primeiro ministro) para ser o novo Procurador-Geral da República.
P.P. – Certo.
A.P.–Mas isso é tão reservado, tão reservado…
P.P. – Sim, sim, sim, sim.
A.P. – Só não estão a conseguir convencer o gato constipado [Souto de Moura] a apresentar a carta de demissão e o Sampaio não quer demiti-lo.
P.P. – Ok, ok, já percebi. De resto, nada de especial. Essas coisas… claro!
A.P. – Como vês, vale a pena cultivar os nossos amigos. Hein?
SAMPAIO TAMBÉM TEM AMIGO
Sampaio, porém, tinha nomes para ele próprio propôr, um seu assessor e amigo, e a «coisa» estava feia.
Nova conversa, agora entre o (maçónico) conselheiro de Sampaio, Fernando Marques da Costa, e o (maçónico) dirigente do CDS, Abel Pinheiro.
F.M.C. – Olha, o outro nome (o amigo de Sampaio) parece que continua activo, ainda.
A.P. – Quer dizer, isto acho que vai dar um standmake: nem o meu, nem o teu.
F.M.C. – É o que me cheira.
Entretanto, o actual ministro socialista e maçónico, Rui Pereira, relata ao maçónico e dirigente do CDS, Abel Pinheiro, que, segundo Marques da Costa, Sampaio insiste no nome que tem.
R.P. – Já falei com ele.
A.P. – Sim.
R.P. – Ele não adiantou hoje mais grande coisa, não é? Disse que o Sampaio continua fisgado com o outro. Explica isso na base de 30 anos de amizade e tal. Tás a perceber? Pá, mas, se é isso, eu posso estar enganado porque a política é muito… esquisita. Mas olha que a percepção que eu tenho, dito pelos próprios, acho que é muito difícil fazê-lo mudar, tás a perceber?
A.P. – Pois.
R.P. – Portanto, enfim.
SÓCRATES PEDE A PORTAS: A CUNHA IDEAL
Nova táctica. Nada como uma cunha.
Abel Pinheiro conta a Rui Pereira que o «engenheiro» – o primeiro ministro José Sócrates – tivera um encontro com Portas, para falar de diversos «assuntos», «outras
coisas… não faláveis» que «têm a ver com interesses colectivos do país». E que, pelo meio, lhe pedira ajuda para convencer Jorge Sampaio a nomear Rui Pereira para PGR. Este fica «reconhecido, como é óbvio».
Abel Pinheiro (AP) – Sim!
Rui Pereira (RP) – Está! Olá Abel! Estás bom?
A.P. – Olha, o nosso amigo [Paulo Portas]... tive uma longa reunião por causa do nosso congresso.
R.P. – Hum, hum!
A. P. – E ele foi chamado pelo patrão-mor do reino.
R.P. – O patrão-mor, o… próprio…
A.P. – Sugeriu… para aquele lugar. E fez uma coisa – mas tu guarda isso para ti – se ele, o meu patrão, intermediava o pedido junto do tio Jorge [Sampaio].
R.P. – Hum, hum. Quer dizer, a ver se eu compreendo. É que eu… agora, escapou-me qualquer coisa. O patrão-mor que tu estás a considerar é o engenheiro?
A.P. Exactamente.
R.P. – E o engenheiro é que pediu para intermediar junto ao Jorge?
A.P. – Pediu ao meu patrão.
R.P. – Exacto.
A.P. – Como sabes, o meu patrão é cria do Jorge, por parte do pai [Nuno Portas, pai de Paulo], não é?
R.P. – Exacto, exacto.
A.P. – Foi criado por ele, em casa, literalmente, as férias e tudo.
R.P. – Eu sei.
A.P. – E [Sócrates] pediu, porque achava que do lado dos nossos ex-parceiros (PSD), haveria algum obstáculo e ele queria controlar por esse flanco isso.
R.P. – E então?
A.P. – Ele [Portas] prestou-se a fazer essa gestão.
R.P. – Eh pá, olha, já sabes que fico… reconhecido, como é óbvio, não é!
A.P. – E contou-lhe a história toda. E o nosso amigo [Portas] ouviu, com muita atenção, não é, e depois contou hoje a história. E disse «Bom, diz lá ao nosso amigo». Disse que tinha estado «num jantar [com Sócrates] e perguntou-me ‘Mas você conhece-o?’». E ele disse «Ó fulano, estive uma vez num jantar com ele, muito longo, e pareceu-me a pessoa, que seria a pessoa ideal».
R.P. – Ah! Eh pá, isso é óptimo.
A.P. – E depois disse «ele [Rui Pereira] é grande amigo dum colega meu da direcção, que é sicrano [Abel Pinheiro]». E ele [Sócrates] disse «ah, tá bem!»
R.P. – (risos)
A.P. – «Então veja lá a gestão que pode fazer, porque eu agradecia muito, que queria insistir muito». E que o outro cavalheiro lá[Sampaio], além daquele outro maluco [Magalhães e Silva], agora tinha uma senhora também.
R.P. – Quem?
A.P. – O tio Jorge!
R.P. – Ai sim? Quem é a senhora?
A.P. – A Beleza!
R.P. – Ai é? A Teresa?
A.P. – Sim! Não, mas a coisa interessante, foi ele lhe pedir. Isto é uma conversa, o resto é mais longa, depois eu te conto ao vivo. Envolve outros assuntos. Mas, ele pedir ao nosso amigo, é uma coisa engraçada. Porque, [Sócrates] disse «Sabe que eu não posso falar com os vossos parceiros, porque não tenho condições de dar o flanco e tal, mas…queria ver se fazia uma gestão, porque eu sei que ele é seu amigo, gosta muito de si». O nosso amigo [Portas] disse que imediatamente o faria.
R.P. – Tá bem. Pronto, olha, vamos ver!
A.P. – Agora, o outro cavalheiro [Sampaio] já está mais ou menos convencido a dizer bye, bye, não é! Só que o problema agora é que o outro cavalheiro quer impingir pela goela abaixo um dos dois nomes e ele disse que aí não. E, portanto, precisava era uma gestão para que o nome ficasse irrecusável, estás a ver?
R.P. – Pois, pois
(Com a devida vénia, extractos de informação e escutas telefónicas publicadas pelo “Sol”)
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
A irrelevância dos barões da «Opinião»
O congresso do PSD terminou.
Debateu-se tudo, definiram-se linhas gerais da alternativa a esta «coisa» a que o PS chama governo, elegeram-se os dirigentes e tudo indica que começou uma nova era na oposição.
A acção política deixou de ficar limitada aos corredores de São Bento.
Mas não vai ser fácil ao PSD divulgar de forma perceptível a sua mensagem.
No próprio congresso, lá dentro, a comunicação social mostrou bem a sua disposição.
A SIC Notícias foi mesmo ao extremo de montar um congresso alternativo.
O conhecido comentarista socialista António Teixeira era o líder, o ideólogo que, certamente, ocupou mais tempo de antena do que Filipe Menezes. E deixou bem claro que tem um projecto alternativo ao de Filipe Menezes. E que é o seu projecto que deve ser divulgado …
Os restantes elementos da imensa equipa andaram por lá em busca de palavras soltas e partes de frases, de pequenas contradições, de manifestações de desinteresse e de «notáveis» ausentes ou indisponíveis.
É com comportamentos desta natureza que o PSD vai ter de contar.
Não é, certamente, novidade.
Mas talvez desta vez o PSD seja conduzido a uma utilização mais permanente e eficaz dos seus meios próprios: o jornal do partido, a internet, os sms, as distritais, as secções, os seus militantes.
Por muito que custe a alguns, um militante interessado e directa e devidamente informado vale muito mais na formação da opinião pública do que as manchetes de jornais ou aberturas de telejornais.
Até porque nunca a comunicação social mereceu tanto desinteresse e desconfiança.
E também não será fácil os órgãos de comunicação social confrontarem a opinião pública com o contrário do que as pessoas ouvem, vêem e conhecem.
A medida das audiências é, de facto, um risco demasiado sério …
Talvez seja, por isso, interessante apurar quem é que terá de ceder: o PSD à manipulação ou a comunicação social à opinião pública formada por via directa?
As eleições e o congresso deram pistas.
Para já percebeu-se que os «barões» do comentário, os magnatas da «opinião», não conseguiram convencer ninguém.
Debateu-se tudo, definiram-se linhas gerais da alternativa a esta «coisa» a que o PS chama governo, elegeram-se os dirigentes e tudo indica que começou uma nova era na oposição.
A acção política deixou de ficar limitada aos corredores de São Bento.
Mas não vai ser fácil ao PSD divulgar de forma perceptível a sua mensagem.
No próprio congresso, lá dentro, a comunicação social mostrou bem a sua disposição.
A SIC Notícias foi mesmo ao extremo de montar um congresso alternativo.
O conhecido comentarista socialista António Teixeira era o líder, o ideólogo que, certamente, ocupou mais tempo de antena do que Filipe Menezes. E deixou bem claro que tem um projecto alternativo ao de Filipe Menezes. E que é o seu projecto que deve ser divulgado …
Os restantes elementos da imensa equipa andaram por lá em busca de palavras soltas e partes de frases, de pequenas contradições, de manifestações de desinteresse e de «notáveis» ausentes ou indisponíveis.
É com comportamentos desta natureza que o PSD vai ter de contar.
Não é, certamente, novidade.
Mas talvez desta vez o PSD seja conduzido a uma utilização mais permanente e eficaz dos seus meios próprios: o jornal do partido, a internet, os sms, as distritais, as secções, os seus militantes.
Por muito que custe a alguns, um militante interessado e directa e devidamente informado vale muito mais na formação da opinião pública do que as manchetes de jornais ou aberturas de telejornais.
Até porque nunca a comunicação social mereceu tanto desinteresse e desconfiança.
E também não será fácil os órgãos de comunicação social confrontarem a opinião pública com o contrário do que as pessoas ouvem, vêem e conhecem.
A medida das audiências é, de facto, um risco demasiado sério …
Talvez seja, por isso, interessante apurar quem é que terá de ceder: o PSD à manipulação ou a comunicação social à opinião pública formada por via directa?
As eleições e o congresso deram pistas.
Para já percebeu-se que os «barões» do comentário, os magnatas da «opinião», não conseguiram convencer ninguém.
sábado, 13 de outubro de 2007
As velhas «piadas» no circo dos media
A contra-propaganda tem sido incansável à volta do congresso do PSD.
Os jornalistas destacados e os comentaristas convidados mostram-se agentes meticulosos no cumprimento da missão.
A audiência é que talvez tenha mudado ... sem eles darem por isso!
Dizia um brilhante pensador que aquilo que se passava em Torres Vedras não era um congresso mas um simples comício.
Ficamos todos impressionados.
Ainda há pouco, na campanha eleitoral, toda esta gente se incomodava com o excesso do combate político; agora excita-se porque não há guerra, tudo está morno e não há bofetada bravia!
Nesta tentativa de docilizar o partido, neste momento as bases do partido, é bem curiosa a táctica apesar de velhíssimos os procedimentos.
As revistas das inutilidades de moral duvidosa são accionadas com as habituais insinuações moralistas acerca da alegada instabilidade pessoal de Filipe Menezes.
O terror do «populismo» é lançado e segue-se-lhe a enorme emoção da chegada ao «comício» de Santana Lopes, dois minutos antes do líder eleito.
Santana Lopes foi cercado e perseguido pelas câmaras e jornalistas. Ele não disse nada mas logo todos visionaram a bicefalia na liderança do PSD, com Menezes arrumado no canto dos tristes ignorados e esquecidos.
Assistimos depois ao replay do velho outro terror. Nada de barões e as escassas personalidades faladas, que outrora foram barões, afinal, estão agora gastas, velhas, sem fôlego e a cheirar a naftalina.
E, finalmente, o conselho amigo: Filipe Menezes tem de escolher para as suas equipas gente com perfil mediático, «elites» que alimentem jornais e TV’s, vedetas que sejam notícia.
A mensagem é clara: deixem-se dessa fantasia de comunicar directamente para e com a «populaça» - falem com os jornalistas, como os jornalistas gostam, deixem-nos à vontade que eles interpretam e eles é que hão-de espalhar o que entenderem!
E eles, os agentes da comunicação, lá estão a mostrar o que valem e o que projectam.
E é por isso que, até este momento, ainda não entenderam divulgar o conteúdo do discurso de Filipe Menezes, tornando-o perceptível.
Talvez tenham razão porque, relevante será, sem dúvida, a hora de chegada de Santana Lopes; e notícia é, certamente, a busca dos indisponíveis para líder parlamentar do PSD.
Bom, são as velhas tácticas.
Marques Mendes caiu nelas e viu-se quão funda foi a queda … para a solidão total!
Os jornalistas destacados e os comentaristas convidados mostram-se agentes meticulosos no cumprimento da missão.
A audiência é que talvez tenha mudado ... sem eles darem por isso!
Dizia um brilhante pensador que aquilo que se passava em Torres Vedras não era um congresso mas um simples comício.
Ficamos todos impressionados.
Ainda há pouco, na campanha eleitoral, toda esta gente se incomodava com o excesso do combate político; agora excita-se porque não há guerra, tudo está morno e não há bofetada bravia!
Nesta tentativa de docilizar o partido, neste momento as bases do partido, é bem curiosa a táctica apesar de velhíssimos os procedimentos.
As revistas das inutilidades de moral duvidosa são accionadas com as habituais insinuações moralistas acerca da alegada instabilidade pessoal de Filipe Menezes.
O terror do «populismo» é lançado e segue-se-lhe a enorme emoção da chegada ao «comício» de Santana Lopes, dois minutos antes do líder eleito.
Santana Lopes foi cercado e perseguido pelas câmaras e jornalistas. Ele não disse nada mas logo todos visionaram a bicefalia na liderança do PSD, com Menezes arrumado no canto dos tristes ignorados e esquecidos.
Assistimos depois ao replay do velho outro terror. Nada de barões e as escassas personalidades faladas, que outrora foram barões, afinal, estão agora gastas, velhas, sem fôlego e a cheirar a naftalina.
E, finalmente, o conselho amigo: Filipe Menezes tem de escolher para as suas equipas gente com perfil mediático, «elites» que alimentem jornais e TV’s, vedetas que sejam notícia.
A mensagem é clara: deixem-se dessa fantasia de comunicar directamente para e com a «populaça» - falem com os jornalistas, como os jornalistas gostam, deixem-nos à vontade que eles interpretam e eles é que hão-de espalhar o que entenderem!
E eles, os agentes da comunicação, lá estão a mostrar o que valem e o que projectam.
E é por isso que, até este momento, ainda não entenderam divulgar o conteúdo do discurso de Filipe Menezes, tornando-o perceptível.
Talvez tenham razão porque, relevante será, sem dúvida, a hora de chegada de Santana Lopes; e notícia é, certamente, a busca dos indisponíveis para líder parlamentar do PSD.
Bom, são as velhas tácticas.
Marques Mendes caiu nelas e viu-se quão funda foi a queda … para a solidão total!
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
É preciso inclinar mais o plano da queda
Toda a gente, mas sempre a mesma gente, que detesta e teme o PSD anda por aí a espalhar o terror da «deriva populista».
Ninguém fundamenta, não há indícios de sim ou não, tão pouco alguém estudou se seria bom ou mau para o País.
Mas é o terror actual.
Para quem?
É óbvio que essa hipotética «deriva» só pode ameaçar quem a invoca, isto é, aqueles que andam há quase três anos a anestesiar o povo, para mentir sem consequências, para «baralhar» as cabeças, para intimidar quem pensa, para transformar o país em cenário e a população em figurante de ficções empalhadas em superproduções cinematográficas.
O PSD sabe, desde Sá Carneiro, que populismo é povo, é ansiedade por justiça social, é ambição de progresso.
De todos e não apenas de alguns.
Por isso não se vai , mais uma vez, intimidar. Será igual à sua própria natureza.
E chamem-lhe as donzelas virgens o que quiserem.
É precisar «censurar»? Porque não começar já a inclinar mais o plano da queda?
... É que, se ninguém fizer nada, isto é, se não se passar do berro na rua, conferência de imprensa da indignação, artigo verrinoso, etc., etc., o que ficará é que todos ajudaram!
O PSD conhece os mecanismos constitucionais, melhor que ninguém. E sabe que os efeitos não páram no imediato. Prolongam-se no tempo, desgastam, amadurecem, serão compreendidos por todos. E tornar-se-ão decisivos.
Não será uma votação ganha por uma maioria absoluta que estancará o impacto de uma acção parlamentar «a sério».
O PSD conhece-se a si próprio. E é por isso que não se aninhará no berço fácil das conveniências de alguns.
O papel de «caniche» amestrado de «madame» empertigada nunca caiu bem. Nem os vistosos «pom-pom» ...
Não «lhes convém» o populismo? Os «instalados» têm medo do populismo?
Então, de que está o PSD à espera?
Ninguém fundamenta, não há indícios de sim ou não, tão pouco alguém estudou se seria bom ou mau para o País.
Mas é o terror actual.
Para quem?
É óbvio que essa hipotética «deriva» só pode ameaçar quem a invoca, isto é, aqueles que andam há quase três anos a anestesiar o povo, para mentir sem consequências, para «baralhar» as cabeças, para intimidar quem pensa, para transformar o país em cenário e a população em figurante de ficções empalhadas em superproduções cinematográficas.
O PSD sabe, desde Sá Carneiro, que populismo é povo, é ansiedade por justiça social, é ambição de progresso.
De todos e não apenas de alguns.
Por isso não se vai , mais uma vez, intimidar. Será igual à sua própria natureza.
E chamem-lhe as donzelas virgens o que quiserem.
É precisar «censurar»? Porque não começar já a inclinar mais o plano da queda?
... É que, se ninguém fizer nada, isto é, se não se passar do berro na rua, conferência de imprensa da indignação, artigo verrinoso, etc., etc., o que ficará é que todos ajudaram!
O PSD conhece os mecanismos constitucionais, melhor que ninguém. E sabe que os efeitos não páram no imediato. Prolongam-se no tempo, desgastam, amadurecem, serão compreendidos por todos. E tornar-se-ão decisivos.
Não será uma votação ganha por uma maioria absoluta que estancará o impacto de uma acção parlamentar «a sério».
O PSD conhece-se a si próprio. E é por isso que não se aninhará no berço fácil das conveniências de alguns.
O papel de «caniche» amestrado de «madame» empertigada nunca caiu bem. Nem os vistosos «pom-pom» ...
Não «lhes convém» o populismo? Os «instalados» têm medo do populismo?
Então, de que está o PSD à espera?
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
Pacheco Pereira não pode ser a Vítima.
Pacheco Pereira está ansioso por uma iniciativa repressiva e começa a indiciar sinais de desespero.
Construiu uma carapaça de intelectual especialista em ciência política.
Um dia percebeu que só no aconchego de um grande partido alcançaria a fama.
E imaginou que o PSD seria o colo mais conveniente.
Feito de homens práticos, avesso à exposição especulativa e sem a preocupação pública de grandes elaborações teóricas sobre ideologias, o PSD pareceu-lhe o palco vazio onde poderia brilhar como o doutrinador do deserto.
A chamada extrema esquerda em que se formara esgotara-se.
As grandes potências ideológicas que haviam criado aqueles partidos, ocupantes das praças das cidades, que enchiam com vistosas bandeiras, sugestivos cartazes, palavras de ordem guerrilheiras e, tantas vezes, de práticas violentas, em permanentes contra-manifestações, perderam o interesse nas células da contra-propaganda, por falta de necesidade de utilizar aquelas autênticas tropas de choque.
O combate dos grandes interesses estratégicos passou a concentrar-se na estabilização do sistema democrático, na transformação das estruturas motores da economia e na normalização da vida social.
E a extrema esquerda desapareceu. Nunca valeu por si própria e deixou de ter qualquer utilidade.
Pacheco Pereira, como tantos outros que por aí cirandam, alocou-se ao PSD.
Remodelou-se, reestruturou-se, atirou para o lixo os velhos dogmas e, com o pragmatismo típico do estalinismo, construiu um novo pensamento adaptado às correntes da moderna social democracia.
Preparou-se para ser o ideológo que faltava.
Não teve, porém, a humildade de aceitar que o PSD era, desde a sua origem, um partido com uma natureza ideológica consolidada. A multidão de aderentes, os seus tão afamados e temidos militantes de base, continha ela própria os fundamentos da ideologia do partido.
O PPD não importou ideologia.
Ele cresceu porque nasceu como uma ideologia própria já existente, representada na consciência popular e unida pelo valor sociológico comunitário que, naturalmente, se designou por interclassissismo.
Foram os valores comuns intrínsecos da liberdade e igualdade de oportunidades que aglutinaram as pessoas, independentemente da origem e condição.
O PPD não foi criado por um manifesto político e o discurso inflamado e iluminado de um qualquer neo-Lenine.
Foi um sentimento, uma concepção da vida e uma cultura que três pessoas, em nome de muitas, souberam ter a humildade de passar a escrito em folheto simples, identificando como objectivos, ou melhor, como expectativas, a Paz, o Pão e a Democracia.
Pacheco Pereira enganou-se e começou a sentir há algum tempo que não estava em terreno fácil para quem vê os partidos como elocução de vanguardistas construtores de teorias artificiais.
Afinal o PSD não precisa nem suporta ideólogos das velhas tertúlias com direito de acesso reservado.
Por isso percebeu que a sua performance, lá dentro, atingira o limite. Dali não há caminho para a frente. Sente, pois, que tem de encontrar um motivo para sair.
Não irá sair por si próprio, certamente, porque isso torná-lo-ia desinteressante e inútil.
Ele continuará a provocar até que alguém tome a iniciativa repressiva que o elevará a vítima inocente e referencial de uma organização de malfeitores.
É, pois, indispensável, que Pacheco Pereira não seja premiado com o processo disciplinar que ele tanto espera.
O PSD não vai cair na esparrela.
E vai deixar Pacheco Pereira a secar, lentamente, na toca das irrelevâncias frustrantes e inúteis.
Construiu uma carapaça de intelectual especialista em ciência política.
Um dia percebeu que só no aconchego de um grande partido alcançaria a fama.
E imaginou que o PSD seria o colo mais conveniente.
Feito de homens práticos, avesso à exposição especulativa e sem a preocupação pública de grandes elaborações teóricas sobre ideologias, o PSD pareceu-lhe o palco vazio onde poderia brilhar como o doutrinador do deserto.
A chamada extrema esquerda em que se formara esgotara-se.
As grandes potências ideológicas que haviam criado aqueles partidos, ocupantes das praças das cidades, que enchiam com vistosas bandeiras, sugestivos cartazes, palavras de ordem guerrilheiras e, tantas vezes, de práticas violentas, em permanentes contra-manifestações, perderam o interesse nas células da contra-propaganda, por falta de necesidade de utilizar aquelas autênticas tropas de choque.
O combate dos grandes interesses estratégicos passou a concentrar-se na estabilização do sistema democrático, na transformação das estruturas motores da economia e na normalização da vida social.
E a extrema esquerda desapareceu. Nunca valeu por si própria e deixou de ter qualquer utilidade.
Pacheco Pereira, como tantos outros que por aí cirandam, alocou-se ao PSD.
Remodelou-se, reestruturou-se, atirou para o lixo os velhos dogmas e, com o pragmatismo típico do estalinismo, construiu um novo pensamento adaptado às correntes da moderna social democracia.
Preparou-se para ser o ideológo que faltava.
Não teve, porém, a humildade de aceitar que o PSD era, desde a sua origem, um partido com uma natureza ideológica consolidada. A multidão de aderentes, os seus tão afamados e temidos militantes de base, continha ela própria os fundamentos da ideologia do partido.
O PPD não importou ideologia.
Ele cresceu porque nasceu como uma ideologia própria já existente, representada na consciência popular e unida pelo valor sociológico comunitário que, naturalmente, se designou por interclassissismo.
Foram os valores comuns intrínsecos da liberdade e igualdade de oportunidades que aglutinaram as pessoas, independentemente da origem e condição.
O PPD não foi criado por um manifesto político e o discurso inflamado e iluminado de um qualquer neo-Lenine.
Foi um sentimento, uma concepção da vida e uma cultura que três pessoas, em nome de muitas, souberam ter a humildade de passar a escrito em folheto simples, identificando como objectivos, ou melhor, como expectativas, a Paz, o Pão e a Democracia.
Pacheco Pereira enganou-se e começou a sentir há algum tempo que não estava em terreno fácil para quem vê os partidos como elocução de vanguardistas construtores de teorias artificiais.
Afinal o PSD não precisa nem suporta ideólogos das velhas tertúlias com direito de acesso reservado.
Por isso percebeu que a sua performance, lá dentro, atingira o limite. Dali não há caminho para a frente. Sente, pois, que tem de encontrar um motivo para sair.
Não irá sair por si próprio, certamente, porque isso torná-lo-ia desinteressante e inútil.
Ele continuará a provocar até que alguém tome a iniciativa repressiva que o elevará a vítima inocente e referencial de uma organização de malfeitores.
É, pois, indispensável, que Pacheco Pereira não seja premiado com o processo disciplinar que ele tanto espera.
O PSD não vai cair na esparrela.
E vai deixar Pacheco Pereira a secar, lentamente, na toca das irrelevâncias frustrantes e inúteis.
terça-feira, 9 de outubro de 2007
Então?! Já estão assim?
Esta de a polícia visitar potenciais manifestantes «do contra», antes das visitas do ENGENHEIRO (Ah! Ah! Ah!) para as habituais inaugurações do «nada», para avisar «cuidado com a linguagem», não está nada mal pensada. É preciso pôr estes «brutamontes maldosos» bem longe dos ouvidos hiper-sensíveis, corações bondosos e almas puras dos nossos governantes ...! Nada de asneiras, meninos! Tento na língua senão ... temos pimenta. Eh! Eh! Eh!
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
Há Fumo e Fogo em Coimbra! Repete-se o milagre da multiplicação!
O Ministério Público acusa Luís Vilar, líder da concelhia de Coimbra do PS e autarca, de corrupção.
O ilustre socialista é acusado de ter recebido do sócio-gerente da Bragaparques 50 mil euros, a título de empréstimo (?), para, enquanto vereador, votar a favor da construção de um parque de estacionamento na baixa da cidade de Coimbra.
Além da corrupção, o determinado e corajoso socialista é ainda acusado de mais quatro crimes praticados enquanto vereador:
* Três crimes de abuso de poder (aprovação de plano para construção civil em terrenos de uma quinta);
* Um de tráfico de influências por ter recebido de outro empresário da construção 20 mil euros, os quais canalizou para o presidente da distrital do PS de Coimbra e hoje deputado, Victor Baptista, que, por sua vez, contraíu um outro empréstimo de que o mesmo empresário da construção foi avalista.
O Ministério Público e a Polícia Judiciária acharam estranho que, entre 2001 e 2005, o eficiente dirigente socialista tenha construído um património financeiro de mais de 675 mil euros apesar de só ter rendimentos de 235 mil euros.
Ah! Ah! Ah! – Isto sim, isto é competência e eficiência! Eh! Eh!
…… Votem neles, votem! Ah! Ah!
A propósito: quando é que a Bragaparques veio para Lisboa? Lembram-se de quem era o Presidente da Câmara? Ah! Ah! Ah!
O Mundo dá cada volta ...
O ilustre socialista é acusado de ter recebido do sócio-gerente da Bragaparques 50 mil euros, a título de empréstimo (?), para, enquanto vereador, votar a favor da construção de um parque de estacionamento na baixa da cidade de Coimbra.
Além da corrupção, o determinado e corajoso socialista é ainda acusado de mais quatro crimes praticados enquanto vereador:
* Três crimes de abuso de poder (aprovação de plano para construção civil em terrenos de uma quinta);
* Um de tráfico de influências por ter recebido de outro empresário da construção 20 mil euros, os quais canalizou para o presidente da distrital do PS de Coimbra e hoje deputado, Victor Baptista, que, por sua vez, contraíu um outro empréstimo de que o mesmo empresário da construção foi avalista.
O Ministério Público e a Polícia Judiciária acharam estranho que, entre 2001 e 2005, o eficiente dirigente socialista tenha construído um património financeiro de mais de 675 mil euros apesar de só ter rendimentos de 235 mil euros.
Ah! Ah! Ah! – Isto sim, isto é competência e eficiência! Eh! Eh!
…… Votem neles, votem! Ah! Ah!
A propósito: quando é que a Bragaparques veio para Lisboa? Lembram-se de quem era o Presidente da Câmara? Ah! Ah! Ah!
O Mundo dá cada volta ...
Era tuda para desporto?!!!!
O Tribunal de Instrução Criminal de Coimbra pronunciou (confirmou a acusação) o outro socialista coimbrão, José Eduardo Simões, por oito crimes de corrupção.
Simões vai ser julgado por oito situações de alegado recebimento ilícito de dinheiro ou outros bens quando era director do Urbanismo da Câmara de Coimbra.
O tribunal considerou que a investigação “demonstra de forma exuberante o objectivo das vantagens patrimoniais atribuídas por empresários da construção civil quando o arguido passou a desempenhar funções na Câmara de Coimbra”.
O conhecido dirigente socialista Almeida Santos veio em defesa do seu camarada alegando que o autarca socialista Simões só quis ajudar a Académica, de que também era vice-presidente.
Simões vai ser julgado por oito situações de alegado recebimento ilícito de dinheiro ou outros bens quando era director do Urbanismo da Câmara de Coimbra.
O tribunal considerou que a investigação “demonstra de forma exuberante o objectivo das vantagens patrimoniais atribuídas por empresários da construção civil quando o arguido passou a desempenhar funções na Câmara de Coimbra”.
O conhecido dirigente socialista Almeida Santos veio em defesa do seu camarada alegando que o autarca socialista Simões só quis ajudar a Académica, de que também era vice-presidente.
domingo, 7 de outubro de 2007
A Obra do «Nada Feito»
Estava ele todo pimpão em Montemor-o-Velho para mais uma inauguração de «nada feito», após o estrondoso sucesso da sua visita a Mira onde presidiu à sessão soleníssima comemorativa de outro «nada feito», quando deu pela presença de algumas dezenas de sindicalistas da Fenprof, enfermeiros e da União de Sindicatos de Coimbra, em protesto contra o primeiro-ministro. Com a «democracia» não se brinca e o ENGENHEIRO (Ah! Ah! Ah!) viu reposto o seu precioso conforto por elementos da GNR que rodearam os manifestantes com uma fita plástica, tentando que permanecessem no local ao mesmo tempo que identificavam algumas pessoas.
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
Marcelo estragou-se todo
Ele não gosta nada de perder.
Nem a feijões ...
Marcelo Rebelo de Sousa, em minutos, estragou tudo.
E estragou-se todo.
Estava ele tão maduro e consensual quando, inesperadamente, lhe cai a vitória das bases do PSD.
Ele não gostou nada de perceber que não tem qualquer influência.
E voltou aos velhos tempos da sibilina incontinência emocional e verbal.
Resultado?
Derrota total, em toda a linha.
Tinha perdido as bases e uma direcção do PSD «simpática»; agora ficou sem a «simpatia condescendente» da direcção do PSD, perdeu Ângelo Correia, Manuela Ferreira Leite, Duarte Lima e afastou sabe-se lá mais quantos.
Ele perdeu a cabeça, está visto.
Não terá sido o pior «mergulho» de Marcelo ... mas que ficou em águas agitadas, ai isso ficou!
Muito inconveniente, sem dúvida.
Nem a feijões ...
Marcelo Rebelo de Sousa, em minutos, estragou tudo.
E estragou-se todo.
Estava ele tão maduro e consensual quando, inesperadamente, lhe cai a vitória das bases do PSD.
Ele não gostou nada de perceber que não tem qualquer influência.
E voltou aos velhos tempos da sibilina incontinência emocional e verbal.
Resultado?
Derrota total, em toda a linha.
Tinha perdido as bases e uma direcção do PSD «simpática»; agora ficou sem a «simpatia condescendente» da direcção do PSD, perdeu Ângelo Correia, Manuela Ferreira Leite, Duarte Lima e afastou sabe-se lá mais quantos.
Ele perdeu a cabeça, está visto.
Não terá sido o pior «mergulho» de Marcelo ... mas que ficou em águas agitadas, ai isso ficou!
Muito inconveniente, sem dúvida.
terça-feira, 2 de outubro de 2007
O deserto da Avilez
O que se aprende com esta gente!
A SIC Notícias juntou a «nata» do jornalismo para «analisar» o futuro do PSD.
Que brilho, que bem vestidos estavam todos, que elegância!
E a Maria João Avilez? Que cabeça, que lampejos!
Dizia ela que houve uma «deserção» nas eleições do PSD.
Que perspicácia, senhores!
De facto, o que são 40 mil votos num universo de 60 mil?!
... É a grande fuga, certamente. O deserto, sem dúvida!
Tal e qual como quando Cavaco Silva venceu na Figueira da Foz.
Mal vestido, sem carisma, iletrado, o rural de Boliqueime, sem relações - um deserto social e cultural!
Ah! Ah! Ah! - eles estão outra vez «à rasca»!
A SIC Notícias juntou a «nata» do jornalismo para «analisar» o futuro do PSD.
Que brilho, que bem vestidos estavam todos, que elegância!
E a Maria João Avilez? Que cabeça, que lampejos!
Dizia ela que houve uma «deserção» nas eleições do PSD.
Que perspicácia, senhores!
De facto, o que são 40 mil votos num universo de 60 mil?!
... É a grande fuga, certamente. O deserto, sem dúvida!
Tal e qual como quando Cavaco Silva venceu na Figueira da Foz.
Mal vestido, sem carisma, iletrado, o rural de Boliqueime, sem relações - um deserto social e cultural!
Ah! Ah! Ah! - eles estão outra vez «à rasca»!
... De sangue azul!
A chamada esquerda anda em pânico.
Eles querem «barões» no PSD.
Estes «esquerdistas», republicanos e às vezes laicos, de «sangue azul ou azulado» ... são cá umas peças ... Ah! Ah! Ah! Eh! Eh!
Votaram neles? Aguentem-se!
Eles querem «barões» no PSD.
Estes «esquerdistas», republicanos e às vezes laicos, de «sangue azul ou azulado» ... são cá umas peças ... Ah! Ah! Ah! Eh! Eh!
Votaram neles? Aguentem-se!
Os barões estão zangados!
Manuela Ferreira Leite zangou-se com Marcelo Rebelo de Sousa.
E diziam que os barões do PSD estavam desaparecidos?!
Ora, ora. Eles estão é todos amuados, estão mesmo zangados uns com os outros!
O que vale é que a plebe republicana lá se vai rindo e avançando ... nas tintas para o aristocrático baronato!
E diziam que os barões do PSD estavam desaparecidos?!
Ora, ora. Eles estão é todos amuados, estão mesmo zangados uns com os outros!
O que vale é que a plebe republicana lá se vai rindo e avançando ... nas tintas para o aristocrático baronato!
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